Flexibilidade de manufatura em uma indústria química: um estudo empírico para prevenção de problemas

Autores

  • Ualison Rébula de Oliveira Universidade Federal Fluminense
  • Henrique Martins Rocha Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Carlos Augusto Gabriel Menezes Universidade Estácio de Sá

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2179-684X.2013.004.0006

Palavras-chave:

Flexibilidade de Manufatura, Prevenção de Problemas, Indústria Química

Resumo

A manufatura se constitui de um natural espaço gerador de riscos, sujeito à ocorrência de problemas de diversas naturezas, tais como falha humana, indisponibilidade de equipamentos, problemas com fornecedores entre outros. O inesperado, ou pelo menos o não planejado, ocorre e, de alguma forma, deve ser gerenciado. Os problemas que os gestores buscam solucionar hoje foram, em algum momento, riscos que não foram prevenidos no passado, ou seja, riscos que foram ignorados. Dessa forma, medidas preventivas para não permitir que os riscos se tornem problemas são fatores condicionantes para a perpetuação de uma organização. Como solução, ou pelo menos minimização dos efeitos indesejados oriundos desses problemas, diversos pesquisadores recomendam a adoção da Flexibilidade de Manufatura. Entretanto, sua característica multidimensional e as particularidades de cada empresa, dificultam o correto estabelecimento do grau de flexibilidade com base nas variáveis existentes, ou seja, em quais tipos de flexibilidade uma organização deve investir para minimizar seus riscos. Diante de tal situação, realizou-se uma pesquisa empírica em uma indústria química, baseado em levantamento da percepção dos funcionários de nível gerencial do departamento de produção, onde foram analisados os principais problemas que afetam seu ambiente operacional e os tipos de flexibilidades mais requeridos por essa empresa para a solução de seus problemas. Como achado da pesquisa, observa-se que, apesar da vasta tipologia de flexibilidades de manufatura, apenas quatro tipos são seguramente demandados pela empresa estudada: mão-de-obra, mix, produção e volume. Tal achado permite à organização pesquisada priorizar seus investimentos em flexibilidade, de forma a minimizar/solucionar seus problemas produtivos.

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Biografia do Autor

Ualison Rébula de Oliveira, Universidade Federal Fluminense

Pós Doutorando em Engenharia de Produção pela UNESP, com pesquisas na área de Logística e Suprimentos, Doutor em Engenharia pela UNESP, Mestre em Sistemas de Gestão da Qualidade pela UFF e Especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, em Controladoria e Finanças pela Universidade Federal de Lavras e em Gestão de Pessoas pela Universidade Candido Mendes. Graduado em Engenharia e em Administração de Empresas, possui 15 anos de experiência profissional adquirida em organização de grande porte. É professor Adjunto na Universidade Federal Fluminense, lecionando disciplinas e orientando pesquisas na área Financeira em cursos de graduação e administração da produção, manufatura enxuta e logística na pós-graduação. Possui experiência como coordenador de cursos de graduação e especialização, além de atuar como docente há quase quinze anos. No ano de 2009 teve sua Tese de Doutorado premiada pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) como uma das melhores Teses de Doutorado em Engenharia de Produção de todo o Brasil. Desde 2010 é coordenador geral da comissão organizadora do Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia (SEGeT). Desde 2011 é Líder do Grupo de Pesquisa FINANMPEG, cujo objetivo principal é pesquisar finanças nas Micro, Pequenas e Grandes Empresas. Atualmente é professor do Programa de Pós-graduação do Mestrado Profissional em Administração da Universidade Federal Fluminense, Campus Volta Redonda (PPGA) e do Mestrado Profissional em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense, Campus de Niterói (LATEC), possuindo interesse em pesquisas sobre Gerenciamento de Riscos em Cadeia de Suprimentos.

Henrique Martins Rocha, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Doutor em Engenharia Mecânica (na área de Engenharia de Produção) pela Universidade Estadual Paulista, com estudos de pós-doutoramento em Projetos/PDP na mesma instituição, Mestre em Sistemas de Gestão pela Universidade Federal Fluminense, Especialista em Finanças Corporativas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Gestão Empresarial (MBA) pela Fundação Getúlio Vargas e em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Engenheiro Mecânico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com aperfeiçoamento em Desenvolvimento de Produtos (Engineering Excellence) pelo Rochester Institute of Technology. Atuou no Brasil e no exterior em funções executivas e técnicas em empresas como Xerox, White Martins, Flextronics, Remington, CBV e Siemens, nas áreas de Análise de Negócios e Estratégia Empresarial, Projetos, Programas, Desenvolvimento e Lançamento de Produtos, Processos, Planejamento e Controle de Produção, etc. É Professor e coordenador de cursos de graduação e pós-graduação, professor-tutor EaD, instrutor e palestrante, tendo ministrado treinamentos no Brasil e no exterior. Possui dezenas de artigos publicados em periódicos e anais de eventos científicos. Consultor em mapeamento e otimização de processos, desenvolvimento de projetos, análise estratégica e de viabilidade de negócios, ações de produtividade, etc.

Carlos Augusto Gabriel Menezes, Universidade Estácio de Sá

Graduado em Engenharia Civil e Pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho. Experiência em empresa multinacional de grande porte nas áreas de Engenharia de Produção, Engenharia Industrial, Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho. Docente nos cursos de Engenharia de produção, Gestão da produção Industrial, Gestão Ambiental, Logística, Administração e RH na Universidade Estácio de Sá e Associação Educacional Dom Bosco em Resende.

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Publicado

2014-11-19