Programa vozes do Rio Jari: uma contribuição científica à gestão pública socioambiental de Laranjal do Jari-AP/Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-684X.2022.003.0011

Palavras-chave:

Inundações, Política Públicas, Percepção Ambiental, Indicadores Socioambientais, Gestão Urbana e Rural

Resumo

O fenômeno natural que promoveu em 2022, aproximadamente quatro meses de inundação nas comunidades e municípios inseridos na Amazônia ocidental brasileira, localizados às margens do Rio Jari no Amapá, foi o fator motivador da elaboração de um Programa de Pesquisa, que tem como objetivo geral mapear indicadores perceptivos socioambientais na perspectiva interdisciplinar a partir da entrevista aplicada a moradores da Rua da Antiga Usina, localizada a margem direita do Rio Jari no município de Laranjal do Jari, com registro no comitê de ética CAEE 59933922.3.0000.0211.  Neste aspecto o presente artigo parte da premissa que a paisagem como resultado de interações naturais e antropogênicas é um produto histórico e geográfico a ser considerado nas políticas públicas: com isso busca contextualizar informações sobre a problemática socioambiental municipal disponíveis publicamente e descrever as contribuições que os indicadores a serem mapeados pelo Programa, podem trazer para a administração pública municipal no que tange a gestão urbana. Metodologicamente trata-se de um estudo de caso, com pesquisa bibliográfica, documental e de campo inicialmente com registros fotográficos, para análise do impacto na paisagem que contribua com a proposta de indicadores; iniciando com a observação pré-inundação e dando continuidade por meio da pesquisa ex-post-facto. Como resultado inicial tem-se o fato de que o impacto socioambiental na área de estudo não é oriundo somente da enchente ocorrida em 2022; mas sim da ausência de alguns elementos de saneamento básico como a recepção e tratamento de esgoto, destino adequado dos resíduos sólidos, da precária estrutura de palafitas, que, por mais que façam parte da memória histórica local precisam de construções mais resistentes e seguras para acessibilidade. Salienta-se que este estudo é fruto de parte do estudo do Programa Vozes do Jari e que os dados almejados trarão um diagnóstico  que contribuirá na definição de um panorama para o entender do contexto geográfico urbano do local.

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Biografia do Autor

Nubia Deborah Araujo Caramello, Universidade Federal de Rondônia

Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (atuando no ensino médio, graduação, especialização Lato e Strito Sensu, cursos FICs profissionalizantes) e (via cooperação técnica) do Mestrado Profissional em rede Nacional em Gestão e Regulação dos Recursos Hídricos ProfÁgua Polo Ji-Paraná/RO, na Universidade Federal de Rondônia. Lecionou por 25 anos na rede estadual de ensino básico em Rondônia. Realizou o doutorado pleno em Geografia, na Universidade Autônoma de Barcelona - UAB/Cataluña (Bolsista CAPES) reconhecido e validado pela Universidade Federal do Ceará. Mestrado e graduação em Geografia, e em Pedagogia através da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Especialista em Processamento das Informações Geográficas na Gestão Ambiental, em Metodologia do Ensino Profissional e Tecnológico (IFAP), e em Gestão Pública (IFAM). Integrante como pesquisadora nos grupos de pesquisa: Aigua, Territori i Sostenibilitat GRATS (UAB/Cataluña); Dinâmica e Gestão de Rios (Geomorphos/UFRJ), Resiliência Climática RIPERC. e idealizadora do Grupo de Pesquisa Diálogo Hídrico Multidisciplinar (motivando a pesquisa dentro e fora dos territórios universitários) atualmente passa a compor o grupo de pesquisa Centro de Estudos em Ecologia e Manejo na Amazônia CEEMA. Atua nas linhas de pesquisa: Diálogo Hídrico Multidisciplinar e Conservação, Biodiversidade, Sociodiversidade, ecologia humana e políticas públicas. Pesquisadora de indicadores e metodologias que viabilizem Plano de Bacia Hidrográfica e mecanismo de Gestão de Bacia Hidrográfica e de Territórios Fluviais Integrados ao interesse dos atores locais. Dedica-se como pesquisadora a metodologia de ensino de geografia ativa participava através de projetos de iniciação cientifica (para uma alfabetização geográfica significativa a partir do espaço vivido) paralelo a docência no ensino básico. No mestrado o foco de pesquisa é o mapeamento de indicadores perceptivos para mediação de gestão de Rios e recursos hídricos participativa, eficiência de instrumentos de gestão de recursos hídricos e ao diálogo fluvial na adoção da Agenda 2030 como diretriz para o desenho local da sustentabilidade. Como produto do mestrado e de suas ações vem priorizando a produção de material voltado ao ensino formal e informal e empoderamento de comunidades amazônicas.

Juliano Kruger, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas

Doutor em Ciências da Administração pela Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (Portugal) e em Ciências da Educação pela Universidad del Sol (Unades - Paraguay). É mestre em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal) e em Ciências da Educação pela Universidad del Sol (Unades - Paraguay). Especialista em várias áreas da Gestão, da Contabilidade, do Direito e da Educação. Bacharel em Administração Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui também uma Licenciatura em Matemática pela FIAR (Faculdades Integradas de Ariquemes). Tem experiência com Contabilidade Fiscal, Políticas Públicas, Administração com ênfase em Administração Pública e Educação. Atua como pesquisador nas áreas de Gestão Pública, Economia do Desenvolvimento Sustentável, Políticas Públicas, Estratégia e Educação a Distância. É consultor nas matérias de planejamento estratégico, plano de negócios, custeio baseado em atividades - ABC (Activity-Based Costing), desenvolvimento socioeconômico e investimentos intersetoriais. É membro colaborador do Centro de Investigação em Ciência Política (CICP) da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Produção, Logística e Administração (GEPPPLA) e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação a Distância (GEPEaD) do Instituto Federal de Educação do Amazonas (IFAM). É professor de Administração Geral do quadro efetivo do Instituto Federal de Educação do Amazonas (IFAM), coordenador Geral da UAB e Coordenador da Pós-Graduação em Gestão Pública pelo Programa Nacional de Formação em Administração Pública (PNAP) do mesmo instituto. Ainda, é professor do quadro efetivo da Escola Superior de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Amazonas (ESO/UEA) na área de Contabilidade de Custos e Gerencial.

Publicado

2023-01-08