Florística e estrutura de florestas inundadas na Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2022.003.0001Palavras-chave:
Similaridade, Composição de espécies, Florestas inundadas, SoloResumo
Em ecologia de comunidades uma das questões mais intrigantes é como as comunidades vegetais coexistem. O objetivo do estudo foi avaliar a composição de espécies da comunidade da regeneração natural em relação a distância geográfica, tipo de substrato do solo e composição físico-química do solo. O estudo foi realizado na Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará, Brasil. Foram distribuídas sistematicamente 30 parcelas de 2m x 2m e de 5m x 5m, 15 parcelas em cada tipo de floresta, várzea e igapó. Dentro de cada parcela todas as plantas da regeneração natural com mais de 20 cm de altura foram marcadas e identificadas. A similaridade das espécies da regeneração natural entre as florestas de igapó e de várzea foi testada pela Análise de componentes principais - PCA. Para identificar a possível co-estrutura entre as PCAs e as variáveis ambientais utilizamos a análise de co-inércia, seguida de um teste de permutação de Monte Carlo (1.000 interações). Foram identificadas 85 espécies, com 66 espécies nas florestas de Igapó em 39 famílias e 50 espécies nas florestas de Várzea, em 23 famílias. Em relação a riqueza de espécies (t=0.575; p=0.57) e o número de indivíduos (t=1.07; p=0.29) da regeneração natural entre as florestas não encontramos diferença significativa. A análise de PCA separou nitidamente as espécies de várzea e igapó tanto para as parcelas do estrato de 2m x 2m o 1° eixo explica 10,2% da variância dos dados e o 2° eixo explica 7,4%, quanto para as parcelas do estrato de 5m x 5m, o 1° eixo do ordenamento explica 10,5% da variância dos dados e o 2° eixo explica 6,9%. A co-inércia mostrou co-variância significativa entre as matrizes de solo e estrutura da vegetação tanto para o estrato de 2m x 2m, compartilhando 48% da variância dos dados (teste de Monte Carlo, p = 0,001), quanto para o estrato de 5m x 5m, compartilhando 50% da variância dos dados (teste de Monte Carlo, p = 0,001). A co-inércia também mostrou co-variância significativa entre as matrizes de distância geográfica e estrutura da vegetação para o estrato de 2m x 2m, compartilhando 39% da variância dos dados (teste de Monte Carlo, p = 0,001) e para o estrato de 5m x 5m, compartilhando 41% da variância dos dados (teste de Monte Carlo, p = 0,001). A estrutura da comunidade de plantas da regeneração natural em ambas as florestas de igapó e várzea é influenciada tanto pela distância geográfica quanto as variáveis ambientais do solo.
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