Parasitismo por Amblyomma rotundatum Koch, 1844 (Acarina: Ixodidae) na Rhinella marina Linnaeus, 1758 (Anura: Bufonidae) na Floresta Amazônica: expansão geográfica através do Rio Madeira
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2021.003.0006Palavras-chave:
Sapo-cururu, Carrapato, Amazônia, Parasitismo, Rio MadeiraResumo
As interações hospedeiro-parasita entre carrapatos e espécies silvestres são importantes para examinar a ecologia e distribuição de carrapatos, bem como as consequências dessas interações para os hospedeiros e doenças. Os carrapatos possuem importância médica pois são vetores de microrganismos e patógenos, tais como vírus, bactérias e protozoários, que podem ser transmitidos a humanos e outros animais, causando doenças graves. Como outras espécies de anuros, Rhinella marina também abriga uma grande variedade de parasitos. Isso ocorre principalmente por seu grande tamanho corporal e por ocupar ambientes terrestres, porém também por possuir contato direto com ambientes aquáticos (fase larval e reprodutiva), dessa forma apresenta diversas oportunidades para infecções parasitárias. Este trabalho tem como principal objetivo descrever as ocorrências das interações hospedeiro-parasita entre as espécies Rhinella marina (Linnaeus, 1758) e Amblyomma rotundatum (Koch, 1844) expandindo geograficamente sua ocorrência na Floresta Amazônica através do rio Madeira. Durante um levantamento de herpetofauna, o primeiro indivíduo de R. marina foi observado às 08:37 PM do dia 20 de setembro de 2020. O local é próximo a um transecto dentro de uma floresta primaria. Este indivíduo estava parasitado por um único carrapato identificado como Amblyomma rotundatum. Em uma segunda expedição, um segundo indivíduo de R. marina foi observado às 23:38 PM do dia 5 de janeiro de 2021. O local é a estrada rural C-01 no município de Porto Velho-RO, que passa dentro de uma floresta primaria e de propriedades privadas desmatadas. Este indivíduo estava parasitado por nove carrapatos identificados como Amblyomma rotundatum. Uma observação importante a ser feita é a de que as ocorrências de A. rotundatum parasitando R. marina estão distante 57 km e ultrapassam uma importante barreira geográfica, o rio Madeira da bacia amazônica. Esse trabalho expande geograficamente a ocorrência do parasitismo de A. rotundatum em R. marina e descreve as histórias naturais dessa interação hospedeiro-parasita destas espécies.
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