Doenças tropicais negligenciadas na região nordeste do Brasil

Autores

  • Universidade Federal de Pernambuco
  • Universidade Federal de Pernambuco
  • Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2236-9600.2012.002.0003

Palavras-chave:

Doenças Tropicais, Doenças Negligenciadas, Nordeste

Resumo

Doenças tropicais negligenciadas correspondem a um grupo de doenças infecciosas que afetam populações de baixa renda nos trópicos. A Organização Mundial de Saúde lista entre elas a malária, a leishmaniose, a esquistossomose, a oncocercose, a filariose linfática, a doença de chagas, tripanossomíase africana, a hanseníase, dengue, úlcera de Buruli (ou doença de Buruli), a cisticercose, a equinococose, a bouba, a raiva, o tracoma e algumas helmintíases transmitidas pelo solo (Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e os ancilostomídeos). No Brasil, várias são endêmicas. Em seu relatório anual pelo Ministério da Saúde, a partir do Sistema de Nacional de Vigilância e Saúde, quatro dessas doenças são mencionadas como negligenciadas (esquistossomose, tracoma, oncocercose e a filariose) para todos os Estados da Federação, mais o Distrito Federal. Neste trabalho visualizaremos as principais características das doenças tropicais negligenciadas citadas pelo Sistema de Nacional de Vigilância e Saúde do Brasil para a Região Nordeste. Para o levantamento teórico foram utilizados dados e informações constantes no site oficial da Organização Mundial de Saúde e no banco de bases Scientific Eletronic Library On-line (SciELO), tomando por base a lista de procura pelas doenças negligenciadas listadas nos relatórios anuais do Sistema de Nacional de Vigilância e Saúde do Brasil, em seu site oficial, publicada no ano base de 2011, a saber: esquistossomose, tracoma, oncocercose e a filariose, para os seguintes Estados da Federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Todos os dados de internações, prevalência e de óbitos, tanto a nível nacional quando estadual, são oriundos dos Inquéritos Epidemiológicos realizados pelo Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Todas as imagens dos inquéritos de tracoma são advindas dos relatórios por Estados, publicados pelo Ministério da Saúde (MS). Os dados demográficos e imagens foram provenientes do censo realizado no ano de 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Nos relatórios pesquisados, foram encontrados dados sobre a esquistossomose e para o traço em todos os Estados. Para Filariose apenas para o Estado de Pernambuco. Para oncocercose não foi encontrado dados epidemiológicos no relatório. A maioria dos Estados apresentaram áreas endêmicas para a esquistossomose. A presença de alta e média prevalência em municípios do Estado reforçam a necessidade de implementação e fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica e controle tanto da esquistossomose quanto do tracoma. Através desse aparato epidemiológico sobre as doenças tropicais negligenciadas é possível mapear as principais áreas e fomentar ações para o controle das doenças estudadas neste trabalho.

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Biografia do Autor

, Universidade Federal de Pernambuco

Possui Bacharelado em Medicina Veterinária e Licenciatura em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco; Especialização em Microbiologia pela Faculdade Frassinetti do Recife; Mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco e, atualmente, é doutorando em Ciências Biológicas pela mesma instituição. Trabalha no campo da biotecnologia, com ênfase nos processos bioquímicos, fisiológicos e microbiológicos. Atua com os seguintes temas: purificação e caracterização de proteínas; fisiologia digestiva; sanidade de organismos aquáticos; epidemiologia de doenças neotropicais; biologia de gene de microrganismos; ensino de biologia.

, Universidade Federal de Pernambuco

Possui Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Faculdade de Fracinete do Recife - FAFIRE (1999). Mestrado em Biologia de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco- UFPE (2004).Doutorado em Ciências Biológicas (Área de aplicação -Biologia Molecular e Celular) pela Universidade Federal de Pernambuco- UFPE (2008). Pós-doutorado pelo Departamento de Bioquímica e Fisiologia da UFPE( 2012). Professora de Biologia na Autarquia Educacional da Mata Sul (EAMASUL); Professora da Faculdade São Miguel; Professora do curso de especialização em Diagnostico Molecular, oferecido pela Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) . Tem experiência nas área de Genética, Microbiologia, Micologia ,Fitopatologia e Bioquímica.

, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2002), Especialização em Gestão e Controle Ambiental pela Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (2004), Mestrado em Bioquímica e Fisiologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2008) e Doutorado em Bioquímica e Fisiologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2011). Revisor dos periódicos Environmental Toxicology and Chemistry e Human & Experimental Toxicology.

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Publicado

2013-02-03