O tratamento de feridas cutâneas com ultrassom terapêutico é eficaz? Análise e proposta de um protocolo experimental
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2023.001.0007Palavras-chave:
Ultrassom terapêutico, Feridas cutâneas, CicatrizaçãoResumo
No Brasil, as feridas constituem um sério problema de saúde pública, devido ao grande número de doentes com alterações na integridade da pele, embora sejam escassos os registros desses atendimentos. Na tentativa de minimizar o tempo de cicatrização tecidual, diversos estudos com animais vêm apresentando como fator coadjuvante a utilização do ultrassom terapêutico. Entretanto, não há padronização das doses para utilização dessa terapia em feridas cutâneas. Propor um protocolo para avaliar a eficácia no tratamento de feridas cutâneas experimentais por meio de ultrassom terapêutico pulsado de 3 MHz através de 1,0W/cm2, 1,5W/cm2, 2,0W/cm2. Trata-se de um estudo experimental e randomizado. Foram utilizados 60 ratos Wistar, machos, adultos. Após anestesiados, os animais foram submetidos a cirurgia para retirada de um fragmento da pele na região do dorso do animal com a utilização de punch dermatológico no 8. Os animais foram randomizados aleatoriamente em 4 grupos diferentes sendo eles: grupo controle; GA (1,0w/cm2); GB (1,5w/cm2) e GC (2,0w/cm2). O aparelho foi fixado nos demais parâmetros: 3MHz, pulsado com 20% largura de pulso, 100Hz, por 2 minutos. O tratamento foi realizado diariamente. O grupo controle foi manipulado com o aparelho desligado. Cada grupo foi avaliado em 3 diferentes espaços de tempo: 3o, 7o e 15o dia de pós-operatório. Foram feitas avaliações biométricas, morfométricas e estereológicas. Para a estatística foi utilizado o software PRISM 6.0 com o teste TWO-WAY ANOVA com pós-teste de BONFERRONI considerando p<0,05. Na avaliação das variáveis para retração da área da ferida, porcentagem de retração bem como a taxa diária de retração apresentaram p>0,05 quando comparado o grupo controle versus grupo experimental. Quanto à espessura do epitélio e queratina, não houve diferença significante entre o grupo controle e os grupos tratados, entretanto grupos irradiados com maiores frequências apresentaram piores resultados no processo de cicatrização. Neste modelo experimental, o protocolo de utilização do ultrassom terapêutico interfere negativamente no processo de cicatrização de feridas quando utilizados em doses a partir de 1,5W/cm2.
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