Avaliação físico-química e ecotoxicológica de efluentes provenientes de estações de tratamento de esgoto
DOI:
https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2014.001.0022Palavras-chave:
Análises Físico-químicas, Efluentes, Ensaios EcotoxicológicosResumo
A qualidade da água pode ser representada através de uma série de parâmetros que exprimem suas características químicas, físicas e biológicas e deve ser avaliada de acordo com o uso pretendido para a mesma. Considerada como uma ciência relativamente nova, a ecotoxicologia descreve o estudo científico dos efeitos nocivos ocasionados a organismos vivos que se encontram expostos a substâncias químicas potencialmente tóxicas liberadas no meio ambiente. No Brasil, a ecotoxicologia aquática tem sido utilizada há alguns anos como parâmetro de qualidade das águas, constituindo um importante instrumento no monitoramento dos recursos hídricos. O presente estudo teve o objetivo de avaliar, através da realização de análises físico-químicas e de ensaios ecotoxicológicos com os microcrustáceos Daphnia similis e Ceriodaphnia dubia, a qualidade dos efluentes provenientes das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) dos municípios paulistas de São João da Boa Vista, Espírito Santo do Pinhal e Águas da Prata. Os efluentes foram coletados na entrada e na saída das estações e os parâmetros analisados foram DBO5 20, DQO, óleos e graxas, sólidos sedimentáveis, toxicidade aguda em D. similis e toxicidade crônica em C. dubia. As análises laboratoriais foram desempenhadas em laboratórios da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Os resultados encontrados mostraram que todos os parâmetros físico-químicos analisados nos efluentes das estações de tratamento atenderam aos padrões de lançamento estabelecidos pela legislação vigente. As eficiências dos tratamentos na remoção da carga orgânica foram de 95,9%, 93,6% e 75,7%, para as ETEs de Espírito Santo do Pinhal, São João da Boa Vista e Águas da Prata, respectivamente. Os resultados obtidos através das análises ecotoxicológicas mostraram que os efluentes não apresentaram grande potencialidade para ocasionar efeitos tóxicos agudos aos organismos-teste utilizados. Com relação aos efeitos tóxicos crônicos, os efluentes das ETEs de São João da Boa Vista e de Espírito Santo do Pinhal atenderam ao estabelecido na legislação, ou seja, mostraram-se incapazes de oferecer riscos ecotoxicológicos aos seus respectivos corpos receptores. O resultado obtido para o efluente proveniente da ETE do município de Águas da Prata não permitiu que fosse efetuada tal avaliação.Downloads
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