Qualidade ambiental de nascentes da microbacia do Ribeirão Tapera, em Pedra do Indaiá, Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2023.003.0003Palavras-chave:
Mananciais, Recursos Hídricos, Degradação ambientalResumo
Atualmente a água disponibilizada para a população da área urbana de Pedra do Indaiá – MG é proveniente do Ribeirão Tapera, que tem suas nascentes no próprio município. Este estudo teve como objetivo a identificação e georeferenciamento de nascentes do Ribeirão Tapera, e ainda, a avaliação de sua qualidade ambiental e microbiológica. Para tanto, os impactos ambientais nas nascentes foram avaliados, em agosto de 2022, a partir da interpretação do Índice de Impacto Ambiental em Nascentes – IIAN, que possibilita o estabelecimento de classes que refletem a sua qualidade ambiental. A análise microbiológica da água foi realizada através do Teste do Substrato Cromogênico (Colitest®), que mostra a presença ou ausência de Coliformes Totais e Termotolerantes. O Levantamento possibilitou a identificação de 40 nascentes, sendo que em duas delas não foi possível aplicação dos testes, visto que se encontravam inacessíveis. Das nascentes avaliadas, somente duas (5,2%) atingiram o Grau de Preservação classificado como "Ótima" (Classe A). Para aquelas consideradas como "Boa" (Classe B) ou "Razoável" (Classe C), verificou-se, para ambas as classificações, 17 nascentes (44,8%). A classificação "Ruim" (Classe D) foi verificada para duas nascentes (5,2%). Dentre os impactos ambientais observados, os mais frequentes foram vegetação degradada ou ausente (n = 13 nascentes; 34,2%), vegetação alterada (n = 15; 39,5%) e uso por animais domésticos de grande porte (bovinos e equinos), com detecção de marcas, como pegadas ou fezes (n = 20; 52,6%). Cabe ressaltar que das nascentes avaliadas, 28 (73,7%) não apresentavam nenhum tipo de cercamento (proteção), permitindo, na maioria das vezes, a livre circulação de bois e/ou cavalos. Todas as nascentes encontravam-se em propriedades privadas. No que se refere à análise microbiológica, verificou-se que 28 nascentes (73,7%) apresentaram resultados positivos para presença de coliformes totais e termotolerantes (Escherichia coli). Os resultados mostraram que a maior parte das nascentes avaliadas se apresentavam em algum grau de degradação, evidenciando a falta de cuidado por parte dos proprietários e ainda, a ineficiência da fiscalização e aplicação das leis ambientais, uma vez que as nascentes são legalmente consideradas, pela Lei 12.651/2012, como Áreas de Preservação Permanente – APP’s.
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