Análise do descarte ambientalmente correto da produção do queijo coalho em fabriquetas do Sertão Sergipano
DOI:
https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2016.002.0010Palabras clave:
Destinação de Efluentes, Destinação de efluentes, Meio Ambiente, Meio ambiente, Produção de Queijo Coalho, Produção de queijo coalhoResumen
O queijo de coalho vem ocupando um lugar relevante na alimentação humana devido ao seu alto valor nutritivo, contudo, é responsável pelo fomento de uma grande quantidade de rejeito ou efluentes líquidos decorrentes da transformação do leite em queijo. O principal efluente proveniente desta transformação é o soro de queijo, este que é considerado um dos grandes poluentes da indústria de laticínios e fabriquetas de pequeno, médio e grande porte, rico em gorduras, lactoses e proteínas. Atualmente é muito pouco aproveitado para fins alimentícios e todo volume desperdiçado é enviado para nutrição de suínos, ou direcionados a mananciais de água ou solo, gerando problemas ambientais como alta demanda bioquímica de oxigênio. Neste sentido é de extrema relevância buscar alternativas para o descarte ambientalmente correto e tratamentos adequados do soro de queijo. O presente estudo objetivou investigar com as fabriquetas do Alto Sertão Sergipano destinam os seus resíduos ou efluentes provenientes da produção de queijo de coalho. A pesquisa é caracterizada como descritiva, realizada sob a forma de estudo de caso, com base de análise quantitativa, além da observação direta nas propriedades. Aplicou-se uma amostragem não probabilística por conveniência, utilizando o questionário estruturado como instrumento e aplicado na amostra de 18 proprietários de fabriquetas de queijo de coalho. No que se refere ao tratamento dos dados, estes foram compactados e exportados para o software Microsoft Office Excel, sendo analisados priorizando os aspectos sócio- ambientais. Os resultados evidenciaram que 16 proprietários responderam que os efluentes decorrentes do processo produtivo do queijo são constituídos de soro e 2 é constituído de soro e água de lavagem, que todos os proprietários responderam que o destino dado aos resíduos líquidos decorrentes do processo produtivo é voltado para alimentação dos suínos, todos os proprietários responderam que não realizam nenhum tratamento aos rejeitos gerados pelas mesmas, que 83% da amostra consideram que os rejeitos provenientes da produção não causam impactam em seu cotidiano e 17% são indiferentes aos seus efeitos. Identificou-se também que 10 proprietários responderam que desconhecem sobre os danos causados ao meio ambiente que o soro pode provocar, 5 conhecem pouco e 3 conhecem. Finalmente, cabe ressaltar a necessidade de demonstrar e discutir os impactos ambientes causados pelos rejeitos da produção do queijo coalho no Sertão Sergipano.
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