Disponibilidade hídrica na microrregião do alto Pantanal Mato-Grossense, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.004.0023Palabras clave:
Bacia Hidrográfica, Vazão de referência, Curvas de permanência, Recursos hídricosResumen
O presente estudo teve como objetivo elaborar curvas de permanência para estimar a disponibilidade hídrica na Microrregião do Alto Pantanal Mato-grossense. A referida microrregião é formada pelos municípios Barão de Melgaço, Cáceres, Curvelândia e Poconé, estando inserida na Região Hidrográfica do Paraguai, sendo drenada por importantes cursos d’água, tais como o Rio Paraguai, Rio Cuiabá e Rio São Lourenço, dentre outros tributários. Os dados utilizados foram referentes às séries históricas de vazões diárias durante um período superior a 30 anos, variando entre os anos 1960 e 2019, e que pertencem ao banco de dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH). Também, foram consultadas as bases cartográficas da região para obter os arquivos com formato para dados geoespaciais em forma de vetor, disponíveis no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados referentes às vazões foram organizados em planilhas Excel e os procedimentos gráficos e analíticos para a construção das curvas foram realizados com auxílio do programa R. Concluiu-se que as curvas de permanência elaboradas nesta pesquisa foram adequadas, precisas e confiáveis para avaliar a disponibilidade hídrica dos principais rios na microrregião do Alto Pantanal Mato-grossense, bem como estimar a vazão, em função da frequência de duração. Ao longo da série histórica analisada, as estações que apresentaram a maior e a menor vazão de permanência foram, respectivamente, a Pousada Taiamã (Rio Cuiabá) e Perto de Poconé (Rio Bento Gomes). Ressalta-se que a disponibilidade hídrica mais estável foi observada na estação Pousada Taiamã. A metodologia aplicada apresentou-se como excelente ferramenta para verificar os limites de vazão diária e diagnosticar o estado dos cursos d’água na região, em relação ao uso e ocupação do solo, auxiliando no planejamento e distribuição racional dos recursos hídricos.
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