Cursos de graduação em ciências ambientais no Brasil: uma análise curricular comparativa

Autores

  • Letícia Moreira Viesba Universidade Federal de São Paulo
  • Ana Luisa Vietti Bitencourt Université de Caen
  • Zysman Neiman Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.004.0017

Palavras-chave:

Diretrizes Curriculares, Ciências Ambientais, Interdisciplinaridade.

Resumo

A ciência ambiental é relativamente recente no cenário epistemológico e metodológico das ciências consideradas tradicionais (Exatas, Humanas e da Natureza), assim como os cursos de graduação que levam essa nomenclatura. Pela recente atuação desses cursos no Brasil, e a ausência de Diretrizes Básicas Curriculares (DBC) referente à esse curso, esse trabalho objetiva uma analise comparativa curricular dos cursos de Ciências Ambientais no Brasil. As disciplinas, suas cargas horárias e abordagens foram comparadas entre as universidades e nas diferentes áreas de conhecimento segundo o CNPq. Observou-se que a carga horária variou entre as dez universidades que oferecem o curso, tanto a carga horária total, desde 4012 horas (Unifesp) a 2400 (UFMG), quanto às cargas horárias das disciplinas nas grandes áreas, mostrando as diferenças de abordagens das universidades. Com essa análise pode-se entender que apesar da ausência das DBC, há uma semelhança quanto às grandes áreas do conhecimento abordadas, e ao perfil do egresso que procura ter uma formação interdisciplinar com abordagens transdisciplinares, e as diferenças entre as universidades também se mostraram importantes de modo que mostrem suas singularidades e focos seguindo justamente a proposta de flexibilização das Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

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Biografia do Autor

Letícia Moreira Viesba, Universidade Federal de São Paulo

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Análise Ambiental Integrada da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), bolsista CAPES, Graduada em Ciências Ambientais pela Unifesp. Consultora técnica da empresa de Consultoria e Projetos Viesba & Viesba e técnica no Programa Escolas Sustentáveis. Já foi prestadora de serviços, na função captadora de recursos na empresa Greenpeace Brasil. Realizou a pesquisa de iniciação científica "Análise Comparativa dos Cursos de Graduação em Ciências Ambientais no Brasil" financiada pelo CNPq no edital 2014-2015 de iniciação científica. Participou da pesquisa: "Estudo de Geração em Ciclo Combinado a partir de Biogás e Resíduos Sólidos" financiada pela Aneel/Petrobrás durante o ano de 2016. Participa como técnica do Programa Escolas Sustentáveis (PROEX/ Unifesp, PNT/Capes) . Desenvolveu o projeto de iniciação à gestão: "Gestão de resíduos sólidos nas unidades acadêmicas do campus Diadema da Unifesp: uma abordagem sintonizada à lei 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) BIG/PRAE Unifesp.

Ana Luisa Vietti Bitencourt, Université de Caen

Graduada em Geologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1987). Mestrado em Geociências, Centro de Estudos Costeiros e Oceanográficos - CECO - pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992). Doutorado em Geografia Física -Laboratoire Morphodynamique Continentale et Côtière (M2C), Unité Mixte de Recherche (UMR) - CNRS - Université de Caen Normandie (UNICAEN)- France (1998). Professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo, Campus Diadema. Foi Tutora do Programa de Educação Tutorial PET Ciências Biológicas entre 2007 a 2016. Coordenou a elaboração do projeto pedagógico do Curso Bacharelado em Ciências Ambientais - Reuni Unifesp, foi coordenadora do Curso Bacharelado Ciências Ambientais entre junho 2009 a junho de 2013. Chefe do Departamento de Ciências Ambientais a partir de 2017. Experiência na área de Geociências e geologia do Quaternário. Pesquisadora e docente do Programa Interunidades de Pós-graduação em Análise Ambiental Integrada, linha de pesquisa Avaliação, Prognóstico e Diagnóstico Ambiental: Análise e evolução de paisagens Quaternárias e atuais - mapeamento, geoprocessamento e análise de indicadores ambientais/paleoambientais (palinologia), geoarqueologia.

Zysman Neiman, Universidade de São Paulo

Doutor em Psicologia (Psicologia Experimental com pesquisa em Educação Ambiental) (2007), passagem pelo programa de doutorado em Ciência Ambiental (2000-2004), mestre em Psicologia (Psicologia Experimental, com ênfase em Ecologia Comportamental) (1991), Licenciado em Ciências (1986), Licenciado em Biologia (1986), e Bacharel em Ciências Biológicas (1986), todos pela Universidade de São Paulo (USP). É Eletrotécnico formado pela Escola Técnica Federal de São Paulo (ETFSP) e Técnico em Energia Nuclear pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Atualmente é Pesquisador e Professor Associado do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde foi coordenador (2014-2016) e atua como professor no curso de Bacharelado em Ciências Ambientais. É pesquisador e professor do Programa de Pós-Graduação em Análise Ambiental Integrada - PPGAAI, e do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática - PECMA, ambos no campus Diadema da Unifesp. É coordenador do Comitê de apoio à implantação do Instituto das Cidades - Unifesp câmpus Zona Leste. Teve grande atuação como Educador no Ensino de Ciências e Biologia (1985-1996). Foi Professor Adjunto da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) lotado no Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade (CCTS), onde coordenou o Laboratório de Ecologia, Percepção e Educação Ambiental - LEPEA. Foi Vice-Coordenador, docente e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade na Gestão Ambiental - PROSGAM-UFSCar. Também atuou no Programa de Pós-Graduação em Educação do CCTS - UFSCar e é colaborador do Programa de Pós-Graduação em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS). Foi eleito para o Conselho Municipal de São Paulo para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. Exerceu a função de Presidente do Instituto Physis - Cultura & Ambiente, é líder da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), e é Diretor da Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBEcotur). Foi um dos redatores do Tema Transversal "Meio Ambiente", dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Fundamental do MEC (1998). É autor de diversos livros na área de Ecologia, Educação, Meio Ambiente e Sustentabilidade, e é Editor Chefe da Revista Brasileira de Ecoturismo (Qualis B1), e da Revista Brasileira de Educação Ambiental (Qualis B2). Tem experiência na área de Educação Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Sustentabilidade, Políticas Públicas, Educação Ambiental, Ecoturismo, Ética e Meio Ambiente, Ecologia Humana, Unidades de Conservação,Terceiro Setor, e Ambientalismo.

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Publicado

2017-08-14