A educação ambiental como instrumento de conscientização e sensibilização no uso adequado dos agrotóxicos

Autores

  • Ivoneide de Almeida Querino Universidade Federal da Paraíba
  • Washington Antonio Pereira de França Universidade Federal da Paraíba
  • David Holanda de Oliveira Universidade Federal da Paraíba
  • Thais Aparecida Vitoriano Dantas Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.002.0022

Palavras-chave:

Agricultura, Meio ambiente, Saúde.

Resumo

O uso consciente dos agrotóxicos é de extrema importância para melhor rendimento da produção agrícola e preservação dos recursos renováveis, do meio ambiente e saúde humana. É importante que a sociedade, e principalmente os produtores, tomem os devidos cuidados durante a utilização dos agrotóxicos, para que não haja contaminação dos alimentos, do ambiente, dos agricultores e consumidores. Conhecer a percepção do risco, por parte da população exposta é importante para desenvolver propostas de intervenção sobre o problema junto à comunidade, através de ações de conscientização sobre os riscos associados ao uso indiscriminado destes produtos, ou seja, ao uso incorreto e durante longo prazo. O trabalho teve como objetivo, identificar e analisar o nível de conhecimento da comunidade rural do distrito Santa Maria, na cidade de Areia - PB, a respeito do uso indiscriminado dos agrotóxicos e realizar intervenções, através da Educação Ambiental, que permitissem o uso correto dessas substâncias pela comunidade. O trabalho foi realizado em duas etapas, com agricultores do Distrito Santa Maria.  A primeira etapa ocorreu com aplicação de questionários semiestruturados e posteriormente, com base nas respostas dos questionários, foram realizadas intervenções através de oficinas e debates junto à comunidade. A maioria dos entrevistados (96%) é analfabeta ou possui apenas o ensino fundamental incompleto, acentuando a dificuldade na leitura e compreensão das instruções das embalagens. Os agrotóxicos utilizados pelos agricultores são do tipo herbicida, principalmente glifosato. Estes produtos são adquiridos em vendas não autorizadas, sem a apresentação do receituário agronômico. O descarte das embalagens é feito de maneira incorreta, sem a devolução as centrais de recolhimento.  37,7% dos entrevistados afirmaram não utilizar os equipamentos de proteção individual. Os que utilizam (62,3%) afirmaram não fazer de forma correta. Apenas 19% disseram ler os rótulos das embalagens, porém, nem todos compreendem o que é lido, devido seu teor técnico. As intervenções realizadas com os agricultores colaboraram para o repasse de informações, além de compartilhar experiências e exemplos que pudessem ser utilizadas como ferramenta de sensibilização sobre uso adequado dos agrotóxicos. A Educação ambiental foi um mecanismo importante na realização deste trabalho, trazendo luz as questões não apenas ambientais como também políticas e sociais.  

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Biografia do Autor

Ivoneide de Almeida Querino, Universidade Federal da Paraíba

Possui graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado)pela Universidade Federal da Paraíba (2016). Registro no conselho regional de biologia 5ª região.Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Educação Ambiental, voltada ao uso adequado dos agrotóxicos, tendo participado de projetos de extensão com agricultores, professores e alunos do ensino básico.

Washington Antonio Pereira de França, Universidade Federal da Paraíba

Graduando em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela Universidade Federal da Paraíba, Campus II. Atualmente é representante estudantil do Comitê de Inclusão e Acessibilidade - CIA, do Campus II da UFPB. Tem experiência como Bolsista e voluntário do Programa de Bolsas de Extensão (Probex) e no Programa de Bolsa para Licenciatura (Prolicen), pelo CCA/UFPB. Atua em projetos nas áreas de Educação, Inclusão Social e Questões Étnico Raciais sob orientação da profª Drª Ana Cristina Daxenberger (UFPB) e em projetos na área da Educação Ambiental (com ênfase no uso correto dos agrotóxicos e produção e gerenciamento de resíduos sólidos) sob orientação do professor Dr. David Holanda de Oliveira (UFPB).

David Holanda de Oliveira, Universidade Federal da Paraíba

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Mestrado e Doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente é professor adjunto III da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Geociências e Educação ambiental, com ênfase em Paleontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: foraminíferos, micropaleontologia, curadoria e ensino de ciências.

Thais Aparecida Vitoriano Dantas, Universidade Federal da Paraíba

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Paraíba (2017), e atualmente cursa Licenciatura plena em Ciências Biológicas pela a Universidade Federal da Paraíba. É estagiaria do laboratório de entomologia da Universidade Federal da Paraíba, Campus II Areia - PB, atuando em pesquisas na área de Entomologia agrícola, bioecologia de insetos e controle biológico de insetos. Já foi bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) e voluntária em projetos de extensão.

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Publicado

2017-01-11