Dichotomia entre áreas urbanas e rurais: dados estatísticos podem não revelar a sinergia entre esses dois espaços existentes
DOI:
https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.002.0015Palavras-chave:
Bem-estar, Dicotomia, Atividade EconômicaResumo
Os ganhos nas atividades não agrícolas representam uma nova dinâmica no Brasil rural e agora tem representação no Brasil a partir da década de 1990. Nesta perspectiva, o campo brasileiro está passando por uma reconfiguração, apontando para uma intensificação da urbanização das áreas rurais, especialmente nas áreas periurbanas. A instalação de indústrias nas áreas rurais, a implantação de agronegócios e exportadores de alimentos e a utilização da mão de obra rural para essas indústrias, estão ligando os trechos entre áreas urbanas e rurais. Assim, as famílias rurais aumentam a renda através de atividades agrícolas e não agrícolas. O meio rural não é mais exclusivamente agrícola. Continuou a ter uma base produtiva diversificada e uma economia integrada na região. Uma vez que existe uma crescente mobilidade humana rural, bem como uma melhoria na comunicação e acesso à informação e maior integração entre os mercados, reduzindo a dicotomia entre o urbano e o rural. Por outro lado, a expansão do cultivo de cana-de-açúcar em uma região pode aumentar o PNP per capita (Produto Nacional Bruto) per capita da região e possibilitar o aumento da atividade econômica. Assim, a pluri-atividade familiar rural pode ser uma alternativa para aumentar a renda dessas famílias à medida que elas se integram cada vez mais com o mercado local. Sabe-se que com o aumento dos rendimentos e a melhoria do bem-estar da população rural pode reduzir o êxodo rural que cresceu no país desde a década de 1970. No entanto, em áreas com predominância ou expansão da monocultura, como exemplo de açúcar de cana, pode haver uma maior concentração de terra e um piora da distribuição de renda em uma região e registrar um aumento na migração rural, degradação ambiental e diversificação da produção local reduzida . Uma análise de vários indicadores, sócio-econômicos e ambientais, através do Painel de Sustentabilidade, é possível dizer qual categoria tem a maior taxa de sustentabilidade dos agricultores, sejam eles pequenos agricultores ou monocultivos. No entanto, os dados secundários disponíveis no Brasil hoje não suportam uma análise minuciosa da participação de cada ator e a qual a interconexão entre os atores e sua sinergia na atividade econômica local. Uma vez que, dado o estreitamento entre o urbano e o rural, os dados estatísticos disponíveis não são capazes de demonstrar até que ponto a dicotomia rural-urbana dá. Assim, é relevante apontar e discutir maneiras de fornecer dados estatísticos consistentes e ser, de fato, capaz de demonstrar a realidade local de uma região dentro dos atores do bem-estar.
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