Dichotomia entre áreas urbanas e rurais: dados estatísticos podem não revelar a sinergia entre esses dois espaços existentes

Autores

  • Washington Pereira Campos Universidade Federal de Goiás
  • Marina Aparecida da Silveira Universidade Federal de Goiás
  • Márcio Caliari Universidade Federal de Goiás
  • Alcido Elenor Wander Georg August Universität Göttingen

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.002.0015

Palavras-chave:

Bem-estar, Dicotomia, Atividade Econômica

Resumo

Os ganhos nas atividades não agrícolas representam uma nova dinâmica no Brasil rural e agora tem representação no Brasil a partir da década de 1990. Nesta perspectiva, o campo brasileiro está passando por uma reconfiguração, apontando para uma intensificação da urbanização das áreas rurais, especialmente nas áreas periurbanas. A instalação de indústrias nas áreas rurais, a implantação de agronegócios e exportadores de alimentos e a utilização da mão de obra rural para essas indústrias, estão ligando os trechos entre áreas urbanas e rurais. Assim, as famílias rurais aumentam a renda através de atividades agrícolas e não agrícolas. O meio rural não é mais exclusivamente agrícola. Continuou a ter uma base produtiva diversificada e uma economia integrada na região. Uma vez que existe uma crescente mobilidade humana rural, bem como uma melhoria na comunicação e acesso à informação e maior integração entre os mercados, reduzindo a dicotomia entre o urbano e o rural. Por outro lado, a expansão do cultivo de cana-de-açúcar em uma região pode aumentar o PNP per capita (Produto Nacional Bruto) per capita da região e possibilitar o aumento da atividade econômica. Assim, a pluri-atividade familiar rural pode ser uma alternativa para aumentar a renda dessas famílias à medida que elas se integram cada vez mais com o mercado local. Sabe-se que com o aumento dos rendimentos e a melhoria do bem-estar da população rural pode reduzir o êxodo rural que cresceu no país desde a década de 1970. No entanto, em áreas com predominância ou expansão da monocultura, como exemplo de açúcar de cana, pode haver uma maior concentração de terra e um piora da distribuição de renda em uma região e registrar um aumento na migração rural, degradação ambiental e diversificação da produção local reduzida . Uma análise de vários indicadores, sócio-econômicos e ambientais, através do Painel de Sustentabilidade, é possível dizer qual categoria tem a maior taxa de sustentabilidade dos agricultores, sejam eles pequenos agricultores ou monocultivos. No entanto, os dados secundários disponíveis no Brasil hoje não suportam uma análise minuciosa da participação de cada ator e a qual a interconexão entre os atores e sua sinergia na atividade econômica local. Uma vez que, dado o estreitamento entre o urbano e o rural, os dados estatísticos disponíveis não são capazes de demonstrar até que ponto a dicotomia rural-urbana dá. Assim, é relevante apontar e discutir maneiras de fornecer dados estatísticos consistentes e ser, de fato, capaz de demonstrar a realidade local de uma região dentro dos atores do bem-estar.

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Biografia do Autor

Washington Pereira Campos, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Ciências Econômicas pelo Instituto Aphonsiano de Ensino Superior (2005) e mestrado em Agronegócio pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atualmente é professor horista - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial / GO (SENAC), onde ministra aulas para curso técnicos e de Gestão (Matemática Financeira, Administração Financeira e Estatística Básica).

Marina Aparecida da Silveira, Universidade Federal de Goiás

Mestrado em Agronegócio pela Universidade Federal de Goiás (2015). Possui graduação em Secretariado Executivo Trilingue pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2004), graduação em Letras/port/Inglês pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2006)Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: Sustentabilidade e competitividade produtiva, ILPF, monocultura, cana de açúcar, dicotomia, expansão, pluriatividade, assentamentos rurais, políticas publicas e segurança alimentar. Atividades profissionais em compra, venda e manejo da bovinocultura tipo cria e corte. 

Márcio Caliari, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá(1985), especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Estadual de Londrina(2000), mestrado em Ciências de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina(1997), doutorado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas(2001) e pós-doutorado pela Universidade Estadual de Londrina(2011). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Goiás, Membro de corpo editorial da Pesquisa Agropecuária Tropical (UFG), Revisor de periódico da Pesquisa Agropecuária Tropical (UFG) e Revisor de periódico da Ciência e Tecnologia de Alimentos. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Operações Industriais e Equipamentos para Engenharia Química. Atuando principalmente nos seguintes temas:Gerenciamento do Canavial, Otimização da colheita de cana-de-açúcar, Maximização da produção de Sacarose, Programação matemática aplicada a cana-de-açúcar. 

Alcido Elenor Wander, Georg August Universität Göttingen

Possui graduação em Agronomia pela Universidade de Kassel (Alemanha, 1996), mestrado em Ciências Agrárias dos Trópicos e Subtrópicos pela Georg August Universität Göttingen (Alemanha, 1998) e doutorado em Ciências Agrárias (Concentração: Economia Agrícola) pela Georg August Universität Göttingen (Alemanha, 2002). É pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), professor dos Programas de Pós-Graduação em Agronegócio (Universidade Federal de Goiás - UFG), Desenvolvimento Regional (Centro Universitário Alves Faria - UNIALFA) e Administração (Centro Universitário Alves Faria - UNIALFA), e do MBA em Agronegócios e Agroindústrias com Ênfase em Sustentabilidade (Instituto de Pós-Graduação e Graduação - IPOG). Atualmente é Chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Agrária e Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: agricultura familiar, viabilidade econômica, políticas públicas, desenvolvimento regional, agronegócio e competitividade.

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Publicado

2017-03-30