Desafios da agricultura familiar em prol da produção agroecológica em Tangará da Serra –MT

Autores

  • Regina Maria da Costa Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Aparecida de Fátima Alves Lima Universidade do Estado de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.001.0018

Palavras-chave:

Motivações, Cultivo, Sustentabilidade

Resumo

A produção agroecológica vem ao longo dos anos ganhando espaço nas pequenas propriedades. Tal fato se dá pelos diversos incentivos ocorridos em âmbito regional, estadual e nacional. Em âmbito regional, a Secretaria da Agricultura Pecuária e Abastecimento do município de Tangará da Serra (SEAPA) desenvolveram um projeto de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável  em uma unidade experimental e desejava testá-lo nas propriedades rurais locais. Em contrapartida um grupo de dez produtores da comunidade rural Vale do Sol I requereram junto a SEAPA um apoio para produzirem de forma diferenciada e aumentar a renda familiar. O objetivo da pesquisa consistiu em identificar os desafios a serem superados pelos produtores da comunidade rural Vale do Sol I em prol da produção agroecológica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com o apoio de entrevistas aplicada aos profissionais técnicos da SEAPA e aos produtores rurais. Como resultados, foi possível conhecer o sistema de produção vigente, os recursos físicos e monetários disponíveis, bem como a infraestrutura das unidades produtivas. A pesquisa sinaliza que a principal motivação dos produtores rurais à produção agroecológica consiste na busca do diferencial competitivo, com o lançamento de uma nova marca no mercado. Para iniciarem as atividades de mudanças no sistema de produção convencional para o agroecológico buscaram apoio e orientação junto aos técnicos agrícolas da prefeitura municipal, ao representante do Núcleo de Políticas para Economia solidária e professores universitários. A falta de água e do documento das terras são os principais empecilhos para captação de recursos para os investimentos necessários. Foram identificadas manifestações do trabalho coletivo, como alternativa para superar dificuldades de transporte e comercialização, embora a produção ainda ser individualizada. Apesar das dificuldades identificadas, conclui-se ser possível aos pequenos agricultores produzir de forma integrada e sustentável desde que sejam feitas as adequações recomendadas nas propriedades e que o trabalho coletivo seja formalizado em associação ou cooperativa. Como pesquisas futuras sugere-se que sejam realizados outros estudos na mesma comunidade a fim de verificar as adequações ocorridas nas propriedades bem como a aceitação do mercado local para o consumo de produtos agroecológico.

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Biografia do Autor

Regina Maria da Costa, Universidade do Estado de Mato Grosso

Doutoranda em Administração pela Universidade Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) (2013-2016);Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar (2010); Docente na Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - desde 2006, Instituição de ensino onde ministra aulas, coordena e orienta estágio Supervisionado no curso de Administração desde 2007, participa de projetos de pesquisa e extensão nas temáticas Economia Solidária, Agricultura Familiar e Agroecologia. Tem prática administrativa, pois trabalhou em empresas privadas. Desenvolve pesquisas e orienta nas seguintes temáticas: Dinâmica organizacional do trabalho, Migração, Organização dos trabalhos em usinas de açúcar e álcool, Desenvolvimento Sustentável. Especialista em Finanças, Controladoria e Auditoria pela (UNEMAT) em 2004, Administradora pela Universidade Estadual do Mato Grosso (UNEMAT) em 2001. CV: http://lattes.cnpq.br/2865351259938143

Aparecida de Fátima Alves Lima, Universidade do Estado de Mato Grosso

Doutoranda em CIências Contábeis no PPG Ciências Contábeis UNISINOS, ingresso em 2017. Mestre em Administração pela Universidad de Extremadura - Espanha (2003), título revalidado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2006). Especialista em Finanças e Controladoria pela Universidade de Cuiabá (2000) e em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras (2001). graduada em Administração pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (1995). É professora efetiva da Universidade do Estado de Mato Grosso, na cadeira de Administração Financeira e Orçamentária, onde atua na graduação e pós-graduação Lato Sensu nas áreas de Administração e Ciências Contábeis. Tem experiência em gestão tendo atuado em empresa privada por 10 anos. Foi pro-reitora de Administração e Finanças na UNEMAT entre os anos 1998 e 1999. Participa do grupo de Pesquisa GAFA - Gestão e Apoio a Agricultura Familiar da UNEMAT (GAFA), desenvolve estudos em temáticas relacionadas à agricultura familiar, agricultura empresarial e arranjos produtivos locais, abordando aspectos sociais, econômicos e ambientais. Atua em projetos de extensão voltados para empreendimentos rurais de base familiar, sucessão familiar, gestão do agronegócio, custos ambientais e finanças empresariais.

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Publicado

2017-08-12