Análise do descarte ambientalmente correto da produção do queijo coalho em fabriquetas do Sertão Sergipano

Autores

  • Érica Emília Almeida Fraga Universidade Federal de Sergipe
  • Simone Maria da Silva Rodrigues Universidade Federal de Sergipe
  • Cleiton Rodrigues de Vasconcelos Universidade Federal de Sergipe http://orcid.org/0000-0003-3318-2982
  • José Ricardo de Santana Universidade Federal de Sergipe
  • Mário Jorge Campos dos Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Daniel Pereira da Silva Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2016.002.0010

Palavras-chave:

Destinação de Efluentes, Destinação de efluentes, Meio Ambiente, Meio ambiente, Produção de Queijo Coalho, Produção de queijo coalho

Resumo

O queijo de coalho vem ocupando um lugar relevante na alimentação humana devido ao seu alto valor nutritivo, contudo, é responsável pelo fomento de uma grande quantidade de rejeito ou efluentes líquidos decorrentes da transformação do leite em queijo. O principal efluente proveniente desta transformação é o soro de queijo, este que é considerado um dos grandes poluentes da indústria de laticínios e fabriquetas de pequeno, médio e grande porte, rico em gorduras, lactoses e proteínas. Atualmente é muito pouco aproveitado para fins alimentícios e todo volume desperdiçado é enviado para nutrição de suínos, ou direcionados a mananciais de água ou solo, gerando problemas ambientais como alta demanda bioquímica de oxigênio. Neste sentido é de extrema relevância buscar alternativas para o descarte ambientalmente correto e tratamentos adequados do soro de queijo. O presente estudo objetivou investigar com as fabriquetas do Alto Sertão Sergipano destinam os seus resíduos ou efluentes provenientes da produção de queijo de coalho. A pesquisa é caracterizada como descritiva, realizada sob a forma de estudo de caso, com base de análise quantitativa, além da observação direta nas propriedades. Aplicou-se uma amostragem não probabilística por conveniência, utilizando o questionário estruturado como instrumento e aplicado na amostra de 18 proprietários de fabriquetas de queijo de coalho. No que se refere ao tratamento dos dados, estes foram compactados e exportados para o software Microsoft Office Excel, sendo analisados priorizando os aspectos sócio- ambientais. Os resultados evidenciaram que 16 proprietários responderam que os efluentes decorrentes do processo produtivo do queijo são constituídos de soro e 2 é constituído de soro e água de lavagem, que todos os proprietários responderam que o destino dado aos resíduos líquidos decorrentes do processo produtivo é voltado para alimentação dos suínos, todos os proprietários responderam que não realizam nenhum tratamento aos rejeitos gerados pelas mesmas, que 83% da amostra consideram que os rejeitos provenientes da produção não causam impactam em seu cotidiano e 17% são indiferentes aos seus efeitos. Identificou-se também que 10 proprietários responderam que desconhecem sobre os danos causados ao meio ambiente que o soro pode provocar, 5 conhecem pouco e 3 conhecem. Finalmente, cabe ressaltar a necessidade de demonstrar e discutir os impactos ambientes causados pelos rejeitos da produção do queijo coalho no Sertão Sergipano.

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Biografia do Autor

Érica Emília Almeida Fraga, Universidade Federal de Sergipe

Mestre em Ciência da Propriedade Intelectual pela Universidade Federal de Sergipe.Especialização em Gastronomia e Gestão em Serviços de Alimentação pela Faculdade Serigy-Unirb, Aracaju-Se.Especialista em Artes Culinárias pelo Centro de Formacion Profesional Mausi Sebess, Argentina. Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior, pela Faculdade São Luís de França, Aracaju-Se. Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Sergipe. Atualmente é professora do Curso de Administração, da Universidade Tiradentes (UNIT). Foi coordenadora do Curso de Gastronomia da Faculdade Serigy-Unirb - Sergipe.

Simone Maria da Silva Rodrigues, Universidade Federal de Sergipe

Advogada devidamente inscrita na OAB Seccional Goiás. Mestre em Ciência da Propriedade Intelectual pela Universidade Federal de Sergipe- UFS (2017). Especialista em Gestão Pública pela Faculdade Brasileira de Educação e Cultura- FABEC/GO (2013). Especialista em História e Cultura Afro-Brasileira e Africana pela Universidade Federal de Goiás- UFG/GO (2015). Graduada em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira -UNIVERSO (2007). Atualmente cursa Especialização em Infância e Direitos Humanos na Universidade Federal de Goiás- UFG/GO (2017/2019) e Licenciatura em História na Universidade Estadual de Goiás- UEG/GO.7)

Cleiton Rodrigues de Vasconcelos, Universidade Federal de Sergipe

Doutorando em Ciência da Propriedade Intelectual UFS, Mestre em Engenharia de Produção pela UFPE (2013), MBA em Logística pelo Instituto Camilo Filho (2012), MBA em Planejamento e Gestão Estratégia pela FACINTER (2010), Graduação em ADMINISTRAÇÃO de EMPRESAS. Professor da Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia de Produção. Interesse em pesquisas nas áreas de Gerenciamento da Qualidade em Processos Produtivos e Serviços, Gestão da Cadeia de Suprimentos, Logística Empresarial, Lean Manufacturing, Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual. ORCID ID orcid.org/0000-0003-3318-2982 

José Ricardo de Santana, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em Economia de Empresas pela Fundação Getulio Vargas - SP (2004), mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (1995) e bacharel em Economia pela Universidade Federal de Sergipe (1991). É professor associado da Universidade Federal de Sergipe (UFS), vinculado ao Departamento de Economia, ao Programa de Pós-Graduação em Economia e ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em crescimento econômico, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento regional, inovação e finanças. Foi chefe do Departamento de Economia (DEE/UFS), vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia (NUPEC/UFS) e coordenador do Centro de Inovação e Transferência de Tecnologia (CINTEC/UFS). Foi ainda presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC/SE) e vice-presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP). É Diretor de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Mário Jorge Campos dos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Tecnologia da Madeira pelo Instituto de Tecnologia da Amazônia (1989), mestrado em Ciência e Tecnologia de Madeiras [Esalq] pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Recursos Florestais pela Universidade de São Paulo (2004), Pós Doutorado Embrapa Gado de Corte, MS (2005), Pós-doutorado no Centro de Agrofloresta na Universidade do Missouri, EUA (2014). Trabalhou e conduziu estudos nos principais Biomas brasileiros tais como Amazonia, Cerrado, Mata Atlântia e atualmente desenvolve pesquisas com Sistemas Agroflorestais no Bioma Caatinga. Coordena projetos agroflorestais sucessionais no âmbito da agricultura familiar no nordeste Central Sergipano. É Professor associado lotado no Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Sergipe e lider do grupo de pesquisa em Agrofloresta (GRAF). Atualmente e edito-chefe da Revista Cientifica Agroforestalis News.

Daniel Pereira da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Engenheiro Industrial Químico, e atual Professor/Pesquisador da Universidade Federal de Sergipe lotado no Departamento de Engenharia de Produção DEPRO/UFS, Daniel Pereira da Silva é também docente permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu na Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio - Doutorado), e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da Propriedade Intelectual (PPGPI - Mestrado e Doutorado). Graduado em 1997, pela FAENQUIL (atual EEL/USP, 1993-1997), concluiu seu mestrado em Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica - FCF/USP (1998-2000 / bolsista FAPESP) e doutorado em Biotecnologia - FAENQUIL (atual EEL/USP, 2001-2005 / bolsista FAPESP) com estágio doutorado/sanduíche (2005, apoio financeiro FAPESP-Brasil) e Pós-Doutorado (2006-2009, apoio financeiro FCT/Portugal) na área de Engenharia Química e Biológica no Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho em Portugal - CEB/UMINHO. Líder de Grupo de Pesquisa/CNPq intitulado "Integração de Processos Biotecnológicos" e Coordenador do Laboratório de Biomassa, Bioproduto e Bioenergia L3Bio/UFS, Daniel P. Silva vem-se consolidando na realização de pesquisas focadas nas interações entre as áreas de engenharia química, bioquímica e biologia, visando melhor aproveitamento de resíduos agrícolas/agro-industriais, processos alternativos e novos conceitos de bioprocessos e bioprodutos. Neste contexto, possui dentro de sua linha de pesquisa experiência em apresentações de cursos, mini-cursos, palestras e trabalhos em eventos (nacionais e internacionais) com vistas a educação e popularização da ciência e tecnologia; além disso sua produção tecnológica e de inovação é representada por 14 depósitos de pedidos de patentes, sendo uma delas com co-participação formal de empresa privada. Em relação as atividades de empreendedorismo/transferência de tecnologia para o ambiente produtivo ou social o pesquisador possui projetos de extensão tecnológica, ações relacionadas a contratos de parceria que envolvem transferência de tecnologia bem como é integrante como Coordenador de Área da Comissão de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia de uma instituição federal (COMPITEC/UFS, biênio 2015-2016 e 2017-2018), responsável por atribuições de assessoramento em pareceres de proteção das criações desenvolvidas e na administração no que diz respeito às políticas de pesquisa, inovação e PI, bem como na difusão da cultura de PI na instituição. Em relação a atividades de formação de recursos humanos e de divulgação, o pesquisador participa ou participou na organização de 11 eventos bem como na formação de 10 alunos de iniciação tecnológica (formação tecnológica), 52 alunos de iniciação científica, 15 mestres/mestrandos, 18 doutores/doutorandos, 3 pós-doutores; possui 8 capítulos de livros e 44 publicações em veículo de qualidade reconhecida (periódicos) sendo estes distribuídas em 22 diferentes tipos de periódicos especializados e de foco internacional, dentro de um perfil Qualis/Capes representado por 65% A1 ou 86% igual ou superior a B2 em Engenharia II (área de atuação, Qualis), e 92% igual ou superior a B2 quando avaliado na área Interdisciplinar, ou ainda 84% igual ou superior a B2 quando em Biotecnologia, cabendo destaque, entre as premiações, aquelas de melhor trabalho orientado (1ºLugar) na área de Engenharias em 2015 e 2016, com alunos bolsistas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Universidade Federal de Sergipe.

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Publicado

2016-06-25