Avaliação dos efeitos de biossurfactantes produzidos por Bacillus subtilis LBBMA 4914 e Pseudomonas aeruginosa LBBMA 4951E e surfactantes sintéticos sobre larvas de Culex quinquefaciatus

Autores

  • Adriano Guimaraes Parreira Universidade Federal de Viçosa
  • Stenio Nunes Alves Universidade Federal de Minas Gerais
  • Marcos Rogerio Totola Universidade Federal de Viçosa (UFV)

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2016.002.0008

Palavras-chave:

Culex, bioinseticida, Bioinseticida, surfactina, Surfactina, ramnolipideos., Ramnolipídeos

Resumo

Mosquitos da família Culicidae estão presentes em todo o território nacional podendo agir como vetores de doenças diversas, a exemplo da filariose. transmitida por Culex quinquefasciatus. A evidência de resistência aos inseticidas tradicionais tem estimulado o desenvolvimento de pesquisas com novos compostos com potencial ação larvicida. No presente trabalho foram avaliados os efeitos de agentes tensoativos biológicos, os biosurfactantes ramnolipideos produzidos por Pseudomonas aeruginosa LBBMA 4951e lipopetídeos produzidos por Bacillus subtilis LBBMA 4914, além dos sintéticos SDS - Dodecil Sulfato de Sódio, Twen 80 e Triton X, sobre larvas de 3 e 4 instar de C. quinquefasciatus. Os resultados obtidos mostraram-se bastantes promissores indicando grande potencial de ação bioinseticida por parte dos biossurfactantes avaliados, destacando-se a surfactina com ação larvicida sobre 75% do total de espécimes de C. quinquefascitus expostos àquele tensoativo ao longo de 96h. Em relação aos surfactantes sintéticos, observou-se resultado mais pronunciado para Triton X 100, seguido de Tween 80 e SDS, com valores de CL50 de 1,32x10-4M, 2,52x10-4M e 2,84x10-4M, respectivamente. Com isso, a partir deste trabalho abrem-se novas perspectivas para o uso daqueles tensoativos no controle da proliferação de C. quinquefascitus, atuando como bioinseticidas ou aditivos aos já utilizados, assim como para novos testes envolvendo a avaliação de seu efeito sobre outras espécies de Culicidae, a exemplo de Aedes aegypti.

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Biografia do Autor

Adriano Guimaraes Parreira, Universidade Federal de Viçosa

Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas, Mestre e Doutor em Microbiologia pela Universidade Federal de Viçosa (CAPES conceito 6). Atualmente é professor da UEMG Unidade Divinópolis MG, ministrando aulas nos Cursos de Fisioterapia, Ciências Biológicas e Enfermagem além de técnico da UFSJ Campus CCO onde também desenvolve atividades de pesquisa, sobretudo nas áreas de aplicação de biossurfactantes como inibidores da formação de biofilmes em biomateriais, aplicação dos mesmos como biolarvicidas e análise de qualidade de água.

Stenio Nunes Alves, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel em Parasitologia (1995) e Licenciado em Ciências Biológicas (1997) pela UFMG. Possui Mestrado em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa (2000) e Doutorado em Ciências na área de Entomologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). Atualmente é professor Associado I na Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Centro-Oeste, Divinópolis-MG. Tem experiência na área de Morfologia (Citologia e Histologia), Zoologia dos Invertebrados e Parasitologia, com ênfase em Helmintologia e Entomologia. Atua principalmente nos seguintes temas: inseticidas, substâncias bioativas e morfologia de mosquitos. Atua também na área de Tecnologia de Informação e Comunicação desenvolvendo produtos para o ensino. Orientador no Programa de Pós-graduação Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular.

Marcos Rogerio Totola, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1984), mestrado em Microbiologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1993) e doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (1998). Atualmente é professor Titular da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Ecologia Microbiana, Microbiologia Ambiental e do Petróleo e Microbiologia dos Solos, atuando principalmente nos seguintes temas: biorremediação, biocimentação, avaliação de comunidades microbianas por meio de métodos moleculares, avaliação e interpretação de indicadores microbiológicos de qualidade de solos e águas e avaliação da sustentabilidade ambiental da produção agrícola e florestal.

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Publicado

2016-06-25