Processo de rastreabilidade e certificação do cultivo de ostras (Crassostrea gigas): a primeira fazenda de ostras certificada no Brasil

Autores

  • Bruno Olivetti de Mattos Universidade Federal de Lavras
  • Rafael Luiz da Costa Universidade Federal de Santa Catarina
  • Guilherme Wolff Bueno Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2014.002.0012

Palavras-chave:

Certificação, Ostreicultura, Rastreabilidade, Sustentabilidade Aquícola

Resumo

O cultivo de moluscos foi introduzido no Brasil em 1960 no estado de Santa Catarina, porém apenas 1989 desenvolveu-se como uma importante alternativa econômica. Entretanto, o cultivo de moluscos bivalves em escala comercial ainda é restrito a poucas espécies, como a Crassostrea gigas, Crassostrea rhizophorae, Nodipecten nodosus e Perna perna. Apesar de pouco explorado, o cultivo de moluscos bivalves é uma atividade que atinge alcance social e econômico, beneficiando diversos setores da sociedade, gerando empregos, fixando populações nativas litorâneas em seu ambiente tradicional e tornando-se um complemento de renda para pescadores artesanais. Ainda, colabora com a proteção ao meio ambiente, por meio da preservação das regiões onde são feitos os cultivos e pela manutenção dos estoques naturais. Neste cenário, este artigo apresenta os critérios e aspectos considerados para no processo de certificação e rastreabilidade da produção de ostras (Crassostrea gigas), no município de Florianópolis, estado de Santa Catarina abordando os principais critérios e pontos de controle da produção aplicados em cada elo desenvolvido para certificação desta fazenda marinha. O trabalho demostrou que a rastreabilidade e a qualificação dos produtores deve ser incentivada para efetivar e oportunizar melhor qualidade na produção, melhorar a qualidade dos processos e dos produtos, associados à promoção da saúde, segurança e bem-estar do trabalhador. Destacando-se a rastreabilidade e a certificação como ferramenta de gestão e planejamento eficiente que auxilia o crescimento da atividade de modo a promover a segurança alimentar para os consumidores e agregação de valor ao produto que torna-se mais competitivo no mercado.

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Biografia do Autor

Bruno Olivetti de Mattos, Universidade Federal de Lavras

Engenheiro de Pesca pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Mestre em Zootecnia na Área de Concentração Produção Animal/Aquicultura pela Universidade Federal de Lavras, MBA Executivo em Gerenciamento de Projetos em andamento pela AVM e Doutorando em Zootecnia na Área de Produção e Nutrição de Peixes pela Universidade Federal da Bahia. Tem Experiência em administração e gerenciamento de projetos de produção aquícola, atuando na gestão global da aquicultura e na prestação de consultoria, instrutoria e assessoria técnica. Atuou como Consultor da FAO/ONU e Consultor Especialista em Aquicultura Continental no Programa de Parques Aquícolas do Ministério da Pesca e Aquicultura. Foi Assessor de Pesca e Aquicultura do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade. Experiência em: produção, manejo, reprodução, industrialização, beneficiamento, aproveitamento de resíduos, gestão e coordenação de projetos que envolvam organismos e sistemas aquáticos.

Rafael Luiz da Costa, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Engenharia de Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003) e mestrado em Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007). Atualmente cursa MBA Executivo em Gerenciamento de Projetos e trabalha na Empresa Escritório do Mar Aquicultura Ltda. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Aquicultura, com ênfase em Aquicultura, atuando principalmente no seguinte tema: Aquicultura Marinha.

Guilherme Wolff Bueno, Universidade de Brasília

Graduado em Zootecnia e Mestre em Engenharia de Pesca pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, MBA em Gerenciamento de Projetos e Doutor em Ciência Animal pela Universidade de Brasília com período sanduiche na Universidade de Guelph, Ontário, Canadá. Atua na elaboração e execução de projetos e estudos de análise da cadeia produtiva aquícola, implantação de empreendimentos para produção de pescados e fomento de sistemas produtivos sustentáveis de piscicultura. Consultor e colaborador AD HOC em aquicultura e agronegócio para ONU/FAO, Instituto Ceades, Instituto Água Viva, Senar/CNA, Itaipu Binacional, Agência Brasileira de Cooperação Internacional - ABC, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Pesca e Aquicultura, Ministério da Defesa e Embrapa Pesca e Aquicultura.

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Publicado

2014-11-15