Riscos econômicos e sanitários para a pecuária rondoniense: uso responsável de medicamentos veterinários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.004.0051

Palavras-chave:

Exportações, Resíduos, Complexo carne

Resumo

A carne bovina está entre os principais produtos do agronegócio, principalmente pelo aumento da demanda e abertura do comércio mundial. O consumo de carnes em todos os continentes, mostra um Brasil forte e de olho no crescimento econômico. No entanto a sanidade destaca-se como um dos grandes entraves, porém necessária, pois os países compradores exigem um sério processo de rastreabilidade, além da exigência da qualidade do produto adquirido. A bovinocultura brasileira é caracterizada em seu sistema de criação por fatores ambientais diversos, em que predispõem os animais às infecções por endo e ectoparasitas que afetam o ganho de peso, conversão alimentar, desempenho reprodutivo, qualidade de carcaça, sistema imunológico e, em alguns casos, morte do animal. Em face disso e a crescente busca pelo aumento da produtividade, muitas vezes, envolve o uso de substâncias utilizadas como princípios ativos utilizados em produtos veterinários no tratamento de animais destinados ao consumo, como a presença de químicos que podem deixar resíduos na carcaça no momento do abate. Dessa forma, o presente trabalho objetiva-se em chamar a atenção do setor produtivo pecuário rondoniense da exigência na disponibilidade de alimentos seguros, frente a próspera exportação da carne bovina, mostrando os riscos da utilização empírica de medicamentos veterinários e antibióticos no controle dos principais parasitas bovinos, o que pode, em tese, restringir as exportações de carne bovina. A metodologia utilizada foi exploratória e descritiva, na qual os dados foram respaldados em uma revisão de literatura em sites governamentais, ainda com uma abordagem quali-quanti e comparativa. Por fim, foi utilizada análise textual discursiva, e a estatística descritiva para organização e interpretação dos dados. A cadeia produtiva da bovinocultura em Rondônia é formada por um rebanho de 14.804.398 cabeças. No ano de 2003 começara as primeiras exportações expressivas de carne bovina genuinamente rondoniense, em que apresentou um pouco mais de US$ 4,3 milhões, saltando dez anos depois, para a cifra de US$ 592,0 milhões, até chegar no ano de 2019 denotando um valor de US$ 637,2 milhões. Por mais que a exportação demonstra-se expressiva e promissora, a conscientização do pecuarista quanto à importância de aplicar os medicamentos nos animais deve ser observada nas instruções de uso contidas na bula, desta forma reduzindo os riscos de resíduos indesejáveis nos produtos do complexo carne, caso contrário implicaria negativamente na economia, onde as exportações figuram como um dos principais alicerces do agronegócio rondoniense.

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Biografia do Autor

Rodrigo da Silva Guedes, Universidade Federal do Acre

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Acre (2005). Mestrado em Agronomia (2008) - Produção Vegetal (UFAC), com ênfase em Biotecnologia Agrícola e Micropropagação e Cultura de Tecidos de Plantas. Servidor público na Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia com o cargo de Fiscal Estadual Agropecuário à frente da Coordenação Estadual de Trânsito de Vegetais. Atualmente participa como discente do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (doutorado) da Universidade Federal de Rondônia 

Márcio Alex Petró, Universidade do Estado de Santa Catarina

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade do Estado de Santa Catarina(1999). Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Medicina Veterinária Preventiva.

Avenilson Gomes da Trindade, Instituto Federal de Rondônia

Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Rondônia (1997). Atualmente é economista do Governo do Estado de Rondônia. Coordenador Técnico na Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura - SEDI no Governo de Rondônia, e tem experiência na área de economia, administração pública e agronegócios. Possui especialização em Gestão Financeira, MBA em Gestão Pública e Especialista em Planejamento Estratégico para Administração Pública. Por 2 anos fui professor substituto na Universidade Federal de Rondônia e professor titular em Instituições de Ensino Superior da rede privada (FATEC, FIP, UNIRON e SAPIENS) e já ministrei aulas nos cursos de especialização em projetos econômicos (FATEC), auditoria e controladoria (UNINTES) e economia de empresas na Pós-Adm da Sapiens/FGV. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Inovação e Sustentabilidade da Amazônia - GEPISA (IFRO). Atualmente, mestrando em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação pelo ProfNit/IFRO.

Marcelo Batista de Oliveira, Universidade Federal de Rondônia

É Mestre em Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (2008). É Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (2004). Possui graduação em Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (2002) e graduação em Geografia pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (2003). Atualmente é professor da Universidade Federal de Rondônia. Ministra cursos, treinamentos e palestras na área de Administração, com ênfase em Administração de Empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: Bibliometria, Marketing, Vendas, Planejamento Estratégico, Agronegócio, Organização Sistemas e Métodos, Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente, Rondônia, Fruticultura, Piscicultura e Geografia Geral. 

Alex Gomes Pereira, Centro Universitário São Lucas

Possui graduação em Engenharia Civil pela Faculdade de Educação e Cultura de Porto Velho (UNESC). Mestre em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Doutorando em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) - São Leopoldo/RS. Docente do curso de Engenharia Civil no Centro Universitário São Lucas. É membro do grupo de pesquisa Núcleo de Caracterização de Materiais (NuCMat/UNISINOS). Como pesquisador atua na área de Engenharia Geotécnica e Engenharia dos Materiais, com ênfase em pavimentação asfáltica, mecânica dos solos, mecânica e caracterização física dos materiais. Atuando principalmente nos seguintes temas: pavimentos, materiais de pavimentação, solo reforçado, materiais carbonosos, propriedades físicas e mecânicas dos materiais, tais como mecanismos de aumento de resistência, além de ensaios destrutivos e não destrutivos, ensaios de laboratório, caracterização de materiais por difração de raios-x, compósitos asfálticos e caracterização de materiais nanoestruturados obtidos por meio de moagem de alta energia. Atualmente, desenvolve pesquisas na busca de novos materiais para emprego em obras geotécnicas. No período de 09/04/2019 a 05/12/2020 foi membro do Grupo de pesquisa em Geotecnia (GEOTEC/UFAM). 

Rafael Luis da Silva, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em Engenharia Civil pela Faculdade de Educação e Cultura de Porto Velho (UNESC). Mestre em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Doutorando em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) - São Leopoldo/RS. Docente do curso de Engenharia Civil no Centro Universitário São Lucas. É membro do grupo de pesquisa Núcleo de Caracterização de Materiais (NuCMat/UNISINOS). Como pesquisador atua na área de Engenharia Geotécnica e Engenharia dos Materiais, com ênfase em pavimentação asfáltica, mecânica dos solos, mecânica e caracterização física dos materiais. Atuando principalmente nos seguintes temas: pavimentos, materiais de pavimentação, solo reforçado, materiais carbonosos, propriedades físicas e mecânicas dos materiais, tais como mecanismos de aumento de resistência, além de ensaios destrutivos e não destrutivos, ensaios de laboratório, caracterização de materiais por difração de raios-x, compósitos asfálticos e caracterização de materiais nanoestruturados obtidos por meio de moagem de alta energia. Atualmente, desenvolve pesquisas na busca de novos materiais para emprego em obras geotécnicas. No período de 09/04/2019 a 05/12/2020 foi membro do Grupo de pesquisa em Geotecnia (GEOTEC/UFAM). 

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Publicado

2021-02-08

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais