Resgate, apreensão e destinação da herpetofauna pelos órgãos de fauna na região metropolitana do Recife, Pernambuco: contribuição para conservação
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.004.0016Palavras-chave:
Fauna urbana, Tráfico de Animais, Biodiversidade, UrbanizaçãoResumo
O tráfico de animais, a introdução de espécies exóticas e a destruição de hábitats são fatores que levam à distrurbios na biodiversidade, principalmente em grupos sinantrópicos, como vários répteis e anfíbios. Diante disto, este trabalho teve como objetivo realizar um diagnóstico da herpetofauna resgatada, apreendida, recebida e destinada pelos órgãos de fauna responsáveis em Pernambuco entre os anos de 2010 e 2014. Foram analisados 1369 boletins de ocorrência (B.O.), com um total de 1793 indivíduos, divididos em 24 taxóns (21,3% testudines, 16,2% crocodilianos, 11,6% lagartos, 50,6% serpentes e 0,1% anfisbenas). As principais espécies registradas foram a Boa constrictor (n=429), Caiman latirostris (n=295), Chelonoidis sp. (n=184), Iguana iguana (n=154) e Amphisbaena sp. (n=2). Entre as espécies consideradas com maior grau de ameaça, foram recebidos Eretmochelys imbricata e Podocdemis unifilis (espécie exótica para fauna da região). A maioria dos registros veio do município de Recife (24,1%). Foi observado um maior número de resgates na época chuvosa, principalmente para os crocodilianos e as serpentes. Testudines foi o grupo com maior número de apreensões e entregas voluntárias (n= 33 e 90, respectivamente), possivelmente por ser o mais associado a pets. De maneira geral, o tráfico de animais é um problema para os órgãos ambientais no estado de Pernambuco e as políticas publicas precisam ser mais eficientes. Há também necessidade de melhor aparato estrutural e de pessoal para tornar mais eficiente a identificação e o manejo (captura e sotura) dos animais resgatados, bem como o incentivo a ações educativas com a população.
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