O conceito de Bem Viver na agenda da pesquisa no Brasil: um estudo historiográfico no período de 2017 a 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0040

Palavras-chave:

Bem Viver, Desenvolvimento, Transdisciplinaridade, Pesquisadores brasileiros

Resumo

A lógica capitalista pressupõe a mercantilização da vida, da natureza e dos conceitos. Tanto que o próprio conceito de desenvolvimento e suas diferentes denominações: econômico, humano e sustentável, dentre outros, apresenta como limite essa lógica, uma vez que esses movimentos de teorizações trazem no seu bojo e ideia de produção, extrativismo, consumo, renda e lucro. Nesse contexto, nas últimas décadas, na América Latina surgiram propostas conceituais de mudanças que apresentam caminhos para uma transformação civilizatória. O sumak kawsay, o Bem Viver, é uma visão de mundo que se pauta pela força dos povos do Sul, os mesmos que foram marginalizados na História. Não implica numa proposta acadêmico-política, mas na possibilidade de aprender realidades, experiências, práticas e valores presentes em muitas partes nesse momento em meio à civilização capitalista. O Bem Viver pode ser percebido como uma dessas propostas alternativas ao conceito de desenvolvimento, estando orientada por princípios diferentes dos que propagam o capitalismo. Desse modo, esse conceito tem sido apropriado no universo das pesquisas acadêmicas ainda que essa não seja sua proposta inicial.  Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi identificar o que foi publicado sobre 'Bem Viver' por parte de pesquisadores brasileiros, no período de 2017 a 2019. Para tanto realizamos uma revisão de literatura, de cunho historiográfico, a partir de 8 periódicos, sendo 7 em língua portuguesa e 1 na língua inglesa. A metodologia se enquadra em revisão de literatura de cunho historiográfico. A pesquisa dos artigos foi realizada no período de março a maio de 2020, no Portal de Periódicos da CAPES. Selecionamos apenas os artigos que continham 'Bem Viver' no título na língua portuguesa, desenvolvidos por pesquisadores brasileiros. Em linhas gerais podemos afirmar que 2017 foi um ano preponderante na apropriação da temática no Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tayronne de Almeida Rodrigues, Universidade Federal do Cariri

Mestrando em Desenvolvimento Regional Sustentável pela Universidade Federal do Cariri (Proder/UFCA), na Linha de Pesquisa Saúde, Estado e Sociedade. É graduado em Filosofia, pela Faculdade Entre Rios do Piauí (FAERPI), especialista em Docência do Ensino Superior, Faculdade Entre Rios do Piauí. É Tutor a distância do Curso de Especialização em Saúde Mental da Universidade Aberta do Brasil em parceria com a Universidade Regional do Cariri (UAB/URCA). Desenvolve pesquisas sobre patrimônio material e imaterial. Estuda as análises atuais, que se concentram nos saberes tradicionais das Comunidades Quilombolas do Cariri Cearense pautadas nos princípios do Bem Viver e da sustentabilidade. Compõe o Grupo de Pesquisas: Constelar-í: Observatório do Bem Viver da Universidade Regional do Cariri (URCA). É membro do conselho editorial da Revista África e Africanidades (RAA). 

João Leandro Neto, Universidade Federal do Cariri

Mestrando em Desenvolvimento Regional Sustentável pela Universidade Federal do Cariri (Proder/UFCA), na linha de pesquisa: saúde, estado e sociedade. Filósofo e Pedagogo. Especialista em Gestão Escolar e Gestão de Políticas Públicas. Atualmente é professor da rede municipal de Araripe-CE. Tutor a distância da Universidade Aberta do Brasil em convênio com a Universidade Regional do Cariri (UAB/URCA). Membro do conselho editorial da Revista África e Africanidades (RAA). Compõe o Grupo de Pesquisas Observatório do Bem Viver da Universidade Regional do Cariri (URCA). Realiza pesquisas com temas voltados à filosofia da educação, patrimônio histórico e ancestralidade na Escola Santa Verônica (Comunidade Quilombola do Sítio Arruda em Araripe-CE), pesquisa esta que lhe rendeu o selo professor transformador 2020, pela Base2Edu e Bett Educar.

Francisca Laudeci Martins Souza, Universidade Federal do Cariri

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Regional do Cariri (1991), mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (1999) e doutorado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010). Atualmente é Professora do Mestrado em Desenvolvimento Regional Sustentável da Universidade Federal do Cariri - Proder/UFCA e professora Associada do Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri - URCA. Tem experiência nas áreas de Economia e Educação. No campo da Economia se dedica aos temas da Economia Regional, Urbana e do Meio ambiente, atuando principalmente nos temas relacionados ao desenvolvimento local sustentável, políticas públicas, agricultura familiar, desenvolvimento regional, condições de vida, economia solidária sustentabilidade e o bem viver. Atua como consultora e mentoring, numa perspectiva pós-positivista da ciência, educação e do saber. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisas Constelar-i: Observatório do Bem Viver.

Downloads

Publicado

2021-01-13

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)