Produção integrada de aquaponia e digestão anaeróbica para geração de biogás em meio urbano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0036

Palavras-chave:

Piscicultura, Hidroponia, Energia, Biodigestor anaeróbico, Modelagem matemática

Resumo

O sistema integrado entre aquicultura, hidroponia e dejeto bovino apresenta soluções ambientalmente viáveis para produção de alimentos e energia no meio urbano. Os biodigestores anaeróbios são compostos por câmara hermética, na qual sob condições ideais de operação permitem que bactérias degradem os resíduos orgânicos presentes no sistema. O biogás gerado a partir deste, pode ser utilizado como combustível, com uso em turbinas, motores a gás e caldeiras para produção de energia elétrica.  Dessa forma, objetivou-se avaliar a substituição da água no processo de digestão anaeróbica do dejeto bovino pelo lodo de piscicultura. O experimento foi conduzido no Laboratório de Eletrificação Rural e Energias Alternativas do Departamento de Engenharia da UFRRJ. Utilizaram-se protótipos de biodigestores anaeróbios de bancada no modelo indiano, sendo o sistema de abastecimento a batelada. Os substratos utilizados nos processos de monodigestão anaeróbica e codigestão anaeróbica foram o lodo de piscicultura (LP) e dejeto de bovino (DB), nas concentrações de 100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100 LP:DB. Por meio da realização do teste de queima do biogás, para detecção de presença ou não de metano, em quantidade suficiente para manter a chama, confirmou-se a presença de  biogás a partir da terceira semana.  Os modelos matemáticos Sigmoide de Boltzmann para as relações 75:25 e 0:100 LP:DB e Gompertz para 50:50 e 25:75 LP:DB foram considerados os melhores para estimar as curvas de cinética de produção acumulada de biogás. A relação 25:75 LP:DB apresentou maior valor de produção acumulada de biogás, sendo de 13,55 L em 16 semanas. O potencial de produção acumulada, demonstrou aproveitamento superior a 90% da eficiência energética para combustíveis fosseis comparado a relação 0:100 LP:DB. Portanto, conclui-se que o lodo de piscicultura ofereceu melhorias na codigestão anaeróbica em relação a monodigestão anaeróbica, sendo um substrato de grande importância para a geração de energia na produção de biogás. Ao realizar a substituição de um bem nobre como a água, tornou-se um sistema sustentável nos pilares das dimensões social, econômica e ambiental adequado.

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Biografia do Autor

Luiza Maria Affonso Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Graduada no curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UFRRJ. Participei em 2 projetos do programa de iniciação científica voluntaria (PICV) no Instituto de Tecnologia da UFRRJ, atuando na área de ciências agrárias. Integrei o quadro de estagiário voluntário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Solos), no projeto de levantamento de indicadores ambientais para área de Campo Verde - MT. Atualmente sou integrante do grupo de pesquisa Grupo de Energias Renováveis e Alternativas Rurais - GERAR na área de biodigestores, com ênfase na geração de biogás a partir do tratamento de resíduos. 

Juliana Lobo Paes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

A Coordenadora Geral, Professora Juliana Lobo Paes, Possui graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2006), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2008) e doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2011). Atualmente é Professora Associada D1 da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Agroenergia da Universidade Federal de Tocantins. Participa como voluntária ? Núcleo Informar da Rede Brasileira Mulher na Energia Solar ? Rede MESol. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Energia na Agricultura, atuando principalmente nos seguintes temas: economia circular, energia renovável e alternativa, biodigestores (biogás e biofertilizante), energia solar (secagem solar, fototérmica e fotovoltaica), ozonização e insetos-praga de grãos armazenado.É coordenadora do Grupo de Pesquisa GERAR - Grupo de Energias Renováveis e Alternativas Rurais. Mãe de uma filha, esteve em licença maternidade em 2014.

Frederico Alan de Oliveira Cruz, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Licenciado em Física e Doutor em Ciências, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é Professor (Associado II) e líder do Grupo de Pesquisa em Ensino-Aprendizagem de Física da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Beatriz Costalonga Vargas, Universidade Federal de Viçosa

Possui técnico em Eletromecânica pelo Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) e graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Durante a graduação, foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) de iniciação científica por três anos, nas áreas de Máquinas e Mecanização Agrícola e Energias Alternativas Rurais. Atualmente é discente de Mestrado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) na área de Mecanização Agrícola, seguindo a Linha de Pesquisa de Engenharia de Aplicação de Defensivos Agrícolas, utilizando o sistema PWM.

Vinicius Rocha Pereira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Centro Educacional da Lagoa(2010). Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Engenharia de Água e Solo.

Maxmillian Alves de Oliveira Merlo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui graduação em Gestão Ambiental pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (2012). Graduando em Engemharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, monitor das disciplinas Energias Alternativas, Energias na Agricultura e Eletrificação Rural. Membro do Grupo de Pesquisas em Energias Renováveis e Alternativas Rurais - GERAR da UFRRJ.

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Publicado

2021-01-13

Edição

Seção

Engenharia da Sustentabilidade e Meio Ambiente

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