Eficiência térmica do coletor solar plano durante a secagem do café (Coffea arabica L.) sob diferentes condições climáticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.006.0032

Palavras-chave:

Secador híbrido solar elétrico, Parâmetros de secagem, Incidência de chuva, Perda de massa

Resumo

A etapa de secagem do café deve ser de forma eficiente visando sua qualidade de bebida e, a consequente competitividade do grão no mercado. Dentre as formas de secagem, pode-se adotar secador solar a fim de contornar desvantagens oriundas dos métodos convencionais. Diante dessa realidade, objetivou-se avaliar a eficiência térmica do coletor solar plano (CSP) acoplado ao secador híbrido solar elétrico (SHSE) em períodos ensolarados (PS) e com incidência de chuva (PC). A secagem do café arábica (Catuaí amarelo) foi feita no SHSE composto pelo coletor solar plano, câmara de secagem e sistema de exaustão do ar acionado por energia elétrica convencional ou fotovoltaica. O período efetivo de secagem solar foi de 51 h com intermitência de 15 h (período noturno). Durante a secagem, monitorou-se os parâmetros de temperatura, umidade relativa (UR), irradiação solar e índice pluviométrico. Os frutos separados em lotes de café despolpado e natural foram acondicionados em bandejas contendo cestas removíveis no interior da câmara de secagem. A temperatura e umidade relativa média do ar ambiente foi de 23,1 oC e 76,0%, respectivamente, sendo no PS de 26,4 oC e 62,0% e PC de 19,8 oC e 89,9%. A irradiação solar e o índice de pluviosidade médio foi, respectivamente, de 210,9 W m-2 e 10,4 mm ao longo de todo o período efetivo de secagem solar. A maior temperatura com a respectiva UR média atingida na saída do CSP ocorreu no primeiro dia do período ensolarado, sendo de 41,9 oC e 52,1%. Observa-se maior temperatura e menor umidade relativa do ar de secagem na saída quando comparado com a entrada do coletor solar plano, independente das condições climáticas do período de secagem. A eficiência térmica média máxima obtida do CSP foi de 71,6, 58,6 e 21,3% no PS, PC e global, respectivamente. A massa de frutos despolpado e natural reduziu, respectivamente, 27,4 e 34,2% devido à perda de água. Dessa forma, pode-se concluir que o SHSE foi eficiente na secagem solar dos frutos de café, independentemente do lote e condições climáticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Beatriz Costalonga Vargas, Universidade Federal de Viçosa

Possui técnico em Eletromecânica pelo Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) e graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Durante a graduação, foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) de iniciação científica por três anos, nas áreas de Máquinas e Mecanização Agrícola e Energias Alternativas Rurais. Atualmente é discente de Mestrado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) na área de Mecanização Agrícola, seguindo a Linha de Pesquisa de Tecnologia de Aplicação de Defensivos, utilizando o sistema PWM.

Juliana Lobo Paes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2006), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2008) e doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2011). Atualmente é professor adjunto C4 da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Energia na Agricultura, atuando principalmente nos seguintes temas: economia circular, energia alternativa, biodigestores, biogás, secagem solar, ozonização e insetos-praga de grãos armazenado. É coordenadora do Grupo de Pesquisa GERAR - Grupo de Energias Renováveis e Alternativas Rurais. Mãe de uma filha, esteve em licença maternidade em 2014.

Dhiego Santos Cordeiro da Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Colégio Pedro II(2009). Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Energização Rural.

Milena Araújo Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Colégio Estadual Bangu(2007). Tem experiência na área de Engenharia Agrícola.

Maxmillian Alves de Oliveira Merlo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui graduação em Gestão Ambiental pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (2012). Graduando em Engemharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, monitor das disciplinas Energias Alternativas, Energias na Agricultura e Eletrificação Rural. Membro do Grupo de Pesquisas em Energias Renováveis e Alternativas Rurais - GERAR da UFRRJ

Pedro Luis Belfort Gomes Fernandes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental. Atualmente é membro da Assessoria de Programas Sustentáveis e Meio Ambiente, integrante da Coordenadoria de Projetos do Grupo de Automação, Mecanização e Máquinas Agrícolas (GAMMA) e estagiário de Iniciação Científica Voluntária do Laboratório de Energias Alternativas, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Atua principalmente nos seguintes temas: sustentabilidade, energias alternativas e renováveis com foco em biodigestão anaeróbica. 

Downloads

Publicado

2020-07-06

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)