Isótopos estáveis como medida de amplitude de nicho de tartarugas verdes (Chelonia mydas) nidificantes no Atol das Rocas, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0008

Palavras-chave:

Isótopos estáveis, Tartaruga marinha, Ecologia trófica, Oceano Atlântico Sul

Resumo

O estudo analisou a amplitude do nicho de tartarugas verdes, Chelonia mydas, no Atol das Rocas, Brasil, por meio de isótopos estáveis ​​(δ15N e δ13C), comparando amostragens de gema de ovo e carapaça coletadas de dois grupos de nidificação (2017 e 2019). Os valores médios de δ15N na gema do ovo e na carapaça foram 7,1‰ (2017) e 6,8‰ (2019), e 7,8‰ (2017) e 7,3‰ (2019), respectivamente. Para δ13C, os valores médios foram -17,4‰ (2017) e -17,5‰ (2019) na gema de ovo, e -18,4‰ (2017) e -17,9‰ (2019) na carapaça. Os resultados sugerem que a herbivoria em ambientes costeiros-bentônicos é o principal padrão alimentar nesta população. A amplitude do nicho foi semelhante entre 2017 e 2019 em ambos os tecidos. Em geral, a diversidade trófica (NR, CR, CD e SEA) foi comparável entre os anos, assim como a redundância trófica (MNND e SDNND), que em geral foi elevada. As métricas de nicho apontaram para um padrão de alimentação homogêneo nos dois grupos de nidificação (2017 e 2019). Este estudo adiciona uma peça para resolver o quebra-cabeça da ecologia trófica da tartaruga verde adulta.

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Biografia do Autor

Karoline Fernanda Ferreira Agostinho, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Mestre e atualmente doutoranda em Ecologia e Recursos Naturais na Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF, onde também é membro do núcleo de estudos Nicho Ecológico e foi membro do colegiado como representante discente do mestrado no ano de 2018. Executa o monitoramento reprodutivo das tartarugas-verdes que desovam na Reserva Biológica do Atol das Rocas buscando compreender a relação da espécie com esse local reprodutivo. Tem experiência em educação ambiental e reabilitação de animais marinhos. Atuou como voluntária no projeto de microchipagem de tartarugas marinhas (Chelonia mydas), realizado pela BW Consultoria Veterinária na Reserva Biológica do Atol das Rocas em 2016 e 2017 e no ano de 2018 foi coordenadora no mesmo projeto. Foi bolsista Nota 10 da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro durante o mestrado e foi premiada em 3º lugar na VII Jornada de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas do Atlântico Sul Ocidental - Rede Aso Tartarugas.

Leandro Rabello Monteiro, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula (1994), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997) e doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999). Foi professor associado no Laboratorio de Ciencias Ambientais da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro de 1999 a 2008. Assumiu o cargo de Lecturer no Department of Biological Sciences, The University of Hull, e na Hull York Medical School, Reino Unido de 2008 a 2011. Atualmente (desde Fevereiro de 2011) é Professor Associado no Laboratorio de Ciencias Ambientais da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Tem experiência na área de Biologia Evolutiva, com ênfase em morfometria, morfologial funcional e evolução morfológica, atuando principalmente nos seguintes temas: morfometria, evolução, variação geográfica, métodos filogenéticos comparados, estatística e integração morfológica.

Carlos Eduardo Veiga de Carvalho, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989), mestrado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (1992), doutorado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (1997), Pós-Doutorado no Leibniz Center for Tropical Marine Ecology (2010). Atualmente é Professor Associado 1 da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoquímica Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: metais pesados, peixe, contaminação, mercúrio e lagoas.

Ana Paula Madeira Di Beneditto, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Professora do Laboratório de Ciências Ambientais da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF. Bióloga pela Universidade Santa Úrsula (1986), mestre (1997) e doutora (2000) em Biociências e Biotecnologia pela UENF. Pedagoga (2021) com especialização em atendimento educacional especializado pela União Brasileira de Faculdades - UniBF. Desde 2003 é bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e desde 2012 é bolsista do programa 'Cientista do Nosso Estado' da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Tem experiência na área de Ecologia Marinha, desenvolvendo estudos sobre relações tróficas e conservação de recursos marinhos vivos.

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Publicado

2021-01-13