Avaliação da qualidade hídrica de poços de abastecimento do município de Juína, MT-Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.002.0031

Palavras-chave:

Potabilidade, Águas subterrâneas, Sazonalidade

Resumo

A água é um elemento fundamental para todos os seres vivos, atuando diretamente na manutenção dos ecossistemas e ao equilíbrio ambiental e ecológico. Em Juína, é comumente utilizada água provenientes de poços, porém, estes são frequentemente construídos sem critérios técnicos adequados, tornando esta água mais susceptível à contaminação. Dessa forma, o presente trabalho buscou avaliar a qualidade da água de poços de abastecimento do bairro Módulo VI, confrontando os resultados com os padrões de potabilidades estabelecidos pela Portaria no 05/2017 do Ministério da Saúde. Para a coleta das amostras foi utilizada a metodologia proposta no Standard Methods for the Examination of Water and em duas campanhas. A primeira campanha foi realizada no mês de março de 2019, período de elevado índice pluviométrico, e a segunda campanha foi realizada no mês de julho de 2019, mês este de escassez hídrica do município. Foram analisadas amostras de água de dez poços de abastecimento, distribuídos de forma aleatória no bairro. Os parâmetros analisados foram alcalinidade, cloretos, dureza, cálcio, pH, condutividade elétrica, ferro, coliformes totais e termotolerantes. Para as análises físico-químicas, utilizou-se de medidores digitais e titulometria, respectivamente, e para as análises microbiológicas avaliou-se o desenvolvimento de colônias de bactérias em cartelas de substrato cromogênico (Colipaper). Com o intuito de verificar os efeitos da sazonalidade sobre os elementos analisados, adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com dois tratamentos (seco e chuvoso) e os dados dos parâmetros físico-químicos foram comparados por meio de análise de variância, em nível de 5% de probabilidade pelo teste de Fischer (Teste F). As diferenças encontradas foram comparadas por meio do teste de Scott-Knott em nível de 5% de probabilidade e submetidos ao teste de correlação de Pearson também em nível de 5% de probabilidade. Deste modo, conclui-se que a população do bairro Módulo VI, está consumindo água fora dos padrões de potabilidade estabelecido pela legislação brasileira, podendo refletir diretamente na saúde da população consumidora. Os resultados expostos nesse trabalho evidenciam a necessidade da implantação de medidas mitigadoras de forma efetiva bem como, a necessidade de monitoramento contínuo da qualidade da água do bairro Módulo VI.

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Biografia do Autor

Vanessa Caroline Manochio, Instituto Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso -IFMT Campus Juína e especialização em Direito Ambiental e Sustentabilidade pela Faculdade Educacional da Lapa. Foi por 1 ano bolsista de Iniciação Científica pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT /edital n°33/2016) no projeto Avaliação da Qualidade hídrica do manancial de abastecimento do município de Juína, MT- Brasil e estagiária no laboratório de Biologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso de 2017 a 2019. Atualmente cursa Especialização em Didática e Metodologia do Ensino de Ciências Naturais pela Faculdade Educacional da Lapa. 

Alan Cândido da Silva, Instituto Federal de Rondônia

Possui graduação Química (Bacharelado) pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT (2012) e Mestrado em Química pelo Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT (2015). Tem experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: Produção de Biodiesel induzida por Micro-ondas. Secagem e desinfestação de Castanha-do-Brasil induzida por Micro-ondas. Atualmente professor do ensino básico, técnico e tecnológico e Coordenador do Curso Técnico em Segurança do Trabalho no Instituto Federal de Rondônia (IFRO), campus Jaru. 

Josiane de Brito Gomes, Instituto Federal de Mato Grosso

Doutoranda em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), mestra em Engenharia Civil, na área de concentração Meio Ambiente, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, especialista em Gestão, Auditoria e Perícia Ambiental pela Faculdade Santo André e graduada em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). É professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso (IFMT), campus Juína, onde desenvolve estudos na área de educação ambiental, gestão de resíduos e avaliação da qualidade de águas superficiais e subterrâneas.

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Publicado

2021-02-18