Fungos micorrízicos arbusculares de três espécies perenes de um Sistema Agroflorestal em Manaus (AM)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.002.0015

Palavras-chave:

Micorrizas, Sistemas Agroflorestal, Amazônia

Resumo

Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) são seres simbiontes de solo que exercem um papel significativo na funcionalidade e manutenção dos ecossistemas naturais manejados e principalmente degradados. O presente estudo objetivou avaliar a ocorrência de FMAs na rizosfera de Andirobeira, Sapoteira do Solimões e Cupuaçuzeiro presentes em um Sistema Agroflorestal, sendo avaliados em quatro meses (março, junho, setembro e dezembro) de 2018. O esquema fatorial 3x4 foi usado e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey. A ANOVA de medidas repetitivas demonstrou que há efeito do tempo (F (3,12) =3.776; p- valor= 0.019) e da interação entre tempo e espécie (F(6,36) =3.918; p-valor= 0.004) na densidade de esporos. Verificou-se que as rizosferas da Sapoteira do Solimões e da Andirobeira apresentaram as maiores médias de densidade de esporos (76,2 e 70,4 esporos.50 g de solo-1), no mês de março encontrou-se uma amostra com 97 esporos.50 g de solo-1, sendo a maior encontrada. As maiores taxas de colonização micorrízica (%) foram observadas nas rizosferas da Sapoteira do Solimões e da Andirobeira, as quais diferiram estatisticamente do Cupuaçuzeiro, não havendo diferença estatística entre os meses de coleta. O gênero Glomus spp. foi dominante nas rizosferas das plantas (43,1 %), sendo o menos abundante o Gigaspora spp. (10,04 %).

 

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Biografia do Autor

Lucas Henrique Oliveira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Sou Bacharel em Engenharia Florestal pela UFG, Goiânia-GO, com mestrado pelo programa pós-graduação Agricultura no Trópico Úmido (ATU) pelo INPA, em Manaus-AM. Durante a graduação realizei pesquisas no Laboratório de Qualidade da Madeira e Bioenergia(LQMBio) da UFG com a temática da tecnologia da madeira e uso dos recursos florestais, tais como aproveitamento energético de resíduos madeireiros. Vendo uma transição para a área da Agroecologia, durante o mestrado realizei pesquisas com microrganismos simbióticos no solo a fim de conhecer seus benefícios na nutrição mineral de plantas, no LEBMAM -INPA. Tenho dedicado às ciências da Agroecologia e Permacultura, a fim de planejar e desenvolver Agroecossistemas sustentáveis, mais especificamente trabalhos relacionados ao manejo Agroflorestal, compostagem e manejo ecológico do solo. 

Francisco Wesen Moreira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade de Tecnologia da Amazônia (2003), graduação em Tecnólogo da Madeira pela Universidade de Tecnologia da Amazônia (1986) e Mestrado em Ciências de Florestas Tropicais pela UFAM/INPA (2006). Atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Amazônia, Leguminosas, Micorrizas e Fertilidade de solo.

Iokanam Sales Pereira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Formado em Eng. Florestal pela Universidade Federal de Goiás (2015) e mestrado em Ciências de Florestas Tropicais (2018) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Atualmente trabalha como técnico de campo no programa AmazonFACE ( Enriquecimento de CO2 ao Ar Livre na Amazônia). Tem interesse na pesquisa de florestas naturais, ecologia florestal, alometria florestal, inventário florestal e mudanças climáticas. 

Nailson Celso da Silva Nina, Instituto Federal do Amazonas

Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas, Campus Manaus Zona Leste (IFAM-CMZL). Coordenador do Centro de Referência em Agroecologia (CRA) do IFAM-CMZL. Engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em 1999, possui com mestrado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (2002) e Doutorado em Agronomia Tropical (2011) pela mesma instituição. Formado em Permacultura pelo Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado - Ecocentro IPEC em 2001. Desenvolve atividades de pesquisa e extensão nas áreas de agroecologia, permacultura, agroflorestas, agricultura orgânica, manejo ecológico do solo, sistemas integrados de produção, manejo comunitário participativo e desenvolvimento rural sustentável. 

Luiz Antonio de Oliveira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Graduação em Ciências Agronômicas pela UNESP Júlio de Mesquita Filho (1976), Mestrado em Ciências do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1982) e Doutorado em Soil Science (microbiology) pela University of Minnesota (1988). Pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia desde janeiro de 1977, onde ocupou os cargos de Vice-diretor, Diretor de Área, Coordenador Geral da PG, Chefe de Departamento, Comissão Editorial. Participou das Comissões de Biossegurança, Bens Sensíveis, Suplente do INPA no CGEN. Representante do INPA no Conselho Científico e posteriormente, Conselho Diretor da Rede Bionorte junto ao MCTIC. Foi de outubro de 2014 a outubro de 2016, o Vice-Diretor do INPA e Coordenador de Ações Estratégicas do instituto, presidindo e participando nesse período, das Comissões do PAC institucional e, membro do Conselho Diretor do Instituto. É o suplente do MCTIC no AMOCI. Foi agraciado duas vezes com o Prêmio Prof. Samuel Benchimol 2013 e 2019. Foi um dos criadores dos cursos de PG em Biotecnologia (Multi-institucional), sendo o vice-coordenador nos quatro primeiros anos e, Bionorte, onde foi o vice-coordenador nos seis primeiros anos com término em março de 2018. É docente de cursos de pós-graduação do INPA, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atua de forma multidisciplinar na pesquisa regional, como Agricultura Familiar, Desenvolvimento Sustentável, Biotecnologia; possui mais experiência em Agronomia, com ênfase em Microbiologia e Bioquímica do Solo (ecologia microbiana, metabolismo microbiano, enzimas), Manejo e Fertilidade do Solo, Nutrição de Plantas. Foi coordenador de diversos projetos científicos financiados pelo CNPq, FINEP, FAPEAM, PETROBRAS, incluindo grandes projetos em rede, como: Coordenador Geral da Rede CTPetro Amazônia (www.inpa.gov.br/ctpetro) desde o seu início, em 2001, até o seu final em 2014. Foi uma rede de pesquisas com estrutura de INCT (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), criada em atendimento ao edital da FINEP Redes Norte/Nordeste, financiada pelo Fundo Setorial do Petróleo (CTPetro), com contrapartida da PETROBRAS, visando recuperar as áreas desmatadas para a exploração de petróleo e gás natural através de pesquisas multidisciplinares. Dessa rede fizeram parte oito instituições e mais de 600 participantes entre pesquisadores, estudantes e pessoal de apoio. Instituições participantes: INPA, UFAM, UEA, FUCAPI, EMBRAPA/CPAA, MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI, UFRA e UFPA. Nesses quase 12 anos de atividade, a rede contribuiu de forma significativa para o conhecimento da flora e fauna da região do rio Urucu, município de Coari, onde se encontra a única área de exploração de gás e petróleo pela Petrobras na Amazônia brasileira, bem como no desenvolvimento de tecnologias de restauração ambiental na região, com as pesquisas servindo de suporte também, para a formação e qualificação de mais de uma centena de estudantes de graduação e pós-graduação dos Estados do Amazonas e Pará. Coordenou também, um projeto de rede (Rede Bionorte) envolvendo equipes dos Estados do Amazonas, Maranhão, Tocantins e Roraima, envolvendo pesquisas e formação de recursos humanos. Teve um INCT aprovado pelo CNPq em 2015, com contrapartida da FAPEAM, sem recursos financeiros, com enfoque na microbiota amazônica, envolvendo instituições do Amazonas, Tocantins, Pará e Mato Grosso. Orientou e coorientou, mais de uma centena de bolsistas graduados e estudantes de graduação e pós-graduação, sendo mais de 75 mestres e doutores. Possui mais de uma centena de publicações científicas. Consultor ad hoc de diversas revistas científicas e agências financiadoras de pesquisas. Um dos detentores das patentes: https://www.google.com/patents/US20100284943 https://www.google.com/patents/US20100285054 ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2008-7292 

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Publicado

2021-02-16

Edição

Seção

Microbiologia Agrícola e Ambiental

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