Colonizações radiculares por fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) em áreas degradadas pela exploração petrolífera no Estado do Amazonas, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.002.0004

Palavras-chave:

Áreas degradadas, Restauração ambiental, Recuperação ambiental, Fertilidade dos solos, Espécies florestais da Amazônia

Resumo

A recuperação de áreas degradadas na Amazônia é um desafio a ser enfrentado para que a região não sofra tanto impacto das ações antrópicas. As áreas degradadas de clareiras e jazidas causadas pela exploração petrólífera em Urucu servem de referencial para o desenvolvimento de tecnologias de recuperação em toda a  Amazônia. O objetivo desse estudo foi avaliar a importância dos fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) nos componentes dos solos que sofrem impactos direto e indireto da exploração petrolífera, a partir da análise nos níveis de colonização radicular de mudas de espécies florestais e frutíferas utilizadas na recuperação das áreas exploradas pela atividade petrolífera, assim como suas características simbióticas. Todos os solos mostraram-se ácidos e com teores elevados de Alumínio, com a maioria indicando a aplicação de adubação, principalmente com Ca, Mg, K, P e Fe. Os baixos índices de hifas fúngicas encontrados nas raízes das plantas usadas na restauração ambiental das clareiras e jazidas sugerem que a simbiose com os fungos pouco ou nada contribuem para a nutrição das plantas naquelas condições edafoclimáticas.

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Biografia do Autor

Gisele Silva de Medeiros, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Atualmente é servidora pública federal do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, cargo de analista ambiental desde ano de 2010. Experiência de gestão de Unidades de Conservação nos biomas Amazônia e Mata Atlântica. Mestrado no curso de Pós Graduação de Agricultura no Trópico Úmido (PPG-ATU) no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2012). Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Veiga de Almeida (2005).

Francisco Wesen Moreira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade de Tecnologia da Amazônia (2003), graduação em Tecnólogo da Madeira pela Universidade de Tecnologia da Amazônia (1986) e Mestrado em Ciências de Florestas Tropicais pela UFAM/INPA (2006). Atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Amazônia, Leguminosas, Micorrizas e Fertilidade de solo.

Luiz Antonio de Oliveira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Graduação em Ciências Agronômicas pela UNESP Júlio de Mesquita Filho (1976), Mestrado em Ciências do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1982) e Doutorado em Soil Science (microbiology) pela University of Minnesota (1988). Pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia desde janeiro de 1977, onde ocupou os cargos de Vice-diretor, Diretor de Área, Coordenador Geral da PG, Chefe de Departamento, Comissão Editorial. Participou das Comissões de Biossegurança, Bens Sensíveis, Suplente do INPA no CGEN. Representante do INPA no Conselho Científico e posteriormente, Conselho Diretor da Rede Bionorte junto ao MCTIC. Foi de outubro de 2014 a outubro de 2016, o Vice-Diretor do INPA e Coordenador de Ações Estratégicas do instituto, presidindo e participando nesse período, das Comissões do PAC institucional e, membro do Conselho Diretor do Instituto. É o suplente do MCTIC no AMOCI. Foi agraciado duas vezes com o Prêmio Prof. Samuel Benchimol 2013 e 2019. Foi um dos criadores dos cursos de PG em Biotecnologia (Multi-institucional), sendo o vice-coordenador nos quatro primeiros anos e, Bionorte, onde foi o vice-coordenador nos seis primeiros anos com término em março de 2018. É docente de cursos de pós-graduação do INPA, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atua de forma multidisciplinar na pesquisa regional, como Agricultura Familiar, Desenvolvimento Sustentável, Biotecnologia; possui mais experiência em Agronomia, com ênfase em Microbiologia e Bioquímica do Solo (ecologia microbiana, metabolismo microbiano, enzimas), Manejo e Fertilidade do Solo, Nutrição de Plantas. Foi coordenador de diversos projetos científicos financiados pelo CNPq, FINEP, FAPEAM, PETROBRAS, incluindo grandes projetos em rede, como: Coordenador Geral da Rede CTPetro Amazônia (www.inpa.gov.br/ctpetro) desde o seu início, em 2001, até o seu final em 2014. Foi uma rede de pesquisas com estrutura de INCT (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), criada em atendimento ao edital da FINEP Redes Norte/Nordeste, financiada pelo Fundo Setorial do Petróleo (CTPetro), com contrapartida da PETROBRAS, visando recuperar as áreas desmatadas para a exploração de petróleo e gás natural através de pesquisas multidisciplinares. Dessa rede fizeram parte oito instituições e mais de 600 participantes entre pesquisadores, estudantes e pessoal de apoio. Instituições participantes: INPA, UFAM, UEA, FUCAPI, EMBRAPA/CPAA, MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI, UFRA e UFPA. Nesses quase 12 anos de atividade, a rede contribuiu de forma significativa para o conhecimento da flora e fauna da região do rio Urucu, município de Coari, onde se encontra a única área de exploração de gás e petróleo pela Petrobras na Amazônia brasileira, bem como no desenvolvimento de tecnologias de restauração ambiental na região, com as pesquisas servindo de suporte também, para a formação e qualificação de mais de uma centena de estudantes de graduação e pós-graduação dos Estados do Amazonas e Pará. Coordenou também, um projeto de rede (Rede Bionorte) envolvendo equipes dos Estados do Amazonas, Maranhão, Tocantins e Roraima, envolvendo pesquisas e formação de recursos humanos. Teve um INCT aprovado pelo CNPq em 2015, com contrapartida da FAPEAM, sem recursos financeiros, com enfoque na microbiota amazônica, envolvendo instituições do Amazonas, Tocantins, Pará e Mato Grosso. Orientou e coorientou, mais de uma centena de bolsistas graduados e estudantes de graduação e pós-graduação, sendo mais de 75 mestres e doutores. Possui mais de uma centena de publicações científicas. Consultor ad hoc de diversas revistas científicas e agências financiadoras de pesquisas. Um dos detentores das patentes: https://www.google.com/patents/US20100284943 https://www.google.com/patents/US20100285054 ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2008-7292

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Publicado

2021-02-18

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