Lei do defeso como um instrumento positivo para minimizar a pesca ilegal dos estoques remanescentes de Arapaima sp. na Bacia Amazônica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.001.0039

Palavras-chave:

Pirarucu, Pescaria, Recursos Pesqueiros

Resumo

A crescente procura de peixe a nível mundial tem provocado uma intensificação da pesca e, consequentemente, uma sobrepesca das unidades populacionais. O pirarucu (Arapaima sp.) não é exceção, uma vez que é uma espécie de peixe altamente apreciada na região Amazônica, e o crescimento das atividades de pesca desta espécie foi responsável por sua inclusão na União Internacional para a conservação da lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). O presente estudo avaliou a pesca ilegal de pirarucu na bacia amazônica, nos períodos anteriores e posteriores à implementação da Lei do Defeso (LD), e foi realizado com base na análise de dados emitidos pela Agência Brasileira do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para o estado Amazônico, de janeiro de 1992 a dezembro de 2017. Um total de 1,829 toneladas métricas de pirarucu foram confiscadas, e desta quantidade, 78.13% corresponderam à fiscalização que ocorreu nas bacias dos rios Solimões e Negro. As taxas médias nos 26 anos de confisco de pirarucu pescado ilegalmente provaram que, antes da implantação da LD, a pesca ilegal desta espécie era intensa, ao passo que, após a implementação desta lei, houve uma redução significativa no número de confiscos. A aplicação da LD combinada com outros procedimentos restritivos (acordos de pesca e inspeções) relativos à pesca de pirarucu impediu a pesca ilegal da espécie. No entanto, para manter este recurso, as políticas governamentais de gestão das pescas precisam estar conscientes da necessidade de preservação dos recursos naturais renováveis (peixes e seus habitats) e da interação entre eles, considerando também o desenvolvimento social e econômico na região.

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Biografia do Autor

Helen Cristina Parazzi de Freitas, Universidade Federal de Rondônia

Graduada em Ciências com Licenciatura Plena em Biologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul (FAFIJAN-2001). Possui Especialização em Educação Ambiental pela Faculdade do Vale do Juruena (AJES-2007) Mestre pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PGCA /2018-2020). Atuou como professora de ensino médio na rede estadual do Estado de Rondônia (2003-2014). 

Raniere Garcez Costa Sousa, Universidade Federal de Rondônia

É engenheiro de Pesca (UFAM) com formação complementar realizada na Washington and Lee University-USA através da CAPES (graduação Sanduíche), Mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazonia, na Área de Política e Gestão Ambiental (CCA-UFAM). Doutor em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, pelo Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (INPA) com parte realizada na Washington and Lee University (WLU) pelo Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE-CAPES). Atualmente é Professor do Magistério Superior lotado no Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Pertence ao quadro de docentes permanentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PGCA-UNIR). É Pesquisador Associado do Programa de Pós Graduação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (PPG-BIONORTE), nível de Doutorado. Orienta pesquisas nas áreas de Ciências Ambientais, Recursos Pesqueiros, Ecologia Pesqueira e Aquicultura. 

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Publicado

2020-09-15

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente