Integração entre BIM e simulação termoenergética para obtenção de ENCE de uma edificação do exército brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.001.0020

Palavras-chave:

Eficiência Energética, INI-C, RTQ-C, EnergyPlus, DesignBuilder

Resumo

No Brasil, o Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações promove, juntamente com o INMETRO, a avaliação de eficiência energética das edificações por meio da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). O regulamento que define os métodos para avaliação energética, no âmbito das edificações públicas, está sendo atualizado, passando a ser denominado Instrução Normativa INMETRO para Classe de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (INI-C). Para atender Atos Normativos do Governo Federal, os projetos de obras do Exército Brasileiro devem obter ENCE Nível 'A' e devem ser elaborados utilizando a metodologia BIM. Na INI-C, há um método que utiliza simulação termoenergética de edificações para sua classificação. O objetivo desse trabalho, portanto, é avaliar a possibilidade de fazer interoperabilidade entre o projeto elaborado em Revit e os softwares utilizados para simulação, indicando estratégias a serem seguidas nesse processo. Para isso, foi realizada uma análise energética de um pavilhão militar pelo método de simulação da INI-C,  utilizando três combinações de softwares: modelagem da edificação no ScketchUp e no OpenStudio, caracterização e simulação no EnergyPlus;  modelagem, caracterização e simulação da edificação no DesignBuilder;  e utilização do projeto em Revit para caracterização e simulação no DesignBuilder, após processo de interoperabilidade. O consumo energético anual simulado na condição real das três modelagens foi, em média, 32.243,44 kWh com desvio máximo de 1,00% entre as modelagens. Na condição de referência, 80.118,71 kWh com desvio máximo de 0,01%. Em todas, obteve-se ENCE Geral Classe 'A', com média de 59,76% de economia energética. A modelagem que utiliza interoperabilidade entre Revit e DesignBuilder foi mais vantajosa, com economia de tempo no processo de avaliação e excelente precisão (desvio máximo de 1,00% em relação às demais). Para usufruir desse potencial, há de se seguir algumas recomendações no processo de interoperabilidade, apresentadas nesse trabalho.

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Biografia do Autor

Breno Pontes Pimentel, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestrando em Eficiência Energética de Edificações na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) no biênio 2019-2020. Engenheiro de Obras de Construção Civil realizadas pelo Exército Brasileiro no biênio 2017-2018. Formado em Engenharia de Fortificação e Construção no Instituto Militar de Engenharia (IME) em 2016. Realizou intercâmbio na Academia Militar de West Point, Estados Unidos, no 2º período do 4º ano da graduação. Possui o Curso de Gerenciamento de Obras no Centro de Instrução de Engenharia de Construção, o Curso de Especialização Básica Militar e o Curso de Especialização em Proficiência Militar das Forças Armadas da Alemanha.

Andréa Teresa Riccio Barbosa, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1993), graduação em Administração pela Universidade Católica Dom Bosco (1993), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (área de concentração engenharia biomédica) (1999), doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (área de concentração Sistemas de Informação) (2004) e pós-doutorado pelo Hospital São Vicente de Paulo (2007). Atualmente é professora associada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tem experiência nas área de Engenharia Biomédica, Eficiência Energética e Sustentabilidade, Sistemas de Informação, com ênfase em Informática Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: sistema de informação, redes neurais artificiais, engenharia biomédica, engenharia clínica, segurança elétrica, eficiência energética e sustentabilidade. Integrante da FAENG (Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia). Ministra aulas no curso graduação em Engenharia Elétrica e Tecnólogo em Eletrotécnica Industrial. Faz parte do Programa de Mestrado Profissional em Eficiência Energética e Sustentabilidade e do Programa de Mestrado Profissional em Computação Aplicada.

Marcelo de Miranda Reis, Instituto Militar de Engenharia

Possui graduação em Engenharia de Fortificação e Construção pelo Instituto Militar de Engenharia (1994); mestrado em Mestrado Em Planejamento Energético e Ambiental pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (2001); doutorado em Recursos Hídricos e Saneamento pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (2009) e Pós-Doutorado em Engenharia Civil pela Universidade de Coimbra - Portugal (2011). Tem experiência nas áreas de Engenharia Civil, com ênfase em Transportes,Recursos Hídricos, Saneamento e Meio Ambiente; de Engenharia de Transportes, com ênfase em Meio Ambiente, Portos e Hidrovias; e de Planejamento Energético e Ambiental. Atua principalmente nos seguintes temas: Planejamentos e Gestão Ambiental aplicada aos Transportes; Saneamento Básico; gestão, tratamento e aproveitamento energético de resíduos; Hidrologia e modelos hidrológicos; e Modelagem numérica. Já atuou como Coordenador de Graduação e Coordenador de Pós graduação, e atualmente é Professor Adjunto do Instituto Militar de Engenharia. No curso de graduação em Engenharia de Fortificação e Construção, ministra as disciplinas de Hidrologia, Hidráulica, Saneamento Básico I e Saneamento Básico II, além de orientar trabalhos de tema Dirigido, Iniciação à Pesquisa e Projeto de Final de Curso. No curso de pós-graduação em Engenharia de Transportes ministra as disciplinas de Impactos Ambientais dos Transportes, Obras Hidráulicas e Portuárias, e Drenagem Aplicada à Infraestrutura de Transportes. No curso de pós-graduação em Engenharia de Defesa ministra as disciplinas Meio Ambiente e Atividades Militares e Métodos Numéricos. 

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Publicado

2020-09-15

Edição

Seção

Construções e Arquitetura Sustentáveis