Qualidade das águas subterrâneas e fluxo subterrâneo no sul da Amazônia, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.006.0018

Palavras-chave:

Poços Rasos, Qualidade da Água Subterrânea, Fluxo de Água Subterrânea, Estatística Multivariada

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar os parâmetros físicos químicos e microbiológicos das águas subterrâneas, bem como o mapeamento do fluxo das águas subterrâneas em uma área urbana do município de Presidente Médici, no estado de Rondônia, sul da Amazônia. As amostras de água foram coletadas em 11 poços em abril e junho de 2017, o que corresponde à estação seca na região estudada. As águas subterrâneas eram ácidas, com uma ampla faixa de concentração de nutrientes, baixa turbidez e presença de coliformes fecais na maioria dos poços amostrados. Os parâmetros que estavam em desacordo com a Portaria de Consolidação N O 05/2017/MS e com a Resolução CONAMA no 396/08, foram pH, turbidez, coliformes totais, Escherichia coli e nitrato. Em relação ao parâmetro microbiológico, a maioria dos locais de amostragem discordou do estabelecido na legislação que recomenda a ausência em 100mL, quando destinado ao consumo humano. As densidades encontradas foram superiores a 112.000 UFC/ 100mL para coliformes totais e superiores a 56.000 UFC/100mL para Escherichia coli. O pH variou de 4,1 a 6,4 e a turbidez mostrou um valor máximo de 6,7 uT. As concentrações de nitrato estavam acima do nível estabelecido (10 mg.L-1) em abril em 72,7% e em junho 50% dos poços, com um máximo de 48,5 mg.L-1 . O estudo da direção do fluxo subterrâneo demonstrou a predominância do fluxo em direção ao rio mais próximo, bem como potenciais contribuintes de influências microbiológicas. Os resultados indicam contaminação das águas subterrâneas por esgoto doméstico, comprovada pela presença de coliformes e nitratos, sendo a água imprópria para consumo humano sem tratamento adequado.

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Biografia do Autor

Josilena de Jesus Laureano, Universidade Federal de Rondônia

Engenheira Ambiental graduada pela Universidade Federal de Rondônia (2017). Integrante do Grupo de Pesquisa em Águas Superficiais e Subterrâneas-GPEASS do Laboratório de Limnologia e Microbiologia-LABLIM, UNIR campus de Ji-Paraná, atuando principalmente nos seguintes temas: procedimentos de coleta de amostras de água subterrânea e superficiais, análises físicos, químicas e microbiológicas. Mestranda da primeira turma do Programa de Pós-Graduação ProfÁgua - Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos no Estado de Rondônia. 

Caryne Ferreira Ramos, Universidade Federal de Rondônia

Assessora Técnica da Secretaria do Meio Ambiente do município de Ji-Paraná - SEMEIA, graduada em Engenharia Ambiental e Sanitária, técnica em Florestas, com experiência em laboratório de análises limnológicas, microbiológicas e de solo. Pesquisadora de fluxo subterrâneo, características física-químicas e microbiológicas de água subterrânea e superficial. Entendimento em comportamento de sementes e caracterização de solos. 

Daíse da Silva Lopes, Universidade Federal de Rondônia

Acadêmica do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Rondônia. Bolsista de Iniciação Tecnológica do CNPq. Integrante do Grupo de Pesquisa em Águas Superficiais e Subterrâneas - GPEASS do Laboratório de Limnologia e Microbiologia - LABLIM, UNIR campus de Ji-Paraná.

Lindolaine Machado de Sousa, Universidade Federal de Rondônia

Acadêmica do curso Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Rondônia. Integrante do Grupo de Pesquisa em Águas Superficiais e Subterrâneas-GPEASS do Laboratório de Limnologia e Microbiologia-LABLIM, UNIR campus de Ji-Paraná.

Maria Cristina Nery do Nascimento Recktenvald, Universidade Federal de Rondônia

Licenciada em Química pela Universidade Federal de Rondônia (2009). Mestrado em Química / Área de concentração: Química Analítica pela Universidade Federal do Amazonas (2014). Atualmente é pesquisadora colaboradora do Laboratório Biogeoquímica Ambiental Wolfgang C. Pfeiffer na Universidade Federal de Rondônia. Desenvolve análises de elementos-traços em amostras bióticas e abióticas por espectrofotometria de absorção atômica. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica e na área de Química Ambiental. Adquiriu também experiência em temas relacionados à limnológia, avaliação de elementos traços em meios bióticos e abióticos e Microbiologia Ambiental 

Walkimar Aleixo da Costa Júnior, Universidade Federal de Rondônia

Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), com o projeto de dissertação na área de concentração em desenvolvimento sustentável e diagnóstico ambiental, na linha de pesquisa: Ambiente, saúde e sustentabilidade. Técnico de laboratório do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) desde 2014. Licenciado em Química pela Universidade Federal de Rondônia (2013). Possui experiência em análises físico-químicas e microbiológicas de água para consumo humano. Realizou trabalhos sobre metilmercúrio (MeHg) e mercúrio total (Hg-T) em água proveniente da Bacia do Rio Madeira (Amazônia).

Ana Lúcia Denardin da Rosa, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (2006), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (2009) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (2018). Atualmente é professora da Fundação Universidade Federal de Rondônia, e vice-líder do Grupo de Pesquisa em Águas Superficiais e Subterrâneas (GPEASS).

Beatriz Machado Gomes, Universidade Federal de Rondônia

Possui mestrado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009). professor adjunto da Universidade Federal de Rondônia. Licenciada em Química. Atuação profissional em biogeoquimica.

Andreza Pereira Mendonça, Instituto Federal de Rondônia

Possui graduação em Engenharia Florestal pelo Instituto de Tecnologia da Amazônia(2002), mestrado em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amazonas(2004) e doutorado em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia(2015). Atualmente é Professora do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Rondônia e da Universidade Federal de Rondônia. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal. Atuando principalmente nos seguintes temas:sementes oleaginosas, modelos matemáticos, qualidade do óleo vegetal, extração por prensa.

Nei Kavaguichi Leite, Universidade Federal de Santa Catarina

possui graduação em Licenciatura Plena em Matemática pela UNIR (2001), mestrado em Ecologia de Agroecossistemas pela USP (2004) e doutorado em Ciências pelo CENA (USP). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: biogeoquímica aquática, ecohidrologia, limnologia e ecologia florestal. Atualmente é professor Adjunto IV da Universidade Federal de Santa Catarina - vinculado ao Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ) do Centro de Ciências Biológicas (CCB), onde leciona disciplinas em cursos de graduação e pós-graduação. Co-responsável pelo Laboratório de Ecologia de Águas Continentais (www.limnos.ufsc.br). Participa dos Grupos de Pesquisa em Análise Socioambiental no Planalto Catarinense e Ecossistemas Aquáticos Continentais-Costeiros de Santa Catarina: Ecologia e Conservação.

Wanderley Rodrigues Bastos, Universidade Federal de Rondônia

Graduado em Ciências Biológicas pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques (1986), concluiu o mestrado (1997) e doutorado (2004) em Ciências Biológicas (Biofísica Ambiental) no Instituto de Biofísica Carlos Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é Professor Associado III pelo Departamento de Biologia; Coordenador do Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang Christian Pfeiffer desde 1999 e Bolsista de Produtividade CNPq desde 2006. Coordenou de 2007 a 2009 a Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente da Universidade Federal de Rondônia e atualmente faz parte do seu Colegiado. Integra também os Programas de Pós-Graduação de Biofísica da UFRJ e a Rede BIONORTE. Atuou como chefe do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Rondônia entre 2010/2012. Atuou como membro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Pesquisa Translacional em Saúde e Ambiente na Região Amazônica (INCT-INPeTAm) coordenado pelo Instituto de Biofísica Carlos C. Filho da UFRJ. Atualmente integra o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para a pesquisa da Transferência de Materiais do Continente para o Oceano (INCT-TMCOcean) coordenado pelo Prof. Dr. Luiz Drude de Lacerda do Laboratório de Ciências do Mar da UFC. Desenvolve estudos na área de: Ambiente & Saúde; Biofísica Ambiental; Biogeoquímica de Poluentes e Ecotoxicologia Aquática (Amazônia).

Elisabete Lourdes do Nascimento, Universidade Federal de Rondônia

Graduação em Ciências Biológicas/Universidade Federal de Rondônia - UNIR (2004). Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Abiente/Área de concentração: Monitoramento Ambiental/Universidade Federal de Rondônia - UNIR (2006). Doutorado em Ciências Biológicas - Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2012). Pós-doutorado em andamento na Escola de Engenharia de São Carlos - USP. Professora Adjunto IV (DE) Universidade Federal de Rondônia/UNIR, Departamento de Engenharia Ambiental, campus de Ji-Paraná. Líder do Grupo de Pesquisa em Águas Superficiais e Subterrâneas-GPEASS. Coordenadora do Laboratório de Limnologia e Microbiologia-LABLIM. Docente no Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos - ProfÁgua, Polo Universidade Federal de Rondônia, campus de Ji-Paraná. Pesquisadora colaboradora do Laboratório de Biogeoquímica Ambiental/UNIR, campus Porto Velho. Membro da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia-SBE. Áreas de atuação: Microbiologia Ambiental, Limnologia e Ecotoxicologia. 

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Publicado

2019-11-06

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