Parasitas intestinais em cães provenientes dos biomas do nordeste brasileiro: aspecto zoonótico e ambiental
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.003.0005Palavras-chave:
Enteroparasitas, Cães, Prevalência, Zoonoses, NordesteResumo
O papel do cão como um hospedeiro definitivo de parasitoses intestinais com potencial zoonótico tem sido largamente reconhecido como um problema de saúde pública. Este trabalho analisou a prevalência e distribuição de enteroparasitas em fezes de cães de rua de oito cidades dos diferentes biomas nordestinos, com interesse de investigar a contaminação ambiental por enteroparasitas zoonóticos. 340 amostras fecais foram coletadas nos municípios de João Lisboa e Raposa (Maranhão), Piripiri e Domingos Mourão (Piauí), Fortaleza (Ceará), Petrolina (Pernambuco), Paulo Afonso e Salvador (Bahia). Deste total 43,2% resultaram positivas para alguma espécie de parasita intestinal. Maiores prevalências foram encontradas por ancilostomídeos com 43,5%, seguidos por Toxocara canis com 15%, Neospora sp. com 10,2% e Cryptosporidium sp. com 8,2%. Analisando a porcentagem de positividade por enteroparasitas nos quatro biomas da região Nordeste, o bioma Mata Atlântica foi o que apresentou maior prevalência (54,9%), seguido da Amazônia (54,3%), Caatinga (40,2%) e Cerrado (31,8%). O estudo da ocorrência e distribuição desses parasitas contribui com a vigilância epidemiológica das doenças enteroparasitárias e na aplicação de programas de saúde pública e veterinária para minimizarem a possibilidade de infecção e reinfecção dos animais e a transmissão para seres humanos.
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