Aspectos sensoriais e nutricionais de biscoito vegano elaborado com a macroalga Gracilaria birdiae

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.001.0023

Palavras-chave:

Alimentação, Sustentabilidade, Análise sensorial, Composição centesimal

Resumo

O desafio de produzir alimentos de forma sustentável será grande com a previsão de nove bilhões de habitantes no planeta em 2050. Para o desenvolvimento de práticas sustentáveis a pesquisa e o debate sobre os sistemas alimentares devem ser constantes.As políticas públicas no Brasil incentivam a pesquisa e a inovação para uso de alimentos não convencionais na busca por alternativas saudáveis e sustentáveis. Objetivou-se neste estudo analisar as características sensoriais e o valor nutricionalde um biscoito sem glúten e sem lactose emcomparação com biscoito semelhante produzidosubstituindo-se o ovo de galinha pela macroalga Gracilaria birdiae.Amostras do biscoito controle e do biscoitoG. birdiaeforam submetidas a testes para averiguar a aceitação sensorial e a intenção de compra. Para verificação do valor nutricional, amostras dos biscoitos foram submetidas a análise da composição centesimal. Não houve preferência para os atributos sensoriais odor e sabor, para textura e aparência global os provadores preferiram o biscoito controle. O índice de aceitação sensorial foi acima de 70% para todos os atributos de ambas as amostras. A intenção de compra obteve repercussão favorável para as duas amostras, com o biscoito controle alcançando melhores indicadores. A composição centesimal dos biscoitos demonstrou diferença significativa entre eles (p<0,05) para lipídios e valor calórico total.Nos testes sensoriais realizados nesse estudo, o biscoito G. birdiae foi considerado inferior ao biscoito controle nos atributos textura e aparência global, os demais resultados demonstraram boa aceitação e percentuais mais elevados para 'possivelmente compraria' para ambos os biscoitos. Com os dados obtidos através da composição centesimal dos biscoitos, verificou-se que os teores de umidade e cinzas atendem os padrões exigidos pela legislação brasileira. Também observou-se diminuição nos componentes lipídios e valor calórico total do biscoito G. birdiae. Analisando os resultados dos testes sensoriais e da composição centesimal pode-se considerar que o uso da macroalga Gracilaria birdiaeseca na substituição do ovo de galinha na produção de biscoitos é promissora, pois amplia as possibilidades de sua utilização para a criação de variações de produtos alimentícios com menor quantidade de gordura, de calorias e no atendimento a pessoas com restrição alimentar.

 

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Biografia do Autor

Tarcísio Augusto Gonçalves Júnior, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Gastronomia (2006) e Especialização em Metodologias de Ensino (2015) pela Universidade Anhembi Morumbi (Laureate International Universities), Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Com experiência em planejamento, implantação e/ou reestruturação de vários estabelecimentos ligados a área de serviço de alimentação. Acredita que a gastronomia pode contribuir para a preservação do meio ambiente e para a promoção da alimentação saudável, que também pode e deve ser usada como ferramenta para despertar a consciência coletiva de resgate e valorização de nossas tradicões, fortalecendo assim nossa identidade cultural se tornando um forte atrativo turístico. De 2010 a 2014 foi Docente em regime de dedicação exclusiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - IFG, Campus Goiânia, lotado na Coordenação de Turismo e Hospitalidade. Desde 2015 é Docente em regime de Dedicação Exclusiva da Escola Agrícola Jundiaí - EAJ, Unidade Especializada em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - EAJ/UFRN, lotado na Coordenação de Agroindústria, exercendo atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. Coordenador do Curso Técnico em Alimentação Escolar oferecido na modalidade semipresencial pelo ETEC/EAJ/UFRN.

Dárlio Inácio Teixeira Alves, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Engenheiro de Pesca pela Universidade Federal do Ceará?UFC (1989-1994), Mestre em Bioquímica pela UFC (1995-1997), desenvolveu atividades de pesquisa na University of Portsmouth?Inglaterra (1995), Pós Graduação em estudos de Macroalgas na Universidad de Magallanes?Chile (2001), Doutor em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará?UFC (1998-2003), realizou parte de suas atividades de Tese de Doutorado na Universidade de São Paulo?USP. Exerceu o Magistério superior na UFC (1997-1998), na Universidade de Fortaleza ? UNIFOR (2002-2007) e na Universidade Federal de Pernambuco?UFPE (2008-2009). Atualmente é Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte?UFRN, onde participou da fundação do Curso Técnico em Aquicultura na Escola Agrícola de Jundiaí EAJ-UFRN, onde leciona as disciplinas de Mariultura e Extensão Aquícola. Colaborador de Projetos na UFC e na UFPE. Atua em Ensino, Pesquisa e Extensão, atuou na extensão como assessor técnico do Instituto Terramar?CE (1996-2008), atualmente é sócio do Terramar, sócio e Presidente da Sociedade Brasileira de Ficologia (SBFic), é colaborador da Fundação Brasil Cidadão?CE. Coordena projetos em extensão através da PROEX-UFRN e também Projetos de Pesquisa através da PROPesq-UFRN e CNPq. Atualmente faz parte da Comissão de Extensão da PROEX/UFRN e é líder do Grupo de Pesquisa Aquicultura Sustentável Nordeste?AquiS-NE; desenvolve seus trabalhos de Ensino, Pesquisa e Extensão em Aquicultura, Maricultura, Biotecnologia de Organismos Aquáticos, com ênfase em estudos de algas (ficologia). 

Cristiane Fernandes de Assis, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2001) e mestrado em Biologia Funcional e Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Tem doutorado na aréa de Biotecnologia Industrial. Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em Enzimologia, atuando principalmente nos seguintes temas: caracterização cinética enzimática, produtos biotecnológicos, atividade biológica de produtos biotecnológicos. 

José Hamilton Costa Filho, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Engenharia Agronômica (2004) e mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA (2009); doutorado em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa - UFV (2014). Atualmente, é Professor Adjunto na Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN e Coordenador do Curso de Graduação em Engenharia Agronômica na EAJ-UAECA/UFRN, atuando em ensino, pesquisa e extensão em cursos de graduação e pós-graduação. Tem experiência nas áreas de Agronomia, Estatística Experimental e Melhoramento de Plantas. Atua, principalmente, nos seguintes temas: experimentação agrícola, recursos genéticos e melhoramento vegetal. 

Ana Paula Costa Câmara, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005), especialização em Engenharia de Segurança no Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2008), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2009) e doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2013). Atualmente é professora do ensino básico, técnico e tecnológico na Escola Agrícola de Jundiaí - UFRN. Tem experiência na área de Engenharia Química, Engenharia de Alimentos e Engenharia de Segurança no Trabalho com ênfase em Engenharia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologia em alimentos, agroindústria, gestão de resíduos e segurança industrial.

Cibele Soares Pontes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Aquicultura pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Mestrado em Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina (1997) e Doutorado em Psicobiologia (Comportamento Animal) pela UFRN (2003). Atualmente é Professora Associado III na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias (Escola Agrícola de Jundiaí, Campus Macaíba) da UFRN. Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA-UFRN Mestrado https://sigaa.ufrn.br/sigaa/public/programa/portal.jsf?id=423 ) onde orienta na área de aquicultura e sustentabilidade. Vice Coordenadora do Programa Regional de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente - Doutorado em associação plena (DDMA, http://www.doutoradoprodema.ufrn.br/). Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Aquicultura, atuando principalmente nos seguintes temas: aquicultura e sustentabilidade, carcinicultura, malacocultura, larvicultura de organismos aquáticos, comportamento animal, etologia aplicada.

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Publicado

2019-06-20

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