Elementos-traço em solo de área de disposição final de resíduos sólidos urbanos

Autores

  • Mayara Cristina Santos Marques Instituto Federal de Mato Grosso
  • Maria Aparecida Pereira Pierangeli Universidade do Estado de Mato Grosso http://orcid.org/0000-0001-6453-080X
  • Geilson Xavier Rocha Universidade do Estado de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.003.0014

Palavras-chave:

nutrientes, metais pesados, lixão, contaminação

Resumo

Os elementos-traço podem estar presentes no solo tanto por causas naturais quanto por adições antropogênicas, sendo esta última preocupante, visto que eles não podem ser degradados e acumulam no ambiente. Estudos indicam altos teores de elementos-traço em áreas de disposição final de resíduos sólidos urbanos (RSU), porém isso nem sempre ocorre. Assim, este trabalho buscou verificar se a disposição de RSU da cidade de Pontes e Lacerda/MT, alterou a qualidade do solo local, analisando-se os atributos de fertilidade e os teores dos elementos-traço As, Ba, Co, Cu, Cr, Cd, Hg, Mo, Ni, Pb, Sb, Se e Zn. Foram realizadas coletas de solo na área ativa de disposição final de RSU e em áreas de vegetação nativa, no entorno da mesma, totalizando 20 amostras na profundidade 0-0,20 m. Foram verificadas alterações nos atributos químicos, em especial, acidez ativa e potencial, as quais foram menores na área ativa de disposição final de RSU. Já a saturação por bases e os teores de K foram mais elevados na área ativa de disposição final de RSU. Os teores de As foram mais elevados na área de vegetação nativa. Os teores de Cd, Hg, Sb e As foram elevados, inclusive na área de vegetação nativa, sendo assim, recomenda-se a realização de novos estudos para a confirmação desses resultados. Foram observados teores acima dos VP da Resolução CONAMA 420/2009 para o As, Sb, Cd, Cu e Hg nas áreas estudadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mayara Cristina Santos Marques, Instituto Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (2013). Mestra em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2007). Atualmente é professor do Instituto Federal de Mato Grosso, ministrando as disciplinas de Sistemas Urbanos de Água e Esgoto, Gestão de Resíduos Sólidos, Análises de Água e Efluentes, Água e Efluentes, Poluição e Controle Ambiental, Toxicologia. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária.

Maria Aparecida Pereira Pierangeli, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (1985), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (1999) e doutorado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade do Estado do Mato Grosso, editor assistente - Revista Brasileira de Ciência do Solo e consultor científico de diversos periódicos. Tem experiência na área de Agronomia e Ciências Ambientais com ênfase em Química do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo da fertilidade do solo, dinâmica de nutrientes no sistema solo:planta:animal, elementos-traço, poluicao ambiental e recuperação de pastagem degradada. Atualmente tem participado de trabalhos multidisciplinares no curso de Mestrado em Ciências Ambientais da UNEMAT com foco nos seguintes temas: Impacto, monitoramento e contaminação ambiental; e Elementos para a gestão dos recursos hídricos.

Geilson Xavier Rocha, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia (2007) pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT ; especialização em Fertilidade do solo e nutrição de plantas no agronegócio (2009) pela Universidade Federal de Lavras - MG; mestre em Ciências Ambientais (2017) pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT.

Downloads

Publicado

2018-05-23