Desinfecção sequencial: estudo de caso em ETE em escala plena

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.003.0013

Palavras-chave:

Cloração, Radiação Ultravioleta, Sinergismo, Desinfecção

Resumo

Efluentes domésticos, dependendo do processo de tratamento empregado, ainda possuem elevadas concentrações de micro-organismos patogênicos. Desta forma, a etapa de desinfecção é importantíssima no intuito de diminuição de riscos à saúde pública. Este trabalho teve o objetivo de investigar a adição de uma etapa de cloração, anteriormente à desinfecção com radiação ultravioleta, na inativação de cistos de Giardia spp., oocistos de Cryptosporidium spp. e microrganismos indicadores - E. coli, coliformes totais e Clostridium perfringens - em uma ETE em escala plena. Foi observada a presença de cistos de Giardia em todas as amostras de esgoto desinfetado. Os (oo)cistos de Giardia e Cryptosporidium se mantiveram viáveis, 70 ± 15,1% e 59 ± 12%, respectivamente, após o maior CT aplicado durante a cloração. A bactéria Clostridium perfringens, da mesma forma que os (oo)cistos de protozoários, provou ser bastante resistente à cloração em comparação aos coliformes totais e E. coli. Esta mesma relação de resistência também foi constatada para a radiação ultravioleta. Houve efeito sinérgico para E. coli, Clostridium perfringens e Giardia spp. em dois ensaios de desinfecção sequencial. Somente após a aplicação da dose de 8 mg.L-1 de cloro em sequência à radiação UV, a meta microbiológica de projeto da ETE, para E. coli, foi atingida: 10³ UFC por 100 mL.

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Biografia do Autor

Raphael Corrêa Medeiros, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Engenharia e Tecnologia Ambiental. Área de saneamento ambiental; tratamento de água e águas residuárias; epidemiologia aplicada; qualidade da água.

Luci Sartori, Universidade de Araraquara

Professora Doutora na Universidade de Araraquara (Uniara). Mestrado, Doutorado e Pós doutorado pela Universidade de São Paulo (EESC-USP). Bacharelado e licenciatura em química pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Pesquisadora EESC-USP nas seguintes áreas de concentração: engenharia sanitária, tratamento de águas de abastecimento e residuárias; desinfecção de águas de abastecimento e residuárias; flotacão; polímeros como auxiliar de floculação na flotação; desinfecção com ozônio, cloro, ultravioleta e ácido peracético e; reúso de águas residuárias na agricultura. Experiência profissional em empresa pública municipal de saneamento, responsável pela chefia e monitoramento da Estação de Tratamento de Esgoto de São Carlos, São Paulo (ETE Monjolinho). 

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Publicado

2018-05-23