Síntese do biopolímero da fécula de mandioca composto com zeólita para tratamento de águas contaminadas por herbicidas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2023.002.0005

Palavras-chave:

Biofilme, Fécula de mandioca, Zeólita, Glifosato, Adsorção

Resumo

O consumo exacerbado de agroquímicos e o descarte inadequado de resíduos dos agrotóxicos tem configurado muitos problemas ambientais direcionado principalmente à contaminação da água. Nessa perspectiva, as zeólitas têm sido promissoras em processos de adsorção por apresentarem capacidade de adsorção elevada e seletiva, tornando-se uma alternativa para essa problemática. Além disso, algumas configurações de biopolímeros tem sido utilizada na adsorção de microcontaminantes da água, pois apresentam especificidades como biocompatibilidade, hidrofilicidade, características policatiônicas em meio ácido e capacidade de formar pontes de hidrogênio e interações de Van der Walls com as moléculas de alguns contaminantes. Assim, neste estudo foi sintetizado e caracterizado o composto híbrido formado por biopolímero produzido a partir da fécula de mandioca e zeólita Beta, com a finalidade de se aplicar na adsorção do herbicida glifosato. Para tanto, visando averiguar as fases polimorfas cristalinas da zeolita Beta, utilizou-se o método Difração de Raios-x (DRX). As propriedades térmicas foram analisadas através das técnicas de análise termogravimétrica e análise termogravimétrica diferencial. As propriedades hidrofílicas foram investigadas por meio do estudo do grau de intumescimento do híbrido formado. Por fim, foram realizados testes de adsorção do herbicida glifosato e as porcentagens de remoção foram determinadas por meio da técnica de Cromatografia de Íons (IC). Os resultados dos experimentos realizados mostraram que, o biopolímero forma um material flexível e resistente ao meio aquoso quando imerso por 24 h. Observou-se que o híbrido Zeólita Biopolímero possui características adsortivas seletivas para o glifosato, pois apresentou valores de remoção de 26% a 63% em soluções com concentração de glifosato de 30 a 50 mg.mL-1. Portanto, o biomaterial híbrido indicou significativa aplicação na adsorção de microcontaminantes, como o herbicida glifosato, permitindo novas possibilidades nos campos de adsorção e proteção ambiental.

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Biografia do Autor

Antônio Batista de Queiroz Júnior, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Bacharel em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA (2014 - 2018). Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA (2018 - 2020). Mestre em Ciencias Naturais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais- PPGCN da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte- UERN (Atual).

Vinícius Patrício da Silva Caldeira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Estadual da Paraíba (2006), Mestrado (2011) e Doutorado (2013) em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Professor permanente e Coordenador do Programa de Pós-graduação (stricto sensu) em Ciências Naturais. Coordenador do Laboratório de Catálise, Ambiente e Materiais (LACAM), atuando nas linhas de pesquisa: 1) síntese e caracterização de sólidos nanoporosos (catalisadores ou adsorventes) com ênfase em zeólitas, argilas e materiais mesoporosos; 2) Síntese de biocombustíveis; 3) Conversão química de poliolefinas para obtenção de combustíveis; 4) Catálise heterogênea e cinética química aplicada a indústria de petróleo e petroquímica. 

Maria Eduarda Aires Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduanda do curso de Farmácia pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, Campus I, na cidade de Campina Grande - PB. Participa de projetos extracurriculares voltados para a literatura, sendo coparticipante da editora independente Litterae (@literrae). Atualmente é monitora da disciplina de Química Orgânica Experimental pela UEPB e PIVIC no Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Biomateriais do Nordeste (CERTBIO) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Keurison Figueredo Magalhães, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2004-2007). Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental (2010-2012) pela Universidade Federal da Grande Dourados. Doutorado em Química pela Universidade Federal do Mato grosso do Sul (2012-2016). Doutorado Sanduíche (PDSE) pela Universidad Complutense de Madrid (Espanha) no Grupo de Sensores Ópticos Químicos y Fotoquímica Aplicada (GSOLFA) (2014-2015). Trabalha com técnicas de espectroscopia óptica, Absorção UV-Vis, Absorção no infravermelho, fluorescência no estado estacionário e fluorescência resolvida no tempo, aplicadas à compostos orgânicos e inorgânicos e Processos Oxidativos Avançados. Atualmente é professor adjunto da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Ana Claudia Bezerra de Queiróz, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Licenciada em química pela Universidade do Estado do Rio grande do Norte (UERN). Durante a graduação atuou em projetos de iniciação científica no Laboratório de Catálise Ambientes e Materiais (LACAM) - UERN, desenvolvendo projetos voltados para o estudo de reações de fotodegradação empregando catalisadores nanoporosos, obtenção de catalisadores bifuncionais e aplicação de zeólitas na termodessorção de herbicidas. Atualmente é pós-graduanda no Programa de Pós-graduação em Ciências Naturais (PPGCN) - UERN.

Suely Souza Leal de Castro, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Licenciatura e bacharelado em Química pela Universidade de São Paulo (1990), mestrado em Química pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000). Atualmente é professora adjunto IV da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Eletroquímica e Química Analítica, atuando principalmente nos seguintes temas: eletroanalítica, desenvolvimento de sensores eletroquímicos, degradação/remoção de poluentes ambientais, tratamento de águas e efluentes, e diagnóstico e monitoramento ambiental.

Anne Gabriella Dias Santos, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Professora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte . Atualmente desenvolve trabalhos com biocombustível, síntese de nanomateriais , catálise aplicada para processos ambientais e ensino de química. Coordena o projeto de teatro para divulgação científica - FANATicos da Química. Participa como docente permanente do Programa de Pós graduação em Ciências Naturais da UERN.

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Publicado

2023-06-19

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