Composição e riqueza de formigas edáficas (hymenoptera: formicidae) em fitofisionomias de cerrado, no leste maranhense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.010.0017

Palavras-chave:

Mirmecofauna de solo, Cerrado sensu stricto, Mata ciliar

Resumo

Mostra-se impossível discutir a biodiversidade terrestre sem mencionar as formigas, uma vez que as mesmas representam a maior parte da fauna de artrópodes, encontradas em praticamente todos os ambientes terrestres. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a composição e riqueza da fauna de formigas edáficas em fitofisionomias de Cerrado (Cerrado sensu stricto e Mata ciliar), na APA do Inhamum, Caxias, Maranhão. A área experimental estudada foi dividida em três áreas; uma de borda e outras duas com fitofisionomias distintas. Área 1: Margem da estrada (10 metros da Borda); Área 2: Cerrado sensu stricto (250 metros do primeiro transecto da área de Borda); e Área 3: Mata ciliar (500 metros do primeiro transecto da área de Cerrado sensu stricto). O material obtido para estudo foi coletado entre os anos de 2019 e 2020, durante os meses de outubro-dezembro/2019 e janeiro-março/2020, através de armadilhas do tipo Provid. Armazenado em laboratório, esse material foi então identificado, sendo feita a triagem, contagem, montagem e, posterior identificação dos espécimes. Para as análises estatísticas, inicialmente foi produzido um banco de dados no programa Software Microsoft Excel e, para as análises faunísticas, utilizou-se o programa ANAFAU e EstimateS. De modo geral, foram contabilizados 3.007 formicídeos, distribuídos em 8 subfamílias e 26 gêneros. Sendo 1.604 indivíduos para a Área I, 909 para a Área II e, 494 para a Área III. Mostrando-se mais abundante em indivíduos a Área I (margem da estrada – borda), em relação as demais área (II e III). A subfamília que mais se destacou em riqueza de táxons e abundância de indivíduos foi a Myrmicinae. Quanto ao gênero mais abundante, dominante, frequente e constante, para todas as áreas, verificou-se Pheidole. Quanto aos índices de diversidade (Shannon-Wiener) obtidos para as três áreas estudadas, aferiu-se para a Área III (500 M) a maior diversidade, sendo confirmado pelo índice de Pielou (e). Entretanto, os estimadores de riqueza e as curvas de acumulação obtidas para as três áreas estudadas, revelaram que o esforço amostral não foi suficiente para quantificar totalmente os gêneros, pois a riqueza de formicídeos de solo da APA do Inhamum encontra-se subamostrada.

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Biografia do Autor

Maira Rebeca de Alencar Costa Silva, Universidade Estadual do Maranhão

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Maranhão. Atua na área de entomologia e possui experiêcia em ecologia de ecossistemas com ênfase em trabalhos de levantamento relacionados a mirmecofauna, efeito de borda e padrões de riqueza e diversidade. Atualmente, membro do Laboratório de Fauna do Solo (LAFS-CESC/UEMA), colaborando com pesquisas voltadas a macro/mesofauna edáfica e, projetos referentes a educação ambiental e ensino de ciências.

Antonio Francisco Soares de Sousa, Universidade Estadual do Maranhão

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, desenvolvendo trabalhos principalmente na área de entomologia, com ênfase em mirmecologia.

Camila Braga da Conceição, Universidade Federal de Lavras

Mestre em Ciências Ambientais (UFMA), Especialista em Biodiversidade e Agricultura (UFMA),Licenciada em Ciências Biológicas (UEMA) e doutorando do curso de Pós-graduação em Entomologia (UFLA). Colaboradora no Laboratório Fauna do Solo (LAFS/CESC/UEMA). Membro do Laboratório de Ecologia de Formigas (LEF/UFLA). Desenvolvendo trabalhos na área de entomologia, com ênfase em mirmecologia.

Cleilton Lima Franco, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Graduado em Ciência Biológica Licenciatura-UEMA (2018), Mestrado em Biodiversidade, Ambiente e Saúde - UEMA (2021), Doutorando em Biologia Animal-UFRRJ (em andamento), Atuando principalmente na área de Taxonomia e Ecologia de Insetos Aquáticos (ênfase na Subordem Heteroptera).

Judson Chaves Rodrigues, Universidade Estadual do Maranhão

Mestrando em Biodiversidade, Ambiente e Saúde - PPGBAS na Universidade Estadual do Maranhão - UEMA - Caxias. Graduado em Ciências Biológicas pela UEMA-Caxias. Tenho experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Ecossistemas. Experiência em taxonomia de insetos, desenvolvendo atualmente estudos taxonômicos de flebotomíneos em áreas endêmicas para leishmanioses no bioma Cerrado e amazônico, estado do Maranhão, Brasil.

Alana Ellen de Sousa Martins, Universidade Estadual do Maranhão

Técnica em Química pelo Instituro Federal do Maranhão-IFMA e Graduada em Ciências Biológicas-Licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, foi pesquisadora de iniciação cientifica onde trabalhou com Macrofauna e Mesofauna do solo. Atualmente é Mestra, pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Ambiente e Saúde-PPGBAS da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA. Foi vinculada ao Laboratório de Estudo dos Invertebrados -LEI onde trabalhou com Taxonomia de Diptera.

Márcia Verônica Pereira Gonçalves, Universidade Estadual do Maranhão

Técnica em agropecuária pelo Instituto Federal do Maranhão - IFMA, Campus Caxias. Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. Atualmente sou Bolsista Bati no Laboratório de Entomologia Médica - LABEM, CESC, UEMA.

Daniel da Silva Costa, Universidade Estadual do Maranhão

Graduando em Ciências Biológicas Licenciatura, pela Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. Atualmente membro da liga Acadêmica de Evolução Biológia - LAEB e integrante do Laboratório de Estudos da fauna do solo.

Luiza Daiana Araújo da Silva Formiga, Universidade Estadual do Maranhão

Possui graduação em ZOOTECNIA pela Universidade Estadual do Piauí (2006), mestrado em Sistemas Agrosilvopastoris no Semi-Árido pela Universidade Federal de Campina Grande (2010) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2014). Atualmente é Professora Adjunta III da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Avaliação, Produção e Conservação de Forragens, atuando principalmente nos seguintes temas: cerrado, caatinga, semiárido, gramíneas, forragem, caprino, macrofauna, mesofauna, bioindicadores e qualidade ambiental. Coordena o Laboratório de Fauna do Solo do CESC/UEMA.

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Publicado

2023-01-08

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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