Estimativa dos custos à saúde associados às emissões de material particulado inalável para o município de Itabira, MG

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.010.0015

Palavras-chave:

Poluição atmosférica, Padrões de qualidade do ar, Expectativa de vida, Valor estatístico de uma vida

Resumo

O impacto da poluição atmosférica na saúde é um fato cada vez mais evidente. Neste sentido, este estudo apresentou uma estimativa dos custos à saúde pública associados à exposição de curto e longo prazo às concentrações de Material Particulado fino (MP2,5) para o município de Itabira – MG, o qual abriga um dos maiores complexos mineradores a céu aberto do mundo. O software AirQ+, desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foi utilizado para analisar o número de mortes prematuras por causas naturais e internações por doenças cardiovasculares e respiratórias atribuídas à exposição por MP2,5 no ano de 2019. Foram considerados os diferentes padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 491 de 2018 e os recomendados pela OMS, com o objetivo de subsidiar os gestores públicos com informações que estimulem a adoção de padrões mais restritivos de qualidade do ar, promovendo melhoria da qualidade de vida da população. Os resultados mostraram que, no caso da adoção dos novos padrões recomendados pela OMS, 41 internações por doenças respiratórias, 28 internações por doenças cardiovasculares e 40 mortes prematuras de adultos maiores de 30 anos, poderiam ser evitadas. Além disso, pode-se verificar que existe um ganho imediato em relação à expectativa de vida em todas as idades quando os níveis de exposição ao MP2,5 são reduzidos, sendo que, há um ganho significativo a longo prazo especialmente na faixa etária dos idosos acima de 60 anos. Quando se considera a exposição a longo prazo, o potencial ganho econômico na redução de mortes prematuras é de 122.000.000 reais por ano. 

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Biografia do Autor

Rafael Vieira Bochini, Universidade Federal de Itajubá

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Anglo Sistema de Ensino(2015). Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Saneamento Ambiental.

Ana Carolina Vasques Freitas, Universidade Federal de Itajubá

Professora adjunta na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Pesquisadora associada do Commonwealth Scientific and Research Organization (CSIRO) Oceans and Atmosphere - Austrália. Pesquisadora colaboradora do Interdisciplinary Climate Investigation Center (INCLINE) - USP. Pesquisadora associada da World Environmental Conservancy, Inc. (WEC) - USA. Membro do Conselho Técnico-Consultivo do Instituto Espinhaço Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Socioambiental. Líder do grupo de pesquisa NuPPA/CNPq (Núcleo de Pesquisa em Poluição Ambiental). Faz parte do corpo docente permanente do programa de Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua)/Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Atua nas áreas de Climatologia, Meteorologia Dinâmica, Mudanças Climáticas, Modelagem Climática e Dispersão de Poluentes Atmosféricos. Possui graduação em Física (2004) pela UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) com iniciação científica em tratamento de resíduos químicos, mestrado (2007) e doutorado (2011) em Meteorologia pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Pesquisadora visitante em 2013 no CSIRO/Austrália e em 2014 conclui seu pós-doutorado em Ciências Atmosféricas no IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo).

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Publicado

2023-01-08