Adsorção de fosfato em solos argilosos altamente absorventes no sudoeste da Amazônia brasileira

Autores

  • Gabriel Araújo Paes Freire Universidade Federal de Rondônia https://orcid.org/0000-0003-4678-9126
  • Paulo Guilherme Salvador Wadt Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Elaine Almeida Delarmelinda Universidade Federal de Rondônia
  • Laércio Vieira de Melo Wanderley Neves Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Valdomiro Severino de Souza Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco https://orcid.org/0000-0002-1748-4019

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.008.0001

Palavras-chave:

Equação da isoterma de Langmuir, Solos tropicais, Acidez do solo, Capacidade máxima de adsorção

Resumo

Este estudo avaliou a capacidade de fixação de fosfato em solos de diferentes materiais parentais. Avaliamos solos de cinco ambientes no sudoeste da Amazônia brasileira quanto à adsorção e dessorção de fosfato. Amostras de solo de 2,5 g, em repetições, foram equilibradas com 25 mL de solução de CaCl2 0,01 mol L-1 contendo 0, 10, 20, 40, 80, 120, 160, 200, 260 e 320 mg L-1 de P. Após agitação por 24 h, o teor de P na solução de equilíbrio foi determinado e a quantidade de P adsorvido foi calculada por diferença. A equação de Langmuir determinou a capacidade máxima de adsorção de fosfato e energia de ligação. As mesmas amostras foram dessorvidas adicionando 25 mL de CaCl2 0,01 mol L-¹ às amostras e agitando por 24 h no mesmo processo de adsorção. A presença de silicatos de argila altamente absorventes favoreceu a adsorção de fosfato em meio ácido. O processo de adsorção foi associado a sítios reativos representados por esmectitas e ilitas intercaladas com hidroxi-Al em dissolução, que reagem com ânions fosfato, em reações de adsorção e, ou, precipitação química. A capacidade máxima de adsorção de fosfato e a energia de ligação ocorrem em taxas mais altas do que em solos com minerais de óxidos de Fe e Al.

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Biografia do Autor

Gabriel Araújo Paes Freire , Universidade Federal de Rondônia

Sou formado em Técnico em Florestas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Ji-Paraná (2013) e Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Fundação Universidade Federal de Rondônia, campus de Ji-Paraná (2018). Possuo Mestrado em Ciências Ambientais - UNIR/EMBRAPA (2020) e Pós-Graduação em Engenharia e Segurança do Trabalho (2021). Sou aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UFCG (2021-2024), em nível de Doutorado, na área de concentração de Geotecnia Ambiental. Possuo experiência na área de consultoria ambiental, atuando nas áreas de Estudos de Impacto Ambiental, Relatórios de Monitoramento Ambiental, Planos de Controle Ambiental, Recuperação de Áreas Degradadas, Monitoramento e Qualidade de Efluentes e Água, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto e áreas correlatas à Engenharia Ambiental e Sanitária. Possuo registro ativo e sou Conselheiro da Câmara de Engenharia Civil no CREA Rondônia. Possuo cadastrado no Banco de Peritos do Tribunal de Justiça de Rondônia e Tribunal Regional Federal da 1a Região.

Paulo Guilherme Salvador Wadt , Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Sou formado em Engenharia Agronômica desde 1988, especialista em Fitossanitarismo, desde 1989 e mestre em Ciências do Solo, desde 1991, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Doutor pela Universidade Federal de Viçosa, em Solos e Nutrição de Plantas, desde 1996 e com pós-doutorado em Geomática, pela Universidade da Flórida, desde 2013. Desde agosto de 2922 estou como coordenador da Coordenação Regional de Pesquisa e Inovação em Rondônia (COPIR) da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cafeeira (Ceplac/MAPA)., cedido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, na qual ingressei em outubro de 2001. Bolsista em Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora pelo CNPq e docente permanente na UFAC e UNIR, nos programas de pós-graduação em Produção Vegetal e Ciências Ambientais, respectivamente. Diretor de Gestão do Núcleo Regional Noroeste de Ciência do Solo, da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, desde 2017. Trabalho como prestador de serviços no Tribunal de Justiça Federal do Acre. Fui extensionista da EMATER-RJ e Diretor Presidente da EMATER-AC. Fui docente permanente em programas de pós-graduação da UFAC: Ecologia e Gestão de Recursos Naturais; Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte; e Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia. Fui colaborador dos programas de pós-graduação em Produção Vegetal e Ciências do Solo da UNESP. Fui Secretário Estadual de Produção e Agronegócio pelo Estado do Acre. Fui diretor pro tempore do Núcleo Regional Amazônia Ocidental de Ciência do Solo. Fui coordenador da área de Solos, Meio Ambiente e Sociedade da SBCS. Trabalho na formação de recursos humanos, principalmente na Amazônia, orientando alunos desde a iniciação científica, mestrado e doutorado, em cooperação com os programas de pós-graduação em Ciência do Solo da UFRPE e da UFRRJ. Também trabalho como colaborador em outros programas de pós-graduação, como: Ciência do Solo e Produção Vegetal da UNESP, em Solo e Nutrição de Plantas da UFRA e Ciências Ambientais da UFAM, além de outros trabalhos voluntários, relacionados à minha produção científica. Minhas pesquisas são das áreas de nutrição de plantas aplicada, manejo do solo e planejamento do uso da terra. Na pesquisa de manejo do solo, destaca-se a obra "Manejo do Solo e Recomendação de Adubação para o Estado do Acre" e várias recomendações para adubação de culturas agrícolas na Amazônia. Na pesquisa de planejamento do uso da terra, destacam-se o trabalho de avaliação do potencial agrícola da terra e a valorização dos serviços ambientais, com a obra "Payments for Farm Environmental Services". Na pesquisa de nutrição de plantas, desenvolvi conceitos e métodos para avaliar o estado nutricional das culturas. Essas técnicas foram aplicadas a uma ampla gama de espécies agrícolas, a maioria delas, em trabalhos desenvolvidos por outros autores, indicando a adoção das tecnologias desenvolvidas. Dois destaques são o método Chance Matemática e o método do Potencial de Resposta à Fertilização. Também atuo como revisor ad hoc de periódicos e fui autor de artigos em periódicos, livros e capítulos de livros. Na área de empresarial, atua como sócio em empreendimentos privados: Água Nova Cemitério Parque (desde 1996); Costruire Construções, Engenharia e Incorporações (desde 2012) e Noroeste Serviços de Comunicação (desde 2018).

Elaine Almeida Delarmelinda, Universidade Federal de Rondônia

Elaine Almeida Delarmelinda é Engenheira Agrônoma (ULBRA) e professora Adjunta da Universidade Federal de Rondônia/UNIR, e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas Amazônicos (UNIR). É doutora em Ciência do Solo (2015) com tese na subárea de Gênese, Mineralogia e Classificação de Solos pela UFRPE, com doutorado sanduíche pela Texas A&M University, e mestra em Agronomia pela Universidade Federal do Acre (2011). Está lotada no Departamento de Zootecnia/UNIR, e é docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas Amazônicos/UNIR desde 2020. Foi docente do PPG em Ensino de Ciências da Natureza/UNIR (2019-2022) e colabora eventualmente no PPG em Ciências Ambientais/UNIR. É vice-presidente (2022-2026) e editora do comitê editoral do Núcleo Noroeste da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

Laércio Vieira de Melo Wanderley Neves , Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2011), mestrado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2014) e doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2018). Participou do programa PNPD/CAPES/UFRPE entre 2018 e 2022 na Universidade Federal Rural de Pernambuco, atuando principalmente nos seguintes temas: semi àrido, jarosita, gleissolos, várzeas e sulfurisação.

Valdomiro Severino de Souza Júnior , Universidade Federal Rural de Pernambuco

Engenheiro Agrônomo formado pela UFRPE (1996), Mestre em Ciência do Solo pela UFRPE (1999) e Doutor em Solos e Nutrição de Plantas pela ESALQ/USP (2006), com estágio no exterior (Doutorado Sanduíche) na Universidade de Santiago de Compostela e no CSIC (Centro de Ciencias Medioambientales), Espanha. Professor Associado IV do Departamento de Agronomia da UFRPE. Foi Membro da Comissão de Avaliação da CAPES (Agrárias I), exerceu as seguintes funções na UFRPE: Coordenador do Curso de Agronomia (UAST/UFRPE); Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo, Coordenador Geral de Pesquisa da UFRPE, Coordenador Geral dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu da UFRPE (substituto eventual da Pró-reitora de Pós-graduação). Atualmente é Líder do Grupo de Pesquisa (Diretório CNPq): Intemperismo e Gênese de Solos; Docente Permanente do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da UFRPE; Coordenador do MINERALAB, Laboratório de Mineralogia do Solo da UFRPE / Departamento de Agronomia; Atua na Área de Pedogênese, Mineralogia e Geoquímica do Solo. 

Publicado

2023-01-08