Períodos de interferência de plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar crua e queimada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.005.0002

Palavras-chave:

Período crítico, Competição, Plantas infestantes, Sistema de colheita, Saccharum spp.

Resumo

O sistema de colheita no cultivo da cana-de-açúcar influencia a comunidade das plantas daninhas. Particularmente a época e a duração do período de convivência com a cana-de-açúcar podem prejudicar o desenvolvimento e produção da cultura. Objetivou-se com este trabalho identificar os períodos de interferência de plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar em manejo de cana-crua e cana-queimada. Os experimentos, em cana-crua e queimada, foram conduzidos no período de julho de 2012 a julho de 2013, no delineamento de blocos casualizados, com oito repetições, com dois tipos de manejo das plantas daninhas (convivência e controle) e nove épocas de avaliação (15, 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120 e 145 dias após a brotação - DAB). Foram avaliados, para as plantas daninhas, os índices fitossociológicos: densidade relativa, frequência relativa, dominância relativa e importância relativa. Com base nos resultados, estimou-se o período anterior à interferência, o período total de prevenção à interferência e o período crítico de prevenção à interferência das plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar, aceitando-se 2 e 5% de redução na produtividade. Os resultados obtidos demonstraram que em uma comunidade infestante com predomínio de Senna obtusifolia, Spermacoce latifolia e Richardia brasiliensis, e aceitando-se perdas na produtividade de até 5%, houve maior período anterior a interferência (PAI) para cana-crua em relação a cana-queimada. As medidas de controle, aceitando-se perdas de produtividade de 2% e 5%, devem iniciar antes dos 67 e 75 DAB e se estender até os 89 e 80 DAB, respectivamente, para cana-crua e de 48 e 72 DAB até os 142 e 103 DAB, respectivamente, para cana-queimada.

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Biografia do Autor

Eduardo da Silva Martins, Universidade Estadual de Minas Gerais

Atualmente é estudante de graduação do curso Tecnólogo em Gestão Ambiental Instituto Federal de Minas Gerais Campus Governador Valadares. 

Jhansley Ferreira da Mata , Universidade Estadual de Minas Gerais

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Tocantins (2007), mestrado em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Tocantins (2010) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2015). Atualmente é professor efetivo e coordenador do curso de engenharia agronômica da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG. Ministra aulas nos cursos de Engenharia Agronômica e Mestrado em Ciências Ambientais. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, Fitotecnia, Tecnologia e Produção de Sementes, Manejo e Conservação do Solo e Água, e Agroecologia.

Heytor Lemos Martins , Universidade do Estado de Minas Gerais

Doutorando em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - FCAV, Campus Jaboticabal e Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Minas Gerais (2019-2021), Especialista em Química pela Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI (2018-2020), Graduado em Tecnologia de Produção Sucroalcooleira pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)-Frutal-MG (2016-2018). Desenvolve projetos de extensão (Ciências, Educação e Agrárias) e pesquisa (na área de Ecologia, plantas daninhas, qualidade de solo e água). Foi integrante do Diretório Acadêmico - UEMG-Frutal, como representante do setor de Ensino, Pesquisa e Extensão. Membro dos grupos de pesquisa "Uso e Conservação de Recursos Naturais" e "Laboratório de Plantas Daninhas - LAPDA", cadastrados no Diretório do CNPq. Atua nas áreas: bioindicadores de qualidade de solo e água e ecologia de plantas daninhas.

Silvano Bianco , Universidade Estadual Paulista

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1979), mestrado em Genética e melhoramento de Plantas pela Universidade de São Paulo (1985) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990). Atualmente é prof. doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Biologia e Manejo de Plantas Daninhas, atuando principalmente nos seguintes temas: planta daninha, análise de crescimento, macronutrientes, nutrição mineral de plantas e nutrientes. 

Pedro Luis da Costa Aguiar Alves, Universidade Estadual Paulista

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1984), mestrado em Ciências Agrárias (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1988), doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (1998) e pós-doutorado pela Universidade de Cádiz, Espanha. Atualmente é professor titular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Fisiologia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente nos seguintes temas: competição, alelopatia, herbicidas, amendoim, feijão e eucalipto. 

Eduardo Andrea Lemus Erasmo, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1985), mestrado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1988) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995). Atualmente é professor Adjunto IV da Fundação Universidade Federal do Tocantis, no campus de Palmas, e professor permanente nos Programas de Pós-­graduação em Produção Vegetal­ -UFT(Mestrado e Doutorado) desde 2008, Agroenergia (mestrado) e Ciências do Ambiente­ - UFT (Mestrado e Doutorado), desde 2019. Desenvolve trabalhos de Pesquisa na área de ecologia e manejo de plantas daninhas, cultivo de pinhão manso e extrato de plantas para fins alelopáticos. Tocantins. É líder do grupo de pesquisa do CNPQ "Ecofisiologia e manejo de plantas daninhas". Faz parte da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq ­ Nível 2, desde 2014. Possui experiência na área de gestão e avaliação universitária, tendo ocupado diversos cargos desde o ano de 1996. Foi Diretor do campus de Gurupi da UFT nos períodos de 2007 a 2011 e de 2011 a 2015. É Pro Reitor de Avaliação e Planejamento desde Junho de 2015. É Avaliador Institucional do INEP - MEC desde o ano de 2006.

Publicado

2022-07-02

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