Modelos matemáticos para secagem de biomassa com cascas de palmeira-real colonizadas com micélio de shiitake
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.005.0011Palavras-chave:
Desidratação, Curva de secagem, Modelos matemáticos, Fungo basidiomiceto, Resíduo agroindustrialResumo
No processamento de palmeira-real (Archontophoenix cunninghamiana) para a obtenção de palmito são gerados excedentes sólidos como cascas que, se dispostos inadequadamente, causam danos ambientais. Estas cascas são nutricionalmente atrativas para a alimentação e quando colonizadas por fungos basidiomicetos comestíveis, podem resultar na agregação de valor pela geração de produtos para consumo humano. Propôs-se, com este trabalho, ajustar modelos matemáticos aos valores experimentais em função da temperatura sobre o tempo de secagem de uma biomassa contendo cascas de palmito da palmeira-real suplementada com farelo de arroz e farinha de mandioca e colonizada com micélio do fungo Lentinula edodes, também conhecido como cogumelo shiitake. O processo de colonização do substrato foi conduzido em sistema de fermentação em estado sólido (FES) a 25 °C por 40 dias. A biomassa resultante foi utilizada para o estudo da cinética de secagem em estufa convectiva, sendo construídas curvas de secagem nas temperaturas de 35, 50 e 65 °C com posterior ajuste de modelos matemáticos empíricos e semi-empíricos aos dados experimentais do processo de secagem. As umidades de equilíbrio e tempos de secagem, respectivamente, resultaram em 205 minutos e 0,22% para 35 °C, 145 minutos e 0,28% para 50 °C e 115 minutos e 0,12% para 65 °C. Dez modelos matemáticos foram testados e todos apresentaram ajuste às curvas experimentas, porém os que representaram mais satisfatoriamente a perda de umidade durante o período de secagem foram os modelos Modified Midilli-Kucuk, Two-term e Logarítmico (R²=0,998) para 65 °C, temperatura selecionada como mais satisfatória para processamento. Ao final do estudo a biomassa seca foi triturada gerando uma farinha, cuja análise indicou valores de nutricionais similares, independente da temperatura de secagem. Portanto, a transformação das cascas de palmito nas condições propostas trouxe, em adição a obtenção de um futuro produto alimentício, que práticas sustentáveis aplicadas à cadeia produtiva da palmeira-real poderão resultar na diminuição de um passivo ambiental.
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