Agrobiodiversidade em comunidades quilombolas do Brasil: uma abordagem cienciométrica e perspectivas de estudo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.005.0018

Palavras-chave:

Agricultura, Biodiversidade agrícola, Cientometria, Comunidades tradicionais

Resumo

Este estudo objetivou realizar uma abordagem cienciométrica sobre as pesquisas de agrobiodiversidade em comunidades quilombolas no Brasil, durante o período de 2000 a  2021, utilizando diferentes bases de dados virtuais. Os dados quantitativos foram analsiados descritivamente e para gerar as perspectivas sobre a temática, com base na cienciometria, utilizou-se a literatura pertinente, que foi analisada qualitativamente. Foram encontradas 39 produções acadêmico-científicas desenvolvidas por autores predominantemente transeuntes, com predomínio de dissertações e artigos, sobretudo, em relação aos quilombolas da região Centro-oeste, vinculados à Universidade de Brasília. A distribuição temporal das publicações listadas foi esparsa durante o período analisado, com predominância a partir de 2018, tendo abordagens sobre a caracterização, mudanças e segurança alimentar no contexto da agrobiodiversidade. Os manuscritos possuem acesso livre ao público, sendo os artigos os mais citados, e inúmeros métodos e técnicas foram utilizados nestas pesquisas. As categorias de uso de plantas abordadas foram a alimentar e a medicinal, com destaque para as famílias Lamiaceae, Asteraceae e Fabaceae. Diante da agrobiodiversidade quilombola no Brasil ainda são mínimos os trabalhos desenvolvidos e divulgados no meio acadêmico-científico, com perspectivas relacionadas ao fomento de projetos e políticas públicas para a conservação ambiental, incremento de conhecimentos tradicionais e de manejo dos recursos no acervo científico, manutenção das comunidades e do modo de vida tradicional, e investimentos em Ciência e Biotecnologia, principalmente em regiões muito ameaçadas por ações antrópicas.

 

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Biografia do Autor

Janaína Pinheiro Gonçalves, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS NATURAIS - QUÍMICA pela Universidade do Estado do Pará (2013), Especialização em Metodologia do Ensino de Química pela Faculdade Montenegro (2014), mestrado em CIÊNCIAS AMBIENTAIS pela Universidade do Estado do Pará (2016), atuando principalmente nos seguintes temas: análises quimicas de óleos vegetais, metabólitos secundários, enzima peroxidase, etnobotanica, etnofarmacologia e agrobiodiversidade em Comunidades Amazônicas, ensino de química geral e orgânica. Atualmente é DOUTORANDA em Biodiversidade e Biotecnologia da REDE BIONORTE/UFPA, trabalhando com Etnoconhecimento e o Manejo da Agrobiodiversidade em Sistemas de Produção na Amazônia Oriental, além de compor os grupos de pesquisa de Estudo da Vegetação dos Ambientes Amazônicos e Estudos da Biodiversidade e Sustentabilidade na Amazônia Tocantina. Atua na SEDUC - PA como professora de Química nas turmas de Ensino Médio e na SEMEC Abaetetuba, como técnica na coordenação de Educação do Campo, sendo responsável pelas ações e planejamento referentes a Educação Escolar Quilombola Municipal.

Raynon Joel Monteiro Alves, Universidade Federal do Pará

Graduado em Ciências Naturais com habilitação em Biologia e Mestre em Ciências Ambientais, ambos pela Universidade do Estado do Pará. Atua principalmente nos seguintes temas: Educação Ambiental; diagnósticos socioeconômicos, ambientais e institucionais; desenvolvimento sustentável; uso e gestão de recursos naturais, com ênfase em comunidades rurais. Atualmente, é membro ativo do Laboratório de Monitoramento e Conservação Ambiental da UEPA e doutorando do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia, da Rede Bionorte, Universidade Federal do Pará, atuando na linha de pesquisa: "Bioprospecção e desenvolvimento de bioprodutos e bioprocessos", desenvolvendo estudos sobre briófitas amazônicas e o controle sustentável de insetos-praga. 

Ana Cláudia Caldeira Tavares Martins, Universidade do Estado do Pará

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2002), mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2004) e doutorado em Botânica pelo Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro (2009). Atualmente é professora Adjunto IV do departamento de Ciências Naturais, professora permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Universidade do Estado do Pará e pesquisadora colaboradora do Programa de Pós-Graduação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte). Coordena o Laboratório de Monitoramento e Conservação Ambiental (LMCA/PPGCA/UEPA).Tem experiência na área de Ciências Ambientais com ênfase em estudos interdisciplinares em botânica envolvendo florística, ecologia, etnobotânica, ensino de botânica, educação ambiental e percepção ambiental. 

Eloisa Helena de Aguiar Andrade, Museu Paraense Emílio Goeldi

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Pará (1980), habilitação em Bioquímica pela Universidade Federal do Pará (1982), mestrado em Química de Produtos Naturais pela Universidade Federal do Pará (1992) e doutorado em Química (2008) pela Universidade Federal do Pará. Atualmente é Pesquisadora Titular II da Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emílio Goeldi e Professora adjunto III da Faculdade de Química da Universidade Federal do Pará. Docente dos Programas de Pós-graduação em Química, UFPA, PPG em C. Biológicas - Botânica Tropical, UFRA/MPEG e Pós -Graduação em Biodiversidade Biotecnologia - Rede de Bionorte. Coordenadora do Polo do Estado do Pará, do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (PPGBIONORTE-PA) da Rede Bionorte (2016-2020, 2022-). Autora de mais de 500 contribuições científicas entre artigos, comunicações em eventos, capítulos de livros e livros. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química de Produtos Naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: cromatografia de fase gasosa, cromatografia de fase gasosa /espectrometria de massas em constituintes químicos voláteis e fixos (derivatizados), etc.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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