Levantamento de focos de calor e ações de manejo no Parque Estadual Monte Alegre

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0044

Palavras-chave:

Fogo, Unidades de Conservação, Sensoriamento Remoto, Gestão Ambiental

Resumo

O fogo é um dos fatores mais importantes na determinação da estrutura dos ecossistemas. A ocorrência frequente de queimadas pode promover alterações na paisagem e comprometer à conservação de áreas protegidas. A compreensão do comportamento do fogo é imprescindível para fundamentar a tomada de decisão para gestão de unidades de conservação, deste modo este estudo realizou o levantamento histórico dos focos de calor detectados pelos sensores MODIS e VIIRS no Parque Estadual Monte Alegre (PEMA). Os dados de fogo ativo coletados em banco de dados da NASA foram comparados com dados climáticos do Município de Monte Alegre, com registros de desmatamento do PRODES, com a classificação da vegetação do MapBiomas da área do parque e com dados documentais e de campo do órgão gestor. Foi verificada a existência de correlação entre os dados climáticos e a frequência de focos de calor. Foram detectados 20 focos de calor pelo MODIS e 28 pelo VIIRS, havendo maior ocorrência de focos em áreas de vegetação típica de savana e durante períodos de menor precipitação, assim como foram detectados focos de calor relacionados à conversão do uso de solo para atividade agrícola. Foi identificada existência de correlação entre as médias de temperatura e umidade e a frequência de focos de calor no parque. As ações de prevenção a incêndios florestais no PEMA devem considerar os padrões de ocorrência de focos de calor, aliando atividades de educação e fiscalização nas comunidades vizinhas ao parque, com ações de manejo integrado do fogo nas áreas de savana, intensificando a proteção durante períodos de menor precipitação.

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Biografia do Autor

Marcia Tatiana Vilhena Segtowich Andrade, Universidade do Estado do Pará

Mestranda em Ciências Ambientais na Universidade do Estado do Pará, graduada em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2006), servidora do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), atuando na gestão e no monitoramento de unidades de conservação estaduais.

Shislene Rodrigues de Souza, Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará

Formação no curso de Engenharia Florestal e Mestre em Ciências Florestais pela Universidade Federal rural da Amazônia (UFPA). Técnica em Fotogrametria na área da Geomática pelo Instituto Federal do Pará (IFPA). Apresenta experiência profissional no monitoramento ambiental pelo uso da Geotecnologia, assim como experiência na área de gestão de florestas públicas através da administração de Contratos de Concessão florestal e de Transição. A especialização em Gestão de Cidades e Sustentabilidade realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) conduziu a formação complementar multi e interdisciplinar no desenvolvimento sustentável com transversalidade entre a área urbana e o uso dos recursos naturais. Atualmente atua com a gestão de Unidades de Conservação na região Administrativa do Marajó com a equipe técnica que é responsável pela efetivação da Área de Proteção Ambiental (APA) Arquipélago do Marajó e o Parque Estadual Charapucu (PEC).

Altem Nascimento Pontes, Universidade do Estado do Pará

Licenciado em Física pela Universidade Federal do Pará (1991); Bacharel em Física pela Universidade Federal do Pará (1994); Mestre em Geofísica pela Universidade Federal do Pará (1995) e Doutor em Ciências, na modalidade Física, pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal do Pará e Professor Adjunto IV da Universidade do Estado do Pará. Sua linha de pesquisa é Estudos e Pesquisas Interdisciplinares que envolvam Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação, Cultura, Saúde e/ou Meio Ambiente. Outra linha de pesquisa de interesse é a Modelagem Ambiental e Ecológica de Ecossistemas Amazônicos. 

Ana Claudia Caldeira Tavares Martins, Universidade do Estado do Pará

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2002), mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2004) e doutorado em Botânica pelo Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro (2009). Atualmente é professora Adjunto IV do departamento de Ciências Naturais, professora permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Universidade do Estado do Pará e pesquisadora colaboradora do Programa de Pós-Graduação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte). Coordena o Laboratório de Monitoramento e Conservação Ambiental (LMCA/PPGCA/UEPA).Tem experiência na área de Ciências Ambientais com ênfase em estudos interdisciplinares em botânica envolvendo florística, ecologia, etnobotânica, ensino de botânica, educação ambiental e percepção ambiental. 

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Publicado

2021-10-20

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais

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