Quimiometria aplicada à avaliação química d0 igarapé que cruza o polo industrial de Manaus/AM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0027

Palavras-chave:

Igarapé do Quarenta, PCA e HCA, Metais pesados, Alcalinidade, Amônio

Resumo

O igarapé do Quarenta é um importante corpo de água que cruza a cidade de Manaus, no Amazonas. Durante muito tempo, esse corpo hídrico representou fontes de lazer e de paisagismo para a região. No entanto, hoje representa uma lixeira a céu aberto no meio da cidade de Manaus. O objetivo desse estudo foi avaliar variáveis ambientais das águas do igarapé do Quarenta usando a quimiometria, a partir da HCA e da PCA em cinco pontos do igarapé do Quarenta que cruzam o polo industrial de Manaus. Os resultados motraram altos teores de amônio, muito acima do permitido e com altas taxas dos metais Fe e Mn. O pH das águas está alterado em pelo menos duas unidades, variando de ácido à básico em três décadas e os valores de condutividade elétrica estão pelo menos cinco vezes acima do natural. A HCA mostrou importantes associações entre amônio e pH, o que sugere que esse íon pode estar sendo o agente tamponante dessas águas degradadas. Outra associação importante foi a observada entre condutividade elétrica e HCO3-. A PCA confirmou essa última associação e mostrou que a alcalinidade, expressa em HCO3- pode ser a variável mais sensivel no conjunto de dados, dando a entender que a condutividade elétrica pode ser aumentada a partir do aumento da alcalinidade.

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Biografia do Autor

Anderson da Silva Lages, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

É pós doutor em Clima e Ambiente, na área de Dinâmica Ambiental, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA. Tem doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM, onde trabalhou com Quimiometria aplicada às águas subterrâneas da Amazônia Central. É mestre em Geociências, também pela Universidade Federal do Amazonas, na área de Geoquímica do Ambiente Superficial - onde desenvolveu pesquisa aplicada aos rios da bacia do rio Madeira, no Amazonas. Tem especialização em microbiologia, onde trabalhou com modelos epidemiológicos. É químico formado pelo Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Amazonas - IFAM. Desenvolveu vários projetos de iniciação científica voltados para a temática da Qualidade da Água, sobretudo, nas bacias dos rios Negro e Solimões. Possui experiência na ação docente, tanto na educação básica como na formação universitária, atuando em cursos superiores de exatas e de saúde, como engenharias, farmácia e nutrição. Atuou ainda como revisor de Revistas voltadas para Recursos Hídricos Amazônicos e Ensino de Química. Já orientou muitos trabalhos de conclusão de curso com a temática de Química e Geoquímica Ambiental, Química de Alimentos e Química de Combustíveis. É professor do quadro efetivo da Secretaria de Estado da Educação - SEDUCAM. Atualmente, é responsável pelos dados químicos do projeto IETÉ/INPA de uma rede de monitoramento de uma bacia hidrográfica urbana de Manaus - AM.

Sebastião Átila Fonseca Miranda, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em LICENCIATURA EM QUÍMICA pela Universidade Federal do Amazonas (1981), mestrado em Química pela Universidade Federal de Santa Catarina (1985) e doutorado em Ecologia pela Escola de Engenharia de São Carlos (1997). Atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, com experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica, no laboratório de química ambiental. Possui publicações sobre as características hidrológicas e hidrogeoquímicas da qualidade de água dos igarapés de Manaus. É coordenador do grupo de química em uma rede de monitoramento de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ).

Sâmia Dourado de Albuquerque, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Mestranda em Química de Materiais e Interfaces pela Universidade Federal do Amazonas-UFAM; Graduada em Química Industrial pelo Instituto Federal do Amazonas-IFAM; Fez projeto de Iniciação Científica no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA, com águas subterrâneas no maior aquífero do mundo, Alter do chão; Participou de diversos congressos, incluindo voltados para temática da qualidade da água; Especialista em análises Físico-Químicas em Estação de Tratamento de Efluentes da indústria de eletroeletrônicos; Atualmente trabalha como bolsista desenvolvendo pesquisas com águas residuárias da Estação de Tratamento Ecológica de Efluentes, com o objetivo de obter um filtro a partir de carvão ativado, através de caroços de tucumã e açaí, em uma rede integrada de monitoramento ambiental de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ).

Aretusa Cetauro de Abreu, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Tecnologia de Alimentos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (2009). Atualmente é técnica de laboratório do Istituto de Pesquisas da Amazônia. Desenvolve atividades como: Análises físico-químicas de águas ( superficiais, residuais, de precipitação, entre outras). Auxilia no ensino prático dos alunos de iniciação científica pertencentes ao grupo de recursos hídricos (PIBIC/INPA). Realiza a verificação de calibração dos equipamentos e participa da organização contínua do laboratório de Química Ambiental. Atualmente trabalha como bolsista numa rede de monitoramento ambiental do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e técnico de laboratório do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Sérgio Roberto Bulcão Bringel, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui Graduação em Química-Universidade Federal do Amazonas (1974); Ms.C. Energia Nuclear na Agricultura-Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (1980) e Dr. Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (1989). Pesquisador Titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia- INPA; Professor Adjunto da Universidade do Estado do Amazonas; Ex-Presidente do Sindicato dos Químicos dos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima; Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Amazonas; Consultor da Fundação de Amparo a Pesquisas do Estado do Amazonas; Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Geodiversidade do Estado do Amazonas; Conselheiro do Conselho Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos do Estado do Amazonas; Consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Pernambuco; Membro da Academia Amazonense de Química; Membro da Associação Brasileira de Química; Membro Fundador da Associação Brasileira de Química Regional Amazônia Ocidental; Ex-Presidente da Associação Brasileira de Química Regional Amazônia Ocidental; Ex-Presidente do Conselho Regional de Química dos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima-CRQ XIV Região; Tem experiência na área do Meio mbiente Amazônicos, com ênfase em Ciências Exatas e da Terra, atuando principalmente nos seguintes temas: Química da Água; Química Analítica; Poluição Ambiental; Bacia Hidrográfica; Limnologia; Recursos Hídricos; Hidrogeoquímica em Pequenos e Grandes Rios da Bacia Amazônica e Gestão de Bacia Hidrográficas; Atua em Pericia na área de Química Ambiental; Atualmente trabalha como bolsista em uma Rede de Monitoramento de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ). 

Sávio José Filgueiras Ferreira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Licenciatura e Bacharelado em Química pela Universidade Federal do Amazonas (1985), mestrado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pela Universidade de São Paulo (1993) e doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1999). Atualmente é pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: amazônia central, floresta de terra firme, reserva florestal, Amazônia e hidrologia. Atualmente atua como coordenador responsável do grupo de Química de uma rede de monitoramento de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ). 

Márcio Luiz da Silva, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (1997), Mestrado em Conservação e Manejo de Recursos pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999), Doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) e Pós-Doutorado pela UFC (2011). Atualmente é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, lotado na Coordenação de Dinâmica Ambiental CODAM/INPA, Líder do Grupo de Pesquisa RHANIA - Recursos Hídricos em Ambientes Naturais e Impactados na Amazônia, representante da Região Norte na Comissão Brasileira para Programas Hidrológicos Internacionais - COBRAPHI - Ministério do Meio Ambiente (2016 a 2019) e desempenha o papel de coordenador de uma rede integrada de monitoramento ambiental de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: recursos hídricos subterrâneos e gestão de recursos.

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Publicado

2021-12-18

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