Estimativas da radiação global com base na insolação na Amazônia brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0020

Palavras-chave:

Radiação solar, Razão de insolação, Modelo Angstrom-Prescott (AP), Transmissividade atmosférica, Indicativos estatísticos

Resumo

O objetivo do trabalho foi calibrar e avaliar estatisticamente a equação simplificada de Angström-Prescott (AP) para estimativa da radiação global (Qg) com base na razão de insolação (n/N), em diferentes agrupamentos de dados, na Amazônia brasileira. O modelo AP, baseia-se nas relações entre a transmissividade atmosférica e a razão de insolação (Qg/Qo = a + b (n/N)), e possui dois coeficientes (linear e angular) que demandam calibrações regionais. Para tanto, foram usados dados de 20 estações meteorológicas (automáticas e convencionais) pertencentes a rede de estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), inseridas no bioma amazônico; as bases de dados foram separadas em agrupamentos total, anual e sazonal (seca, seca-chuva, chuva e chuva-seca), sendo considerados a proporção de 70 e 30% de dados para calibração e avaliação estatística do desempenho, respectivamente. Foram considerados os indicativos estatísticos erro relativo médio (MBE), quadrado da raiz do erro médio (RMSE) e índice de concordância de Willmott (d). Os coeficientes calibrados no agrupamento total (que considera todas as estações do bioma) geraram os piores desempenhos estatísticos na estimativa de Qg (com diferenças de até 36% entre os valores medidos e estimados), indicando a necessidade de avaliação por estação e não por bioma. Para cada estação, os coeficientes obtidos no agrupamento anual (total de dados da estação) apresentaram desempenhos estatísticos semelhantes aos coeficientes obtidos nos agrupamentos sazonais, independentemente da estação e da época do ano, sendo, portanto, recomendados pela simplicidade e facilidade de aplicação nas estimativas de Qg.

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Biografia do Autor

Charles Campoe Martim, Universidade Federal de Mato Grosso

Técnico Agrícola com habilitação em agropecuária pelo Instituto Federal de Rondônia (IFRO) campus Colorado do Oeste - RO (2009 - 2011), Engenheiro Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) campus Sinop (2012-2017), mestre em Física Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) campus de Cuiaba (2018-2020) e atualmente é doutorando em Física Ambiental (2020) atuando nos seguintes temas: manejo da irrigação, cultivo protegido e relação solo-planta-atmosfera.

Adilson Pacheco de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso

Professor Associado I da Universidade Federal de Mato Grosso, lotado no Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais do Campus Universitário de Sinop, desde janeiro/2010. Possui Doutorado (2012) e Mestrado (2009) em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela FCA/UNESP e graduação em Engenharia Agrícola (2007) pela UFRRJ. Desenvolve projetos de pesquisas em ciências ambientais e ciências agrárias, envolvendo as subáreas de agrometeorologia, bioclimatologia vegetal, recursos hídricos e conservação de água e solo. Credenciado como docente permamente nos Programas de Pós-Graduação em Física Ambiental (PPGFA) e Ciências Ambientais (PPGCAM). Atua como líder dos Grupos de Pesquisa "Interações Ambiente e Planta" e "Tecnologias de Recursos Hídricos no Centro-Oeste" no DGP/CNPq. 

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Publicado

2021-10-20

Edição

Seção

Meteorologia, Climatologia e Mudanças Climáticas

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