Análise bacteriológica para avaliação da qualidade da água superficial da sub-bacia do baixo Guamá em Belém do Pará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0009

Palavras-chave:

Recursos hídricos, Coliformes termotolerantes, Saneamento básico

Resumo

O município de Belém está entre os que possuem pior índice de saneamento básico do país, com destaque para o esgotamento sanitário que eleva a carga de poluentes nos corpos receptores, dentre eles o rio Guamá. Considerando este cenário onde apenas 13% da população possui coleta de esgoto, a situação requer alerta, pois a história nos revela que a saúde da população está relacionada ao nível de saneamento e ao modo como os recursos hídricos são utilizados. Neste sentido, a pesquisa visou determinar as condições das águas superficiais do rio Guamá, na sub-bacia do baixo Guamá em Belém, com análise de parâmetros microbiológicos e identificar quais fatores têm influenciado nos resultados obtidos. Dados primários foram alcançados mediante coleta de água em 08 pontos da sub-bacia, no trecho de Belém, em período chuvoso e não chuvoso de 2020 para posterior análise da concentração de coliformes termotolerantes - CT. Ademais, dados secundários foram obtidos quanto ao número de notificações das principais doenças de veiculação hídrica e relacionadas à falta de saneamento, através do Datasus entre 2007 a 2017. A análise dos dados pautou-se na comparação dos limites legais da Res. CONAMA 357/05, bem como testes estatísticos. Como resultado, os limites legais (1.000 NMP/100ml) foram ultrapassados em diversos pontos, onde no período menos chuvoso obteve média de 3.799,5 NMP/100ml, alcançando máxima de 12.098 NMP/100ml no ponto 05. No período mais chuvoso, apresentou-se resultados maiores que 24.000 NMP/100ml em todos os pontos. Estatisticamente os CT obtiveram diferença significativa na sazonalidade. Os dados secundários indicam um total de 17.304 notificações das doenças pesquisadas no período analisado, tendo a dengue e leptospirose, relacionadas à falta de saneamento, com maiores incidências. Conclui-se que a capital tem tido reflexo tanto na qualidade do corpo receptor, quanto na saúde da população. Fatores socioambientais nos pontos coletados podem ter relação com a alta concentração resultante de CT encontrada e de doenças em decorrência do saneamento precário.

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Biografia do Autor

Carla Renata de Oliveira Carneiro, Universidade do Estado do Pará

 membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/PA de Ananindeua, onde busca cuidar de assuntos relativos à proteção e defesa ao meio ambiente e promoção de cursos e atividades para divulgação das legislações pertinentes à matéria. Licenciada em Ciências Naturais - Biologia pela Universidade do Estado do Pará - UEPA. É membro dos grupos de pesquisa certificados pelo CNPQ: Química, Ensino de Química e Meio ambiente e do grupo Análises Ambientais na Amazônia. Mestra em Ciências Ambientais (PPGCA) pela Universidade do Estado do Pará (2022) e doutoranda em Ciências Ambientais (PPGCA) pela Universidade do Estado do Pará (2022), atuando com ênfase em recursos hídricos, qualidade da água e políticas públicas de saúde pertinentes.

Hebe Morganne Campos Ribeiro, Universidade do Estado do Pará

Hebe Morganne Campos Ribeiro é Química e atua na área de Qualidade de Águas, investigando parâmetros físicos, químicos e hidrobiológicos. Possui mestrado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (1992) e doutorado em Engenharia Elétrica Com Ênfase Em Hidrelétricas pela Universidade Federal do Pará (2008). É professora Titular da Universidade do Estado do Pará, professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará desde 2011 e professora permanente do Programa de Pós-Graduação a nível de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia desde 2020.Atualmente é coordenadora do laboratório de hidrocarboneto da Universidade do Estado do Pará e Professora Titular da UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, água, contaminantes, monitoramento e qualidade.

 

Eliane de Castro Coutinho, Universidade do Estado do Pará

Possui Doutorado em Ciências Ambientais, na área de Física do Clima, pela Universidade Federal do Pará / Museo Emílio Goeldi / Empresa Brasileira de Agropecuária (2016), Mestrado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (1999), Especialização em Meteorologia Tropical pela Universidade Federal do Pará e em Educação em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e Graduação em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (1993). Atualmente é professora assistente IV, com tempo integral e dedicação exclusiva da Universidade do Estado do Pará. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ondas de leste, poluição atmosférica, conforto térmico, planejamento urbano, agrometeorologia e recursos hídricos. Atualmente é Diretora do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia da UEPA, Vice-Coordenadora do Mestrado em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia, Coordenador do Curso de Especialização em Gestão Pública e Coordenadora do Curso de Especialização em Gestão e Direito Ambiental. 

Altem Nascimento Pontes, Universidade do Estado do Pará

Licenciado em Física pela Universidade Federal do Pará (1991); Bacharel em Física pela Universidade Federal do Pará (1994); Mestre em Geofísica pela Universidade Federal do Pará (1995) e Doutor em Ciências, na modalidade Física, pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Atualmente é Professor Associado II da Universidade Federal do Pará e Professor Adjunto IV da Universidade do Estado do Pará. Sua linha de pesquisa é Estudos e Pesquisas Interdisciplinares que envolvam Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação, Cultura, Saúde e/ou Meio Ambiente. Outra linha de pesquisa de interesse é a Modelagem Ambiental e Ecológica de Ecossistemas Amazônicos.

Danielle Nazaré Salgado Mamede Pantoja , Universidade do Estado do Pará

Possui graduação em BIOMEDICINA pela Universidade Federal do Pará (2004). Atualmente é biomédica no Laboratório Central do Estado do Pará, chefe da seção de microbiologia da Divisão de Análises de Produtos e Meio Ambiente , Auditora Interna da Qualidade e responsável pelo setor de Microbiologia da Água - Laboratório Central do Estado do Pará. Mestre em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará na área de Qualidade, Manejo e Conservação de recursos hídricos. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em análise microbiológica na área de microbiologia ambiental e de produtos. 

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Publicado

2021-10-20

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