Relação dose-resposta para o ruído nas ruas centrais de Pelotas, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.009.0016

Palavras-chave:

Poluição sonora, Ruído urbano, Mapa de ruído, Percepção ao ruído

Resumo

Diante do crescimento desordenado das cidades, atrelado ao aumento da densidade demográfica surge fontes de ruído capazes de gerar impacto ambiental negativo e danos significativos à população. Perante da inexistência de estudos sobre o ruído acústico antropogênico na cidade de Pelotas/RS, evidenciou-se a necessidade de avaliar qualitativamente e quantitativamente a incidência de poluição sonora na área central da cidade. Realizou-se a medição dos níveis de pressão sonora com um sonômetro integrador, obtendo o valor do LAeq, em 309 pontos distintos, localizados nas esquinas dos cruzamentos das ruas centrais da cidade. Foram calculadas as doses percentuais dos níveis de pressão sonora nos períodos diurno e noturno, se atribuindo 6 dB como fator de duplicidade de dose. Além disso, moradores, trabalhadores e visitantes da região central da cidade foram entrevistados com intuído de avaliar sua percepção quanto ao ruído. Constatou-se que 98% das medições realizadas nos cruzamentos das ruas estão acima dos limites recomendados na NBR 10.151 e que todas ultrapassam o limite municipal, sendo que mais da metade estão entre 400 a 800% da dose, chegando em alguns pontos a valores superiores a 1600% para o período noturno, ultrapassando 4x o limite estabelecido. Pelas entrevistas, constatou-se que a maioria das pessoas considera ruidoso o centro da cidade de Pelotas, apontando o trânsito de veículos como a principal origem do ruído, o qual incomoda 78% dos respondentes, sendo o sintoma mais relatado foi irritabilidade. Portanto, se considera poluída acusticamente a área central de Pelotas, denotando a falta de planejamento urbano.

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Biografia do Autor

Rafael Priebe Griep, Universidade Federal de Pelotas

Possui Mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Pelotas (2020), especialização em Ergonomia Interdisciplinar pela Universidade Unyleya (2017), especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho (2010), graduação em Engenharia Elétrica (2007), ambos pela Universidade Católica de Pelotas e curso Técnico em Eletromecânica pela Escola Técnica Federal de Pelotas (1996). Atualmente atua como Engenheiro de Segurança do Trabalho na FIERGS - SESI/RS e como Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico no Instituto Federal Sul-riograndense.

Gizele Ingrid Gadotti, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas (2003), mestrado em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2006), trabalhou na iniciativa privada e retornou ao doutorado em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2012) com doutorado sanduíche na Oregon State University. Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Pelotas. Esteve em licença maternidade no primeiro semestre do ano de 2014. Em 2018 criou o Laboratório de Agrotecnologia do Centro de Engenharias da Universidade Federal de Pelotas. Foi coordenadora do Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Sementes 2018/2020. Foi coordenadora da Câmara de Pesquisa e Inovação do Centro de Engenharias da Universidade Federal de Pelotas 2020/21. É presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Agrícolas (ABEAG) ano 2021/23. É vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (SBEA) 2022/23 Tem trabalhado nas áreas das Ciências Agrárias e Ambientais.

Danilo Franchini, Instituto Federal do Rio Grande do Sul

Possui Doutorado em Ciências pela UFPel (2018), Mestrado em Engenharia Agrícola pela UFSM (2007), Especialização em engenharia de Segurança do Trabalho pela UCPel (2003) e Graduação em Engenharia Agrícola pela UFPel (2001). Atualmente é docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Saúde e Segurança do Trabalho, com ênfase em Higiene Ocupacional (Agentes Físicos: Ruído, Vibrações, Calor, Frio, Agente Biológicos, Agentes Químicos), Gestão de Riscos, Investigação de Acidentes de Trabalho, Perícia Trabalhista, Ergonomia e Prevenção e Combate a Incêndio. 

Luis Antonio Franz, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Engenharia Civil pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (2001), Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003) e doutorado em co-tutela em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil) e pela Universidade do Minho (Portugal) (2009). Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Garantia de Controle de Qualidade, Saúde e Segurança Ocupacional, atuando principalmente nos seguintes temas: Gerência da Produção, Qualidade, Gerência de Serviços, Seis Sigma, Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho e Ergonomia.

Lílian de Queiroz Firmino, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Campina Grande (2018), e mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Pelotas (2021). Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Saneamento Ambiental. Nos últimos anos vem realizando pesquisa com a ferramenta Análise de Ciclo de Vida, tendo em vista disseminar a ACV como metodologia com potencial para ser aplicada, no Brasil, do campo à indústria.

Vinicius Marth Brodt, Universidade Federal de Pelotas

Graduando do curso de Agronomia na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), atualmente é bolsista de Iniciação Científica no Laboratório de Agrotecnologia do Centro de Engenharias da Universidade Federal de Pelotas.

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Publicado

2021-10-20

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