Avaliação de impactos ambientais na APP do Rio Paranaíba e inferências para mitigação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.007.0049

Palavras-chave:

Zona ripária, Áreas urbanas, Degradação, Matriz de Leopold

Resumo

As Áreas de Preservação Permanente (APP), por meio da vegetação ripária exercem papel fundamental na rede de drenagem, estabilizando margens, formando corredores ecológicos, protegendo a biodiversidade e os mananciais, e ainda regulando o fluxo de água e nutrientes. O presente estudo teve como objetivo avaliar os principais impactos ambientais existentes na área de APP do rio Paranaíba (perímetro urbano), no município de Patos de Minas e apontar inferências para mitigação dos impactos e recuperação ambiental das áreas degradadas. Para isso, foi utilizada a matriz adaptada de Leopold com o intuito de avaliar os impactos ambientais quanto ao seus principais atributos e interferências nos meios físico, biótico e antrópico. Os impactos negativos, de origem antrópica, identificados na APP do rio Paranaíba, mais frequentes foram: erosão / assoreamento, presença de espécies exóticas/invasoras, lançamento de esgoto e disposição de resíduos sólidos. Os fatores que mais impactaram o meio físico, com alta magnitude e alta importância para os aspectos considerados foram: a disposição de resíduos sólidos e o desbaste. Dos impactos observados, aqueles que mais afetaram o meio biótico correspondem ao fogo, presença de espécies exóticas, desbastes e o lançamento de esgoto, com alta magnitude e alta importância para os atributos deste meio. Em relação ao meio antrópico, os impactos com maior relevância em função da alta magnitude e alta importância para todos os atributos analisados para este meio foram: o lançamento de esgoto, ausência de dissipador final eficiente de drenagem urbana e o desbaste. Os resultados encontrados apontam a necessidade de mitigação dos impactos ambientais e recuperação das áreas onde houve maiores evidências de degradação ambiental.

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Biografia do Autor

Eni Aparecida do Amaral, Universidade Federal de Uberlândia

Mestrado em Qualidade Ambiental pelo Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia (2018). Pós-graduação em Gestão Ambiental pela Faculdade Cidade de Patos de Minas - FPM (2012). Graduação em Ciências Biológicas - licenciatura e bacharelado pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2006 -licenciatura e 2007 - bacharelado). Servidora pública - Técnico de Nível Superior I / Bióloga da Prefeitura de Patos de Minas desde 2010. Desde 2018 atua como Coordenadora municipal do Programa Socioambiental de Proteção, preservação, recuperação e conservação de recursos hídricos de Patos de Minas/MG. Membro do Comitê de Bacias Hidrográficas - PN1: com mandato de 2018 a 2021.

Andre Rosalvo Terra Nascimento, Universidade Federal de Uberlândia

possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), mestrado em Silvicultura pela Universidade Federal de Santa Maria (2000) e doutorado em Ecologia pela Universidade de Brasília (2005). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Uberlândia no Estado de Minas Gerais, lecionando nos cursos de graduação e pós-graduação. Tem experiência na área de Ecologia vegetal e aplicada atuando principalmente nos seguintes temas: Levantamento e análise de vegetação, Fragmentação de habitats, Conservação e manejo de recursos naturais, Processos ecológicos, Regeneração natural e Restauração ecológica. 

Claudionor Ribeiro da Silva, Universidade Federal de Uberlândia

Graduado em Engenharia de Agrimensura na Universidade Federal de Viçosa. Mestrado e Doutorado em Ciências Geodésicas na Universidade Federal do Paraná. Pós-Doutorado na Universidade do Porto/Pt. Professor DE na Universidade Federal do Piauí (2006-2011). Professor Associado DE na Universidade Federal de Uberlândia (2011/Atual). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Sensoriamento Remoto e Fotogrametria; atua principalmente nos temas: Imagens multiespectrais e de alta resolução espacial; Dados Laser Scanner; Processamento digital de imagens; Inteligência Artificial; Extração/Detecção de feições em imagens isoladas e integradas com dados altimétricos; Uso do Sensoriamento Remoto e da Fotogrametria nas Ciências Ambientais. Membro Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação dos Recursos Naturais (PPGECRN - INBIO/UFU - 2012/2015); Membro Permanente do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Qualidade Ambiental (PPGMQ - ICIAG/UFU - 2013/Atual); Membro do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO - IG/UFU - 2020/Atual). 

Ana Paula de Oliveira, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (2002), mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília (2005), doutorado em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais pela Universidade Federal de Uberlândia (2011) e Pós-Doutorado em Biologia Vegetal no Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal da Universidade Federal de Uberlândia (2012-2014). Desenvolve pesquisas na área de Ecologia e Meio Ambiente, com ênfase em ecologia vegetal e ecofisiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia de populações, fitossociologia, dinâmica de comunidades vegetais e ecofisiologia de espécies do cerrado.

Gabriel Rosa da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas

Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário de Patos de Minas (2017). Atualmente é Responsável técnico ambiental da empresa Sustentável do Brasil LTDA, com registro ativo no CREA-MG 0400000252221 . Atualmente atua na coordenação da equipe de campo, especializada em monitoramentos ambientais de água (potabilidade, superficiais e subterrâneas), Efluente (industriais e sanitários), Solo (amostragens compostas e simples), Fumaça Preta (veiculares e industriais). Possui experiência em calibração de equipamentos de análises ambientais, vendas de análises e serviços na área ambiental, também possui experiência com elaboração de relatórios de campo, montagem de processos, perícia ambiental e atividades de geoprocessamento. 

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Publicado

2021-07-15