Atributos de fertilidade dos solos sob vegetação nativa do bioma cerrado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.007.0004

Palavras-chave:

Solos tropicais, Qualidade do solo, Solos de referência, Conservação do solo, Análise de componentes principais

Resumo

Objetivou-se com este estudo avaliar os atributos de fertilidade dos solos em áreas de vegetação nativa do Estado de MS, visando gerar informações de referência para tomadas de decisões no uso do recurso solo. Foram coletadas amostras de solos deformadas em 13 pontos amostrais em remanescentes de vegetação nativa, nas profundidades de 0,0 a 0,20 m e 0,20 a 0,40 m. As análises químicas: pH em CaCl2, P, K+, Ca2+, Mg2+, Al3+, H+Al, M.O e índices de fertilidade calculados (SB, CTC a pH 7,0 e V%) bem como a granulometria (areia, silte e argila) foram determinadas conforme metodologias da Embrapa. Os dados obtidos foram avaliados por estatística descritiva e análise de componentes principais. A fertilidade dos solos sob remanescentes de vegetação nativa está intimamente ligada ao material de parental e aos processos pedogenéticos. Os solos MD, NV, RR e PVA apresentam alta fertilidade natural evidenciados pelos altos valores de CTC, SB e V%. A baixa fertilidade natural dos solos SX, LV e GX está associada aos altos teores de Al3+ e H+Al+ e valores baixos de pH e V%. Os solos LV e NV por possuírem maiores teores de argila podem contribuir com maior capacidade de retenção de água e fornecimento de nutrientes favoráveis ao desenvolvimento de plantas. Os solos GX e SX por possuírem características químicas indesejáveis para atender à demanda das plantas, como baixos teores de nutrientes e acidez elevada, localizam próximos as nascentes e aos cursos d’água, por isso devem deixá-los como áreas de preservação da fauna e flora e de mananciais hídricos. Os solos RR e MD esses apresentam limitações ao uso agrícola como pequena profundidade que impede uma boa retenção e infiltração de água, dificuldade de mecanização e risco à erosão. O conhecimento dos atributos de fertilidade do solo é importante para manejo adequado, tanto para a manutenção da vegetação nativa, quanto para maior aproveitamento do solo em determinado uso, resultando em economia ao homem e a própria natureza, evitando tomadas de decisões errôneas na utilização dos recursos naturais.

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Biografia do Autor

Alves Alexandre Alovisi, Universidade Federal da Grande Dourados

Possui graduação em agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(1999), especialização em fertilidade do solo, nutriçao de plantas e agroneg pela Universidade Federal de Lavras(2004) e mestrado em Agronomia pela Universidade Federal da Grande Dourados(2018). Atualmente é do Fundação de Apoio e Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do MS. Tem experiência na área de Agronomia. Atuando principalmente nos seguintes temas:serpentinito, decomposiçao, braquiária, atributos quimicos do solo, triticum aestivum.

Cleidimar João Cassol, Universidade Federal da Grande Dourados

Possui graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná Medianeira (2015); Segunda graduação: Licenciatura Plena em Química (Programa Especial de Formação de Professores) pela Universidade Tecnológica Federal do Parana Medianeira (2017), Mestrado em Tecnologias Ambientais pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná Medianeira (2018); Doutorado (cursando) em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade Federal da Grande Dourados. Atuando principalmente nos seguintes temas: Poluição Ambiental; Qualidade física e química da água; Índice de Qualidade da Água-IQA; Caracterização física e química de solos; Capacidade Máxima de Adsorção de Fósforo do Solo; Determinação de elementos metálicos em solos de referência; Fragilidade Potencial e Ambiental de Bacias Hidrográficas.

Alessandra Mayumi Tokura Alovisi, Universidade Federal da Grande Dourados

Graduada em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1998), Mestrado (2001) e Doutorado (2004) em Ciência do Solo pela Universidade Federal de Lavras. Especialização em Gestão Universitária e Didática e Metodologia do Ensino Superior (2010) pela Universidade Anhanguera-Uniderp. Atualmente, Professora Associada da Universidade Federal da Grande Dourados. Revisora de periódicos científicos. Membro da Coordenadoria do Programa de Pós-graduação em Agronomia. Coordenadora do laboratório de Fertilidade do Solo da UFGD. Tem projetos de pesquisa em colaboração com pesquisadores de outros Estados do Brasil. Orienta discentes de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em fertilidade do solo e adubação, atuando principalmente nos seguintes temas: rochagem, recomendações de adubação, eficiência de uso de fertilizantes minerais e organominerais. Ultimamente tem se dedicado estudos sobre pó de rocha basáltica na agricultura, adsorção e fracionamento de fósforo no solo e potencial do uso de solos da bacia hidrográfica. 

Luiz Carlos Ferreira de Souza, Universidade Federal da Grande Dourados

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1981), mestrado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1987) e doutorado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras (1994). Desde 2014 é professor titular da Universidade Federal da Grande Dourados. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo e Tratos Culturais, atuando principalmente nos seguintes temas: zea mays, glycine max, espécies anuais para cobertura do solo, manejo de solo, sistemas de produção de grãos com ênfase no plantio direto. 

Eduardo José de Arruda, Universidade Federal da Grande Dourados

Engenheiro Químico Industrial pelo Centro Universitário da FEI (FCA), São Bernardo do Campo, SP (1984), Especialista em Química pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte - PUC Minas (1988), Mestre em Engenharia de Processos Químicos (1995) e Doutor em Engenharia de Processos Bioquímicos/Biotecnologia (1999) pela Universidade Estadual de Campinas - FEQ/UNICAMP, Estágios Pós-doutorais/professor visitante na UFSCar-FCUP, Pt (2019/2020-2021), UNESP/Botucatu-SP (2009/2010), UNICAMP/FEQ-DEMBio (2014) e FEUP-DEMM/INEB / i3S -Porto-Portugal (2014/2015). Diretor Científico da FUNDECT (triênio 2011-2013) e Bolsista Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora - DTI - 2010 / 82 - Programa de Tecnologias Médicas e da Saúde (2011-2013; 2017-2019; 2020-2022). Exerceu docência por 23 anos na MSMT-UCDB. Coordenador técnico e Engenheiro Químico responsável pelo NPTA - Núcleo de Pesquisa Tecnológica e Aplicada. Coordenador do Núcleo de Pesquisas em Tecnologias (NPTs-UFGD). Participou até 2005 do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Local - MDL, Conselho Superior de Curso e do Corpo Editorial da Revista Interações (2005-2008). Participa(ou) e/ou possui orientações nos Programas de Mestrados em Desenvolvimento Local (UCDB), Biotecnologia (UCDB), Ciência e Tecnologia Ambiental - PPGCTA (M\D) (5), Química - PPGQ (M\D) (4) e Engenharia de Alimentos - PPGCA (M) (3) na UFGD e Iniciação Científica - PIBIC, PIBITI e PIBIC Jr. Integrou o núcleo de pesquisadores que implementou o Programa de Mestrado em Biotecnologia, em 2005, na Universidade Católica (UCDB), atuou como docente, orientador, coordenador técnico e coordenador adjunto. Na UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados é professor Associado III na FACET - Faculdades de Ciências Exatas e Tecnologia/Química. Participa do Banco de Avaliadores BASIs - SINAES / INEP / Consultor Ad hoc do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC), para atos regulatórios de Autorização, Reconhecimento, Renovação de Reconhecimento de cursos de graduação, bem como nos atos de Credenciamento e Recredenciamento de Instituições Ensino Superior. Participou do Conselho de Pesquisa e Extensão e Escritório de Relações Internacionais. Foi vice-presidente e diretor conselheiro do CRQXX. Parecerista do Journal of Membrane Science - USA, FUNDECT MS, Acta Scientiarum. Technology, BioFar, JMR e outros periódicos. Finalista da Região Amarela do 2 Prêmio Santander/Ciência & Inovação - categoria Indústria em 2007, 2008, 2009 e 2012 com pesquisa de novos ativos inseticidas (metalo-inseticidas) e estratégias para o controle químico do Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) na área: Saúde/Tecnologia, Premio Pasteur-Sanofi (2014). Possui experiência na área de Química Tecnológica, Engenharia Química e Processos Biotecnológicos. Realizou(a) pesquisas com resíduos e subprodutos agroindustriais para desenvolvimento de novos produtos, processos e tecnologias por modificações de resíduos para obtenção de matrizes inteligentes (bio)funcionais, inseticidas\metalo-inseticidas para controle de insetos vetores (Aedes aegypti e culicídeos) e insetos pragas, aplicações agroindustriais, biogás, inibidores & lectinas, (bio)polímeros e outros para produtos biologicamente ativos, novas tecnologias e produtos agroindustriais, saúde humana e animal. Possui publicações em periódicos nacionais e internacionais na área de biotecnologia, polímeros, bioativos & biomateriais, desenvolvimento de metodologias com foco no desenvolvimento local com responsabilidade tecnológica e social.

Robervaldo Soares da Silva, Universidade Federal da Grande Dourados

Possui graduação em Agronomia pela Faculdade Anhanguera de Dourados - MS (2014). Mestrado em Agronomia (2018) na área de Produção Vegetal pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) - MS. Especialização em Segurança do Trabalho com Ênfase em Meio Ambiente e Sustentabilidade, Gestão de Pessoas, Gestão Ambiental e Meio Ambiente e Sustentabilidade (2017) pelo Instituto Superior de Educação Ateneu (ISEAT). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Análises Laboratoriais Agrícolas (Análise Química e Física de Solos; Análise de Tecido Vegetal e Compostos Orgânicos; Identificação e Quantificação de Nematoides do Solo, Raiz e Parte Aérea).

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Publicado

2021-07-15