Viabilidade econômica da erva-mate em propriedade da fronteira Brasil/Paraguai, estado de Mato Grosso do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.006.0043

Palavras-chave:

Ilex paraguariensis St. Hil, Alternativas de Produção e Renda, Gestão Agroflorestal, Pequenos Agricultores Município de Amambai, MS

Resumo

Diante da potencialidade econômica natural e concentração ainda tímida de pequenos e médios produtores de erva-mate dispersos na região sul de Mato Grosso do Sul, o presente estudo objetivou analisar a viabilidade econômica da exploração de erva-mate em propriedade localizada naquela região. Através de questionário e visitas in loco, considerou-se uma propriedade amostral de 8 ha localizada no município de Amambai-MS, fronteira Brasil e Paraguai, que possui atualmente, manejo e produção de erva-mate em 2 ha, com informações desde o plantio, primeira poda (3,5 anos) e segunda poda (5,5 anos) e estimados os valores de fluxo de caixa para os anos subsequentes. Foram obtidos dados da segunda poda quanto às variáveis: custos de implantação, manutenção, equipamentos, mão de obra, transporte e demais fatores pertinentes à produção e comercialização do produto final. A análise econômica baseou-se no cálculo do Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR), relacionados aos resultados obtidos pelo cálculo Custo Operacionais Efetivos (COE) declarados pelo proprietário e custos exigidos legalmente para o manejo e dimensão da produção, os valores extraídos somaram-se aos Custos Operacionais Totais (COT). A análise de viabilidade econômica perante os investimentos foi associada ao fluxo de caixa, permitindo identificar as respectivas saídas e entradas de recursos, descontadas a uma Taxa Mínima de Atratividade (TMA), em comparação com a remuneração mínima de 20% a.a. esperada pelo proprietário. Os resultados mostraram viabilidade econômica da erva-mate para o empreendimento rural em foco, com percentuais expressos na lucratividade (LL = 25,85% a.a. e TIR = 21,61% a.a. e TMA 20% a.a.). No entanto, a viabilidade econômica deve ser pensada como uma atividade alternativa, uma vez que o cultivo é considerado como investimento ex-post, ou seja, com tempo relativamente longo de retorno e suscetível a diversos fatores, tanto endógenos como exógenos.

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Biografia do Autor

Romildo Camargo Martins, Universidade Católica Dom Bosco

Doutorando em Desenvolvimento Local (UCDB, 2020), Mestre em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos (UEMS, 2018); pós graduado em Cooperativismo de Crédito (Unigran, 2013); Metodologia e Didática do Ensino Superior (Faculdades Magsul, 2011), MBA em Controladoria (Universidade Anhanguera, 2011); graduado em Administração de empresas - ênfase em comércio exterior (UEMS, 2003). Atualmente é docente na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, atuando no curso Administração de Empresas (UEMS / Ponta Porã/MS) e Ciências Econômicas, com experiências nas disciplinas de Administração Financeira e Orçamentária I e II, Administração de Produção e Operações I, Administração Estratégica, Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, Gestão Ambiental, Análise Comercial e Financeira, Introdução a Contabilidade, Teoria Geral da Administração I, Estágio Curricular Supervisionado e Economia de Empresas. Desenvolveu as disciplinas de Administração Financeira e Administração de Recursos Humanos, no de curso de Turismo (UEMS/Jardim). Atualmente é membro do Conselho Fiscal do Sicredi Centro-Sul MS (triênio 2019 - 2022). 

Márcio Aquino dos Santos, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Mestre em Desenvolvimento Regional e de Sistemas Produtivos (PPGDRS-UEMS-Ponta Porã) nas áreas de gestão e viabilidade econômica em Recursos Florestais no Estado de Mato Grosso do Sul (2016-2018) - Auxiliar em Projetos de Pesquisa de análise de rentabilidade em alternativas do Agronegócio Sul-matogrossense (2017). - Professor no curso de Administração de Empresas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS - Ponta Porã/MS. - Professor da SEED/MS (Secretaria Estadual de Educação do MS) junto aos Cursos Técnicos de formação em Gestão de Recursos Humanos desde 2014. - Bacharel em Administração de Empresas com Hab. em Com. Exterior pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2002-2006). - Especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela ANHANGUERA EDUCACIONAL (MBA - 2010).

Rildo Vieira de Araújo, Universidade Católica Dom Bosco

Possui Graduação em Agrimensura pelo Centro Federal de Ensino Tecnológico de Goiás (2003),Graduação em Matemática (2007), Especialista em Educação Matemática, Mestre em Ambiente e Desenvolvimento pelo Centro Universitário Univates (2014),Doutor em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária pela UCDB de Campo Grande-MS,Sensei de judô (faixa preta 1º dan). Atualmente é professor de Agrimensura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso -Campus Barra do Garças. Tem conhecimento na área de Geomática, com ênfase em Tecnologia em Agrimensura, atuando principalmente nos seguintes temas: Agrimensura, Saneamento Ambiental, Geometria plana e Espacial, Ensino e Aprendizagem, Topografia, Meio Ambiente, Estatística, Cadastro Técnico Multifinalitário, plano diretor, área de preservação permanente, regularização fundiária, planejamento urbano.Trabalha com os softwares:Topograph 98SE,Auto Cad , Membro suplente do comitê de Bacia Hidrográfica Alto Araguaia-CBH, Membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente do Munícipio de Barra do Garças-MT.

Micaella Lima Nogueira, Universidade Católica Dom Bosco

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Atualmente aluna de mestrado e bolsista CAPES no Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária na UCDB, sob orientação do professor Dr. Reginaldo Brito da Costa e coorientação da professora Dra. Karla Rejane de Andrade Porto. Membro do Grupo de Pesquisa: Desenvolvimento, meio-ambiente e sustentabilidade - UCDB. Pesquisa na área de Botânica aplicada à saúde. 

Rafael Mamoru dos Santos Yui, Universidade Católica Dom Bosco

Possui ensino-medio-segundo-graupela E.E Prof. Neyder Suelly Costa Vieira(2016). 

Reginaldo Brito Costa, Universidade Católica Dom Bosco

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Mato Grosso (1980), mestrado em Ciências Florestais pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1988) e doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Paraná (1999). Atualmente é professor titular da Universidade Católica Dom Bosco. Pesquisador de Produtividade Científica do CNPq. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Quantitativa, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento local, melhoramento genético, ganho genético, parâmetros genéticos. Incluído entre os 10 mil cientistas mais influentes da América Latina no ranking "Latin America Top 10.000 Scientific Index 2021 - Version 1" Orientou 26 monografias de conclusão de curso, 15 pesquisas de Iniciação Científica, 35 orientações de mestrado, 7 teses de doutorado concluídas, 2 em andamento e 1 supervisão de pós-doutorado com foco em genética quantitativa e molecular, 4 registros de patentes no INPI relacionadas à sustentabilidade ambiental e, uma delas, especificamente sobre Melhoramentos Genético (genética quantitativa). É um dos três Editores Chefes do periódico Interações que é vinculado ao Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Local. Consultor Ad hoc do CNPq. Consultor Ad hoc para Instituciones Universitarias Salesianas de América IUS. É revisor dos periódicos científicos: Bragantia, Crop Breeding and Applied Biotechonology, Genetics and Molecular Biology, Plos One, IForest, Journal of Cleaner Production, African Journal of Agricultura Research, African Journal of Biotechnology, Pesquisa Agropecuária Brasileira, Ciência Rural, Scientia Forestalis, Ciência Florestal, Interações. Líder do Grupo de Pesquisa cadastrada no DGP/CNPq "Desenvolvimento, meio-ambiente e sustentabilidade", envolvendo pesquisadores nacionais e internacionais. No grupo de pesquisa destaca-se, entre outros, o tema "Caracterização, variabilidade e diversidade genética em populações arbóreas com finalidades madeiráveis e não madeiráveis. Membro titular do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), Campo Grande, MS. Membro titular da Comissão Executiva Local da SBPC 2019.

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Publicado

2021-05-28

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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