Avalição de sistema de lagoas de estabilização no semiárido brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.001.0025

Palavras-chave:

Lagoas de estabilização, Semiárido, Lagoa facultativa, Lagoas de maturação

Resumo

No Brasil, assim como em vários países, são conhecidas e aplicadas várias técnicas de tratamento de esgoto, desde os sistemas que exigem operação, manutenção e instalação com mão de obra mais qualificada (lodos ativados, biodisco entre outros) até os processos mais simples. Dentre os sistemas mais simples temos as lagoas de estabilização (LE) que são bastante utilizadas, no Brasil, e principalmente na região nordeste. A pesquisa foi desenvolvida no município de Lajes/RN, nas coordenadas geográficas: -5° 42’ 00” S longitude e 36° 14’ 41” W, a 125 km da capital Natal/RN. A Estação de Tratamento de Efluentes - ETE Lajes encontra-se instalada próxima à área urbana de Lajes/RN, nas coordenadas projetadas em UTM, Datum: Sirgas 2000 - Zona 24S, 805812,09 mE/ 9370299,62 mS, mais especificamente na zona noroeste da sede municipal, com acesso pela Rodovia Estadual RN-129. No comparativo entre os dados de escala real e de projeto pôde-se constatar que os dados de projeto foram subestimados. O dimensionamento do sistema baseou-se em uma DBO afluente de 350 mg.L-1, enquanto que os dados de monitoramento demonstram que a contribuição do esgotamento sanitário de Lajes/RN corresponde a uma DBO média de 715,43 mg.L-1. No tocante a presença de CTT e temperatura também se observaram dados subestimados de projeto quando comparados com a escala real. A ETE de Lajes/RN foi projetada para remover 94,18% da DBO, os dados observados em campo demonstram que atualmente o sistema está com eficiência 93,44%. Contudo, considerando o disposto da resolução CONAMA nº 430/11 a ETE Lajes/RN tem ótima eficiência na remoção de matéria orgânica com relação ao a concentração de matéria orgânica. Quanto aos dados de projeto pôde-se concluir que no contexto do estado do Rio Grande do Norte estão subestimados, visto que, as concentrações médias de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Coliformes Termotolerantes (CTT) afluentes aos sistemas são de aproximadamente de 700 mg.L-1 e 1,00E+07 NMP/100 ml respectivamente, implicando em cargas orgânicas elevadas conforme a literatura registra para região nordeste. A relação de Demanda Bioquímica de Oxigênio e Demanda Química de Oxigênio (DQO/DBO), 1,5, indicam que o efluente produzido pela cidade de Lajes/RN é composto por uma maior parcela de compostos orgânicos. Em relação à eficiência de remoção de Coliformes Termotolerantes, observa-se que os sistemas possuem resultados bons quando comparados a outros sistemas e ao que foi projetado, contudo esse valores poderiam ser melhor caso o sistema tivesse uma segunda lagoa de maturação, lagoa de maturação secundária, observando que essa situação proporcionaria um maior tempo de detenção hidráulica e contato com radiação solar, elevado pH entre outros processos de inativação dos microrganismos.

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Biografia do Autor

Ruan Otavio Teixeira, Universidade Federal de Campina Grande

Tecnologo em Gestão Ambiental - atuante na área de planejamento, gerenciamento e execução de atividades de diagnóstico, avaliação de impacto, proposição de medidas mitigadoras ? corretivas e preventivas ?, recuperação de áreas degradadas, acompanhamento e monitoramento da qualidade ambiental. Regulação do uso, controle, proteção e conservação do meio ambiente, avaliação de conformidade legal, análise de impacto ambiental, elaboração de laudos e pareceres; elaboração e implantação de políticas e programas de educação ambiental. 

Jhersyka Barros Barreto, Universidade Federal de Campina Grande

Arquiteta e Urbanista, graduada pela Universidade Federal de Alagoas (2009 - 2016). Especialista em Educação e Meio Ambiente (2015 - 2018), pelo Instituto Federal de Alagoas - Campus Marechal Deodoro. Mestre em Engenharia e Gestão de Recursos Naturais (2018 - 2020), pela Universidade Federal de Campina Grande. Atualmente, desenvolve pesquisa com indicadores ambientais direcionados para a área de saneamento e salubridade ambiental.

José Dantas, Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Tecnologia em redes de computadores pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (2014). Tenho experiência na área de Redes de Computadores, paixão por inovação e empreendedorismo com foco em resultado.

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Publicado

2020-09-15