Preservação ambiental e turismo de natureza em área protegida: iniciativas e experiências em contexto africano

Autores

  • Brigida Rocha Brito Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2318-2881.2013.001.0001

Palavras-chave:

Turismo de Natureza, Área Protegida, Preservação Ambiental, Conservação, África

Resumo

Numa grande parte dos países africanos, a manutenção das comunidades locais depende de forma direta da disponibilidade ambiental, no que diz respeito à diversidade e abundância, resultando no exercício de uma carga com impactos acrescidos sobre o Ambiente que, em grande medida, são agravados pela ação de outros atores, entre os quais as grande empresas que exploram e comercializam recursos naturais. Os ecossistemas confrontam-se com um conjunto cada vez mais alargado de fatores de vulnerabilidade que os fragilizam ameaçando a sua sustentabilidade. Face à vulnerabilidade que caracteriza uma parte dos ecossistemas e das espécies, independentemente do reconhecimento internacional do valor intrínseco e da especificidade de muitos dos elementos naturais, tem-se registado um aumento do número de áreas protegidas com diversificação da classificação. Dada a diversidade de particularidades ambientais que caracterizam as Áreas Protegidas, sobretudo no que concerne a elementos de fauna e de flora, que em grande medida são marcados por traços de endemismo, o turismo é entendido como um setor que, nestes contextos, encontra nichos potenciais de desenvolvimento. Em três países africanos - Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau - têm vindo a ser prosseguidas pesquisas com o objetivo de melhor compreender os modelos de articulação do turismo com os espaços protegidos e as comunidades residentes no sentido da criação de linhas de harmonia sócio-ambientais.

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Biografia do Autor

Brigida Rocha Brito, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Doutora em Estudos Africanos, tendo-se especializado na relação entre o turismo, o desenvolvimento comunitário e a preservação ambiental. Realizou investigação pós-doutoral sobre educação ambiental como meio de minimização das vulnerabilidades sócio-ambientais em contexto insular africano, em particular em áreas protegidas de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Bijagós na Guiné-Bissau. É professora no ensino superior de Portugal desde 1992 nas áreas do Ambiente, Cooperação Internacional, Turismo e Sociologia do Desenvolvimento. Tem experiência de orientação de dissertações de mestrado e doutoramento, em particular nas áreas do turismo de natureza, participando em júris de provas públicas. Como consultora externa, tem realizado consultorias regulares para Organizações Não Governamentais de Desenvolvimento e de Ambiente, bem como para Organizações Internacionais (The World Bank Group, Bureau Internacional do Trabalho, Programa STEP-Portugal, Organização Internacional para as Migrações), com as responsabilidades de elaborar diagnósticos e proceder à avaliação de projetos nas áreas do turismo (segmentos ecológico, na vertente conservacionista, e socialmente responsável, seguindo metodologias participativas e de envolvimento comunitário), segurança alimentar e acesso a água potável. Tem experiênca de organização de eventos científicos de âmbito internacional, de moderação de painéis e de apresentação de comunicações.

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Publicado

2013-07-16